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Deuteronômio 14:22-29 Explicação

Moisés exorta o povo de Deus a dar o dízimo de todos os produtos agrícolas. Ele diz a Israel que certamente deveriam dar o dízimo de todos os produtos do que semearem, que sai do campo todos os anos (v.22). A cláusula traduzida como “certamente dizimar” é literalmente "dar o dízimo" ou "tenha certeza de que dê o dízimo". Dar o dízimo significa devolver ao Senhor um décimo. Na verdade, a palavra dízimo vem da mesma raiz do número "dez", implicando que uma oferta no valor de dez por cento deveria ser dada (Gênesis 28:22). Nesta passagem, o dízimo era um presente a Deus na forma de pagamento de dez por cento de todos os produtos agrícolas (grãos, vinho e azeite) e deveria ser feito todos os anos (literalmente, "ano após ano").

No entanto, parte dos dízimos deveria ser consumido pelos israelitas durante sua adoração a Deus. Moisés ordena aos israelitas que comam o dízimo na presença do Senhor, seu Deus, no lugar onde Ele escolhesse estabelecer Seu nome (v.23). O Senhor Susserano havia escolhido o local para o santuário central onde Seus vassalos (Israel) se reuniriam e o adorariam. O dízimo que eles deveriam trazer à presença do SENHOR incluía o dízimo do seu grão, o seu vinho novo e o seu azeite. Grãos, vinho e óleo eram três produtos agrícolas essenciais nos tempos antigos.

Além disso, Moisés diz que eles deveriam trazer o primogênito de seus rebanhos. Os  primogênitos do rebanho referem-se aos primogênitos machos de bois, ovelhas e cabras que o adorador sacrificava a Deus. Isso era apropriado porque o primogênito pertencia ao SENHOR (Êxodo 13:2;  Números 18:15-18). Esses animais deveriam ser consumidos pelos adoradores onde o SENHOR habitava.

O pagamento do dízimo ao Deus Susserano (Governante) tinha o objetivo de incutir a atitude adequada no povo, para que aprendessem a temer ao SENHOR, seu Deus, sempre. O verbo traduzido como “temer” (hebraico "yārē'") é usado como uma atitude de reverência e temor a Deus e inclui a mentalidade de se importar mais com o que Ele pensa e se Ele aprova nosso comportamento (Deuteronômio 4:10). A ênfase aqui é na obediência completa ao Deus Susserano, que é a base da caminhada de fé do crente. De acordo com o livro dos Salmos, aquele que anda no temor de Deus será recompensado com bênçãos além da medida: o SENHOR o instruirá no caminho que deve escolher (Salmos 25:12) e o recompensará com longevidade (Salmos 128:6). O temor do SENHOR é também o fundamento para a sabedoria bíblica (Provérbios 1:7). Isso se encaixa com o lembrete no início deste capítulo de que Deus é um Pai Celestial e deseja o melhor para Seus filhos. Assim, quando priorizamos os mandamentos de Deus e seguimos Seus caminhos, encontramos sabedoria, que é o conhecimento dos caminhos para uma vida eficaz.

Em Sua graça soberana, o Deus Susserano fez provisões para os israelitas que viviam longe do local de adoração. Moisés afirma que se a distância fosse tão grande que a pessoa não fosse capaz de trazer o dízimo, já que o lugar onde o SENHOR, seu Deus, escolheu colocar Seu nome estava muito longe, quando o SENHOR, seu Deus, te abençoar, a pessoa deveria trocá-lo por dinheiro, amarrar o dinheiro em suas mãos e ir para o lugar que o SENHOR, seu Deus, escolher (vv.24-25). Algumas pessoas poderiam não conseguir percorrer uma grande distância com todos os dízimos necessários, então lhes era permitido trocar seus dízimos por dinheiro e embrulhar o dinheiro com segurança antes de irem ao lugar que o Senhor havia designado.

Esta provisão mostra que o dízimo não deveria ser um fardo para os israelitas. Em vez disso, deveria ser parte de uma celebração alegre, porque eles reconheciam a Deus como a fonte de toda bênção (Deuteronômio 12:7). O fato de o dízimo ser uma celebração alegre é destacado quando Moisés afirma que eles poderiam gastar o dinheiro para o que seu coração desejasse: bois, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou o que seu coração desejasse.

Os bois eram grandes bovinos domesticados usados em Israel para trabalhos agrícolas, como arar (Deuteronômio 22:10). A ovelha era um animal doméstico. Representava a principal riqueza e sustento dos agricultores, fornecendo comida para comer e leite para beber. O vinho (hebraico "yāyin") refere-se a diferentes tipos de vinho feito de uvas, e a bebida forte (hebraico "shēkār") parece se referir a bebidas feitas de grãos, como a cerveja. Provavelmente não incluía os destilados, porque o processo de destilação foi praticado no Oriente Próximo até o século VII d.C.

Embora a Torá não encorajasse o consumo excessivo desses produtos alcoólicos (Provérbios 20:1;  23:29-31), ela permitia-lhes fazer parte de qualquer celebração. Assim, enquanto os israelitas levavam suas oferendas ao Deus Susserano (Governante) no santuário central, eles deveriam comer e beber na presença do Senhor, seu Deus e se alegrar, eles e sua família. Eles foram instruídos a comer os produtos de seu trabalho com alegria na presença do SENHOR, como forma de agradecê-Lo por lhes dar força e coragem para o trabalho.

No meio de suas celebrações e regozijo, eles não deveriam negligenciar o levita que está em sua cidade, pois ele não tem nenhuma porção ou herança entre vós (v.27). Os levitas, descendentes da tribo de Levi (Levi era o terceiro filho de Jacó com Lia), foram separados apenas para servirem ao Senhor e não se envolver em atividades seculares. Suas responsabilidades incluíam apoiar os sacerdotes, carregar o Tabernáculo, seus utensílios e seus móveis sempre que o povo de Deus viajava, ou quando precisavam mover a arca para algum outro propósito (Deuteronômio 10:9;  Deuteronômio 31:9). O levita também era responsável por oferecer sacrifícios ao SENHOR (Deuteronômio 10:9;  2 Cron. 29:11; Ezequiel 44:15) pronunciar a bênção sacerdotal sobre o povo (Números 6:24-26).

Por causa de tal papel sacerdotal, o levita era proibido de trabalhar fora de seu ministério para ganhar a vida. Ele deveria confiar nas ofertas e quotas das outras tribos. Ele deveria comer a oferta do SENHOR pelo fogo e Sua porção (Números 18:1-2). Recorde-se que todas as outras tribos receberam uma parte na parte de território da terra de Canaã. No entanto, toda a tribo de Levi não recebeu nenhuma, porque o SENHOR ordenou aos filhos de Levi que não tivessem nenhum território como sua porção na Terra Prometida (Números 18:21-24). O próprio SENHOR era a herança de Levi. Portanto, Moisés constantemente lembrava os israelitas de suas responsabilidades de sustentarem aos levitas, já que eles não tinham nenhuma porção ou herança entre eles.

Os versículos 28 e 29 tratam do dízimo no final de cada três anos, ou seja, o terceiro e sexto anos de um ciclo de sete anos. Os israelitas foram instruídos a trazer todos os seus produtos agrícolas para a cidade durante aqueles anos. Moisés diz aos israelitas que, ao final de cada três anos, trarão todo o dízimo de seus produtos naquele ano, e o depositarão em sua cidade.

Ao contrário dos dízimos do primeiro, segundo, quarto e quinto anos que deveriam ser levados ao santuário (vv.22-27), os dízimos completos do terceiro e sexto anos deveriam ser depositados em um local público perto dos portões da cidade. Então, os destinatários dos dízimos - os membros dependentes da sociedade de Israel - vinham e recebiam sua comida lá. Isso incluía o levita, porque ele não tem porção ou herança entre vocês, e o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão em sua cidade, virão e comerão e ficarão satisfeitos.

O estrangeiro era alguém que residia na terra de Israel, tornando-a seu lar permanente. Um imigrante. O estrangeiro, que poderia ter fugido de sua terra natal por razões políticas ou econômicas, era frequentemente pobre e necessitado (Deuteronômio 1:16;  5:14). Na Bíblia, o órfão geralmente se refere a uma criança sem pai. A viúva era uma mulher que havia perdido o marido por morte e permanecia solteira. Esses três grupos de pessoas (esteangeiros, órfãos e viúvas) estavam entre os que tinham menos poder na sociedade e eram facilmente explorados por outros. Assim, em Israel, esse dízimo era um meio de provisão a eles.

Embora Israel tenha sido escolhido como o povo especial de Deus, o Deus Susserano amava e cuidava do imigrante assim como Ele cuidava dos outros israelitas. Toda vida é criada à imagem de Deus e é valiosa aos Seus olhos (Gênesis 1:27; Gênesis 9:6; Salmos 139:13-14). O ministério sacerdotal de Israel era o de abençoar a todas as nações. Portanto, os israelitas deveriam demonstrar amor e cuidado por esses membros indefesos da sociedade, a fim de que o Senhor, seu Deus, os abençoasse em todas as obras de suas mãos.

O Deus Susserano prometeu recompensar Seus vassalos (Israel) pela compaixão e generosidade, porque tal atitude realmente refletia Seu caráter (Salmos 103:13;  2 Coríntios 9:7-8). Assim, dar o dízimo aos necessitados não faria com que o povo de Israel sofresse dificuldades econômicas. Pelo contrário, traria maior riqueza e prosperidade, porque o Deus Susserano é aquele de onde fluem todas as bênçãos.

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