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Deuteronômio 17:14-17 Explicação

Moisés, então, volta sua atenção a outra forma de autoridade: o rei. Ao longo do livro de Deuteronômio, Moisés está se dirigindo aos israelitas reunidos para ouvi-lo fazer este último discurso antes de entrarem na Terra Prometida. Ele alude ao quando entrarão na terra que o Senhor, seu Deus, lhe dá, e a possuirão e viverão nela (v.14). Isso obviamente se refere à entrada, conquista e colonização de Canaã, a Terra Prometida. Não havia incerteza quanto ao fato de que os israelitas tomariam a terra de Canaã.

A terra fora concedida a Abraão pelo SENHOR como recompensa por seu serviço fiel (Gênesis 15). De acordo com a aliança com a qual o povo havia concordado, o SENHOR seria o Governante máximo da terra e de Seu povo. Ao possuir a terra, Israel cumpriria uma das promessas que Deus havia feito a Abraão havia muito tempo, dizendo: Aos seus descendentes eu dei esta terra (Gênesis 15:18), e "darei a vós e a seus descendentes depois de vós, a terra de suas estadas, toda a terra de Canaã, para uma posse eterna; e Eu serei o vosso Deus" (Gênesis 17:8). Isso mostra que Deus havia concedido a terra como recompensa pela obediência de Abraão como promessa atual, mas a posse da terra ainda era uma promessa futura. Naquele momento, a promessa estava prestes a ser cumprida, já que Israel estava pronto para entrar e possuir a terra.

Porém, o SENHOR também sabia que, em algum momento futuro, Seu povo poderia dizer: 'Eu colocarei um rei sobre mim como todas as nações que estão ao meu redor... ' Note que colocar um rei sobre Israel não era uma exigência do Senhor; Ele apenas exigia que os juízes governassem o povo (Deuteronômio 16:18); porém, Ele afirma que o povo acabaria querenod um rei como os povos ao seu redor. Isso aconteceria no final do julgamento de Samuel, após 450 anos de governo sem um rei humano (1 Samuel 8:4 - 9, Atos 13:20). Na passagem de 1 Samuel 8, Deus diz a Samuel que o povo não havia rejeitado a Samuel como juiz, mas sim a Deus como Rei sobre eles. Quando eles se autogovernavam de acordo com os caminhos de Deus, Deus era seu Rei.

O rei humano que governaria o povo do Senhor deveria se qualificar para a posição. Portanto, a lei já previa a realeza em Israel. Tais provisões eram negativas (vv.16-17) e positivas (vv.18-20). As instruções negativas limitavam o poder do rei israelita.

Primeiro, eles deveriam colocar um rei sobre Israel a quem o SENHOR, seu Deus, escolhesse. A exigência era que o rei não poderia ser escolhido pelo povo. Em vez disso, o rei deveria ser escolhido pelo SENHOR, seu Deus. A expressão “certamente definida” é bastante enfática no texto hebraico. Pode ser traduzida como "por todos os meios que definidos". O rei seria escolhido pelo SENHOR (Javé), o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Em outras palavras, Javé era o Rei máximo que governaria através do rei humano.

O rei deveria ser alguém entre seus compatriotas. Para enfatizar essa restrição, o SENHOR lhes diz novamente que eles não poderiam colocar um estrangeiro que não fosse seu conterrâneo. A palavra traduzida como conterrâneo” (hebraico "'āḥ") significa, literalmente, "irmão" na língua hebraica. O Deus Susserano havia adotado aos israelitas como Seus próprios filhos (Deuteronômio 14:1). Portanto, os israelitas eram irmãos, tendo o mesmo pai espiritual. O termo “estrangeiro” (hebraico “nokrî”) refere-se a um não-israelita. Como os estrangeiros não faziam parte da comunidade israelita, eles não tinham permissão para tornar-se rei sobre Israel. Somente alguém que fizesse parte da comunidade da aliança poderia ser rei.

Isso implica que o rei deveria servir sob a aliança, estando sob a lei de Deus, e não ser alguém que se colocaria acima da lei. As Escrituras parecem fazer de tudo para notar que houve alguns estrangeiros na linhagem de Jesus. Raabe e Tamar eram cananeus, e Rute era moabita (Mateus 1:3,5). Essas mulheres estavam sob a aliança.

Em Deuteronômio 32:43, lemos: Alegrai-vos, ó nações, com Seu povo. A palavra traduzida por "nações" significa gentios, ou estrangeiros. Este versículo é citado em Romanos 15:10:

"ALEGRAI-VOS, Ó GENTIOS, COM O SEU POVO."

Este versículo é usado para reforçar o argumento de Paulo de que:

"Portanto, aceitai-vos uns aos outros, assim como Cristo também nos aceitou para a glória de Deus. Porque digo que Cristo se tornou servo da circuncisão em nome da verdade de Deus para confirmar as promessas dadas aos pais, e para os gentios glorificarem a Deus por Sua misericórdia" (Romanos 15:7-8).

Um rei não deveria usar seu poder e autoridade para elevar a seu próprio prestígio. Ele não deveria multiplicar cavalos para si mesmo, nem fazer com que o povo voltasse ao Egito para multiplicar cavalos. Nas antigas sociedades do Oriente Próximo, os reis adquiriam vários cavalos e riquezas para si mesmos (Deuteronômio 20:1; Salmos 20:7) porque eram sinal de poder e superioridade. Os cavalos eram usados em operações militares e a aquisição de cavalos implicava que o rei dependia de seus recursos militares em vez de permanecer na fé de que o Senhor lutaria suas batalhas e conquistaria vitórias a ele.

Como o Egito era um grande fornecedor de cavalos no Antigo Oriente Próximo, era tentador realizar negócios com eles. Porém, eles estavam estritamente proibidos de fazer isso, já que o SENHOR lhes diz: 'Nunca mais voltarás assim'. Os israelitas nunca mais deveriam depender do Egito. Eles deveriam manter sua independência do Egito. O SENHOR não desejava que eles se tornassem dependentes do Egito outra vez. Ele mesmo cuidaria de Seu povo.

O rei também não deveria multiplicar esposas para si. Era comum ao rei casar-se com esposas estrangeiras para fazer alianças políticas com outras nações. Uma esposa estrangeira traria influências de outras culturas para a casa do rei de Israel, incluindo deuses pagãos. Por causa dessa possível tentação de se afastar do Senhor, as esposas estrangeiras não eram permitidas, ou então seu coração se afastará. O rei Salomão ignorou a tal admoestação e seu coração foi afastado do SENHOR por conta de suas esposas, assim como esta passagem previa (1 Reis 11:1-13).

O rei humano era proibido de aumentar muito a prata e o ouro para si mesmo. A acumulação de riquezas poderia fazer com que o rei tivesse uma falsa sensação de segurança e confiasse nas riquezas, ao invés de confiar no SENHOR (Deuteronômio 6:11-12). Isso implicava que o trabalho do rei era servir ao povo, em vez de explorar o povo. A alta tributação transferia o poder econômico do povo, que produz a riqueza, para o rei. Neste caso, a justificativa do rei para os impostos seria a de aumentar o ouro e a prata para si mesmo. Ele não estaria taxando o povo para beneficiar o próprio povo. Assim, essa tributação prejudicaria a nação suprimindo sua produtividade. Isso leva ao empobrecimento.

Textos bíblicos posteriores nos mostram um rei israelita cujo reinado ecoa as proibições de Deuteronômio 17 - Salomão, filho de Davi. De acordo com 1 Reis, Salomão reuniu carros e cavaleiros e tinha 1400 carros e 12000 cavaleiros (1 Reis 10:26). Ele também tinha grande poder e riqueza (1 Reis 4:21-28) e muitas esposas (1 Reis 11:1-3) que finalmente levaram Salomão à idolatria. Estas eram exatamente as coisas proibidas pelo Deus Susserano em Deuteronômio. Salomão validou a tais proibições ao abandonar os caminhos justos de Deus.

Deus desejava que Israel fosse uma nação autônoma, mesmo com seu próprio rei. O rei deveria conhecer e seguir a lei, como os versículos 18-20 ordenam. Por meio desse rei terreno, o próprio Deus conduziria os israelitas a toda justiça e verdade. O rei terreno, portanto, obedeceria aos princípios de Deus e O representaria diante do povo.

Essas três coisas que os reis israelitas deveriam evitar (cavalos, esposas e riqueza) são semelhantes ao que João adverte os crentes do Novo Testamento em 1 João 2:15-16. Nós (o povo da nova aliança) não devemos permitir que o mundo tenha influência controladora sobre nossas vidas, incluindo a concupiscência da carne (esposas) e a concupiscência dos olhos (riqueza) e o orgulho arrogante da vida (cavalos).

Em última análise, Deus estabelece uma linhagem real através do rei Davi. O descendente de Davi, Jesus, viveu a vida perfeita de um servo e ganhou o Nome acima de todos os nomes, recebendo toda a terra como recompensa por Sua obediência terra (Filipenses 2:8-11; Apocalipse 3:21; Mateus 28:18). Jesus cumpriu completamente o espírito desta passagem. Ele não acumulou poder terreno (cavalos) ou riqueza terrena. Ele nem sequer possuía uma casa (Lucas 9:58). No entanto, Ele era o Rei acima de todos os Reis. Jesus saiu do Egito, assim como Israel saiu do Egito, para que se cumprisse a Escritura que dizia: "DO EGITO CHAMEI A MEU FILHO" (Mateus 2:15, citando Oséias 11:1). Jesus não retornou ao Egito ou buscou refúgio nele, mas confiou em Seu Pai e ressuscitou da morte.

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