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Deuteronômio 18:9-14 Explicação

Tendo discutido a posição dos juízes, escolhidos pelo povo (Deuteronômio 16:18-20), o ofício dos reis, escolhidos por Deus (Deuteronômio 17:14-20) e o ofício dos sacerdotes, que era hereditário (Deuteronômio 18:1-8), Moisés agora descreve a última categoria de autoridade em Israel - a de profeta. Porém, antes de elaborar sobre o cargo em si, Moisés faz um alerta. Ele diz aos israelitas que quando entrarem na terra que o Senhor, seu Deus, lhes dá, não aprenderão a imitar as coisas abomináveis daquelas nações. O termo “imitar” (hebraico "āśâ", literalmente, "fazer" ou "executar") neste contexto proibia os israelitas de envidarem esforços para aprender as práticas pagãs dos cananeus e de replicar tais práticas em seu próprio culto.

A expressão “coisas detestáveis(hebraico "tō'ēbâ") é um termo muitas vezes traduzido como "abominação" (Deuteronômio 7:25). Denota algo (ou alguém) repulsivo aos olhos do Deus santo. Pode também referir-se a algo não aprovado por Deus (Deuteronômio 7:25). Toda coisa detestável era proibida, o que significava que todos os comportamentos de Israel deveriam ser aqueles aprovados por Deus, comportamentos benéficos ao povo de Israel e suas comunidades.

Moisés deixa claro que o Deus Susserano era quem estava dando a terra a Seus vassalos (Israel). Isso cumpriria uma das promessas que Deus havia feito a Abraão havia muito tempo, dizendo: "Aos teus descendentes darei esta terra" (Gênesis 12:7;  13:15; 17:8). Deus havia concedido a terra a Abraão como recompensa por seu serviço fiel. Porém, os vassalos (Israel) eram obrigados a viver em conformidade com os preceitos do Susserano, a fim de possuírem a terra e desfrutarem de seus benefícios. Eles haviam sido chamados a ser santos como seu Deus Susserano, que os havia escolhido era santo (Levítico 19:2;  Deuteronômio 7:6; Deuteronômio 14:21). Como tal, não deveriam imitar às práticas supersticiosas das nações pagãs.

Os versículos 10-11 listam as práticas pagãs que eram abominação ao Senhor. Tais práticas não deveriam ser observadas entre Seu povo (v.10):

- Qualquer um que faça seu filho ou sua filha passar pelo fogo. Isso provavelmente se refira ao sacrifício de crianças. A prática do sacrifício de crianças era comum no antigo Oriente Próximo, especialmente em Canaã. No Antigo Testamento, era associada à adoração de Moloque, um deus dos amonitas (1 Reis 11:7). Os cananeus muitas vezes sacrificavam a seus filhos (geralmente pelo fogo) quando desejavam ver o futuro. Normalmente, tais sacrifícios eram feitos para que os deuses interrompessem uma calamidade ou dessem vitória a seus inimigos numa batalha. No livro de Levítico, o SENHOR adverte os israelitas a não praticarem o sacrifício de crianças (Levítico 18:21;  20:3) porque Ele [o SENHOR] odeia "mãos que derramam sangue inocente" (Provérbios 6:17). É difícil pensar em uma atividade mais cruel do que assassinar a um de seus próprios filhos em troca da promessa de controlar o futuro. Isso criaria dois padrões de pensamento altamente destrutivos:

1) Meu filho é meu e posso usá-lo para meus próprios desejos.

2) Eu posso controlar o futuro e posso controlar outras pessoas.

A primeira atitude é provavelmente a causa de várias formas de incesto serem listadas em Levítico 18, quando Deus especifica vários costumes dos egípcios e cananeus aos quais Israel deveria evitar copiar.

- Aquele que usa a adivinhação (hebraico "qōsēm qĕsāmîm", "um adivinho do oculto"). A prática da adivinhação era a tentativa de se manipular o ambiente através de meios místicos e espirituais para se prever ou controlar o futuro. Tal prática muitas vezes envolvia a leitura de sinais. Era uma tentativa de se obter controle divino sobre as circunstâncias, essencialmente fazendo-se Deus. Aqui, ela é usada como um termo genérico para as práticas listadas a seguir.

- Aquele que pratica bruxaria (hebraico "mĕ'ônēn"). Refere-se ao exercício de poderes mágicos para promover os próprios desejos (Juízes 9:36-37).

- Aquele que interpreta presságios (hebraico "mĕnaḥeš"). Refere-se à prática de interpretar sinais divinos dos acontecimentos utilizando determinados objetos, adquirindo conhecimento do futuro, o que permitiria obter vantagem sobre as pessoas.

- Os feiticeiros (hebraico "mēkaššēp"). A feitiçaria era uma prática cujos adeptos afirmavam ter o poder de realizar sinais usando encantamentos mágicos para controlar as circunstâncias.

- Aquele que lança um feitiço. No hebraico lemos, literalmente: "aquele que dá um nó" (hebraico "ḥōbēr ḥeber"), implicando que lançar um feitiço mágico conectava as pessoas ao que estava sendo dito, como uma maldição, efetuando assim o controle sobre as pessoas.

- O médium (hebraico "šō'ēl 'ôb", "aquele que invoca a um espírito [morto]"). Esta pessoa era conhecida como "necromante", alguém que se comunicava com os mortos para obter informações secretas e obter benefícios.

- O espírita (hebraico "yiddě'ōnî)", "o saber [de um espírito]"). Isso era semelhante ao conhecimento sobre como executar artes mágicas. Mais uma vez, o objetivo era o de obter vantagens sobre as pessoas.

- Aquele que invoca os mortos (hebraico "šō'ēl 'ôb"). Talvez seja um termo geral para os necromantes, incluindo os médiuns e espíritas aos quais acabamos de mencionar.

Os israelitas foram proibidos de realizar qualquer uma dessas práticas pagãs porque quem faz essas coisas é detestável ao Senhor. Cada uma dessas práticas fazia uma de duas coisas:

  1. Fazia com que as pessoas vivessem em negação da realidade, ou
  2. Fazia com que as pessoas ficassem sob o domínio de Satanás.

Por um lado, tentar manipular aos ídolos de madeira, feitos por mãos humanas, para controlar as circunstâncias, é uma tolice óbvia. Algo criado, como uma estátua, por exemplo, não consegue governar a natureza. Por mais que as pessoas tentem ser Deus, elas não serão. Esta irrealidade faz com que as pessoas se afastem de viver uma vida abençoada e as leva às trevas. A adoração aos ídolos rapidamente dá lugar à exploração. As feitiçarias listadas aqui destinavam-se a explorar os outros, satisfazer desejos às custas dos outros ou obter vantagens especiais para si mesmo.

Por outro lado, Satanás tem poderes reais e quando as pessoas lidam com o diabo, elas ganham a ilusão de poder, mas na verdade se tornam escravas. Em ambos os casos, as pessoas que praticam a magia vivem uma ilusão, tendo como resultado a morte e a decadência para suas comunidades.

Para enfatizar o quão importante essas instruções eram, essas coisas abomináveis foram a razão pelas quais o SENHOR expulsou aquelas nações diante de Israel. Por exemplo, a Bíblia nos diz que os cananeus - uma das nações às quais o SENHOR expulsou - chegavam a queimar "seus filhos e filhas no fogo para seus deuses" (Deuteronômio 12:31). Eram, portanto, detestáveis a Deus. Deus destruiu a terra no Dilúvio porque ela havia se enchido de violência (Gênesis 6:11). O assassinato de crianças visando obter vantagens pessoais é o pior tipo de violência possível, explorando aos mais inocentes de todos os seres humanos. O desejo de Deus é que a terra seja cheia de amor e serviço mútuo. Deus deu liberdade aos humanos para fazerem escolhas - sem escolha não pode haver amor. Deus deseja o melhor para os seres humanos e o melhor é alcançado quando os humanos se amam e servem uns aos outros. As práticas pagãs levam as pessoas a viver de maneira exploradora.

O povo de Israel foi chamado a agir de forma diferente phavia sido rque foi escolhido por Deus para ser Sua propriedade preciosa (Êxodo 19:4-6) e para ser uma nação sacerdotal, mostrando o melhor caminho às outras nações.

Em contraste com as práticas pagãs ao seu redor, Moisés diz a Israel que eles deveriam ser irrepreensíveis diante do Senhor, seu Deus. O adjetivo traduzido como “irrepreensível” é a palavra hebraica "tāmîm". Descreve a qualidade do que é saudável, íntegro e incorrupto. Este adjetivo era frequentemente usado para descrever aos animais sem defeito, como em Êxodo 29:1 e Levítico 4:3. Nesta passagem, é usado para descrever o caráter moral dos israelitas que haviam entrado em um relacionamento de aliança com o Deus Susserano (Governante). Os vassalos (Israel) foram instruídos a ser moralmente saudáveis e fortes em todas as áreas da vida, para que refletissem a santidade de Deus. Ao fazê-lo, eles amariam e serviriam uns aos outros, em vez de explorar uns aos outros.

Moisés, então, retoma a seção lembrando aos israelitas de suas obrigações no relacionamento de aliança que tinham com o Deus Susserano (Governante). Ele faz isso apresentando o gritante contraste entre confiar nos falsos deuses e depender totalmente do Senhor. Ele, mais uma vez, descreve a situação atual daquelas nações, que vós desapossareis, daqueles que praticam feitiçaria e adivinhação.

Ele diz ao povo: Mas quanto a vós, o SENHOR, vosso Deus, não permite que o façais. Os israelitas haviam sido separados para o serviço de Deus. Eles deveriam ser devotados somente a Deus. Eles não deveriam ouvir, imitar ou obedecer a ninguém que praticasse magia e adivinhação para conseguir o que queriam. A vida dos israelitas deveria ser inteiramente dedicada a Deus, seu Susserano (Governante). Eles deviam ouvir e obedecer somente a Ele.

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