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The Blue Letter Bible
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The Bible Says
Ageu 1:2-6 Explicação

Na seção anterior, o versículo 1 apresenta ao leitor o profeta Ageu e confirma a natureza divina de sua mensagem. O texto nos diz que o profeta recebera uma revelação do Senhor "no segundo ano de Dario" e sua mensagem era direcionada aos principais líderes civis e religiosos de Judá, Zorobabel e Josué. Na presente passagem, a revelação começa com a fórmula profética - Assim diz o Senhor dos Exércitos (v. 2) - confirmando, mais uma vez, que Deus era a fonte divina da mensagem.

O termo em hebraico traduzido como SENHOR é Javé, o Deus autoexistente e eterno que se revelara a Moisés na sarça ardente (Êxodo 3:14). O termo traduzido como “exércitos” na frase “SENHOR dos Exércitos” é "sabaoth" na língua hebraica; muitas vezes se refere aos exércitos angelicais do céu (1 Samuel 1:3).

A frase “o Senhor dos Exércitos” ocorre com frequência nos livros proféticos, sendo observada até mesmo no Novo Testamento como um termo hebraico em textos gregos (Romanos 9:29; Tiago 5:4). Muitas vezes, retrata o poder de Deus como um guerreiro liderando Seus exércitos de anjos para derrotar Seus inimigos (Amós 5:16; 9:5Habacuque 2:17). Aqui em Ageu, a frase demonstra o poder de Deus como do guerreiro supremo que tem controle total sobre todos os assuntos humanos. De fato, o SENHOR é o Deus Todo-poderoso:

"Seu domínio é um domínio eterno e Seu reino perdura de geração em geração" (Daniel 4:34).

Depois da fórmula profética, Ageu diz a seu público o que o Senhor havia falado. Ao fazê-lo, ele forneceu uma citação direta do SENHOR a respeito de algo que o povo de Judá havia declarado: Este povo diz: "Não chegou a hora de a casa do Senhor ser reconstruída" (v. 2).

A expressão “este povo” refere-se ao povo de Judá, que havia retornado a Jerusalém de seu exílio babilônico. O Deus Susserano (Governante) não se refere a eles como Seu povo. Em vez disso, Ele usa a expressão “este povo” para mostrar que não estava satisfeito com sua decisão de interromper o projeto de reconstrução do templo. Eles estavam operando fora de Seus caminhos da aliança com a qual haviam concordado em seguir. A casa do SENHOR refere-se ao templo de Jerusalém que os babilônios haviam destruído ao invadirem a cidade (2 Reis 25:8-9).

Jerusalém caiu diante dos babilônicos em 586 a.C. e todos, exceto os mais pobres, foram exilados para a Babilônia (2 Reis 24:14). Os judeus passaram cerca de 70 anos exilados na Babilônia. Porém, durante o exílio dos judeus, os persas derrotaram aos babilônicos (Daniel 5:30-31).

Quando o rei Ciro da Pérsia começou a governar, "o Senhor agitou" o seu espírito para que "enviasse uma proclamação por todo o seu reino" (Esdras 1:1). O rei Ciro permitiu que todos os povos cativos voltassem às suas casas. O povo de Judá, tendo se beneficiado do edito do rei, retornou a Jerusalém por volta de 538 a.C., embora não sem dificuldade.

Sob o governo de Zorobabel (v. 1) e com a permissão do rei persa, os judeus começaram a reconstruir o templo em 536 a.C. (Esdras 3:8-13). Eles planejaram completar o projeto, mas pararam de trabalhar nele por cerca de dezesseis anos como resultado das intrigas hostis de seus adversários (Esdras 4:19-21). Eles adotaram a perspectiva de que não havia chegado a hora de reconstruir o templo pelo fato de terem encontrado oposição. Não era uma oposição insignificante; era uma ordem direta do rei persa, Artaxerxes, ordenando-lhes que interrompessem a construção.

No entanto, o plano do SENHOR era o de que Seu povo reconstruísse o templo para que a adoração a Ele fosse restaurada. De acordo com o livro de Deuteronômio, o próprio Deus escolheria um lugar e "estabeleceria Seu nome ali para Sua morada" (Deuteronômio 12:5). Eventualmente, esse lugar se mudou para Jerusalém (2 Samuel 6:12). Por meio de Ageu, Deus repreende a Seu povo por adotar uma perspectiva baseada no que lhes era confortável, em vez de continuar a buscar o que Deus havia orientado.

Pelo fato de o povo de Judá ter procrastinado, acreditando não ser momento de reconstruir o templo, a palavra do Senhor veio através de Ageu, o profeta, mais uma vez. Desta vez,  o SENHOR confronta o povo com uma pergunta que exigia uma resposta negativa. Ele declara: É hora de habitardes em vossas casas enquanto esta casa está desolada? (v. 3-4).

Conforme mostrado na tradução acima, o pronome vós é repetido no texto hebraico para ênfase (vós mesmos). É como se o SENHOR apontasse o dedo para o povo e dissesse: "É seria hora de vocês habitarem em suas casas enquanto o templo permanece inacabado?" O termo aqui é "sepunim" em hebraico, referindo-se aos retoques finais das casas, contrastando as casas bem acabadas do povo com o templo inacabado de Deus.

O povo de Judá errou em suas prioridades. Enquanto continuavam a construir suas casas bem adornadas, com paredes revestidas, eles negligenciavam ao templo que ainda não havia sido reparado. O templo simbolizava a presença do Senhor entre eles e eles o estavam negligenciando.

A questão, então, era desafiar as pessoas a repensarem suas prioridades. Ageu exorta-os a mudarem de perspectiva, instruindo-os a não apenas buscar a seus próprios interesses, mas também a colocar seus recursos na reconstrução do templo sem demora. Portanto, o Senhor dos Exércitos diz: Considerai os vossos caminhos! (v. 5).

A expressão hebraica traduzida como “considerar seus caminhos” é literalmente "coloque seu coração em seus caminhos". Aqui, a palavra "coração" ["lēḇāḇ" em hebraico] significa a sede do intelecto ou as faculdades racionais da mente. O SENHOR usa este termo para convidar ao povo de Judá a adotar uma nova atitude em relação à vida.

Deus exorta Judá a escolher uma nova perspectiva. Deus dá a Seu povo uma escolha quanto ao que devem fazer. Uma das coisas mais importantes que cada indivíduo possui é a capacidade de controlar a perspectiva a ser escolhida. Deus desejava que o povo de Israel tivesse uma mente renovada, baseada em Sua Palavra. Como o apóstolo Paulo exorta os crentes do Novo Testamento de Deus:

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que possais provar qual é a vontade de Deus, o que é bom, aceitável e perfeito" (Romanos 12:2).

Uma perspectiva verdadeira nos leva a uma perspectiva verdadeira sobre Deus, algo que nos permite confiar Nele como Ele é. A confiança em Deus, com uma perspectiva renovada, nos leva a fazer a vontade de Deus, que é a de andarmos de maneira obediente, separada do mundo, santificada a Ele (1 Tessalonicenses 4:3).

Judá fazia parte de uma aliança com Deus à qual haviam quebrado. Como resultado da quebra de seus votos a seu Deus e "esposo", o povo foi submetido às disposições corretivas do contrato de aliança, que incluía derrota e exílio (Deuteronômio 8:19; 28:41). Israel e Judá haviam escolhido buscar aos ídolos pagãos e suas culturas pagãs de exploração, engano e violência (Oséias 4:2; Amós 5:12). Assim, Deus os havia entregue a nações estrangeiras, conforme previsto em Seu contrato com Israel e Judá.

Agora que Judá havia sido restaurado, eles tinham a oportunidade de andar em obediência a Deus e receber Suas bênçãos prometidas (Deuteronômio 28:1-14). Por meio de Ageu, Deus detalha sua experiência, mostrando o motivo de não estarem recebendo as bênçãos do pacto. Ageu conecta isso diretamente com a exortação a que reconstruíssem o templo de Deus, para que pudessem ser abençoados.

Deus não é manipulado por transações humanas; Ele rejeitava a adoração daqueles que exploravam a seus companheiros israelitas (Amós 5:21-24). Porém, a obediência do coração é algo ao qual Deus recompensa grandemente (1 Coríntios 2:9).

Dentro da tradição judaica, o retorno dos exilados da Babilônia é considerado um prenúncio de um futuro retorno do exílio. Apocalipse diz que haverá uma reunião do povo de Deus no momento em que um tal “mistério” sobre a Babilônia aparecesse (Apocalipse 17:5, 18:1-4). Isso pode representar uma reunião espiritual de judeus entre as nações do mundo no final dos tempos; eles retornarão à adoração a seu Deus da aliança.

Esta tradição diz que Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e Josué, filho de Jeozadaque, o sumo sacerdote, prenunciavam o Messias, que construiria o templo de Ezequiel na era messiânica (Ezequiel 40-47:12).

Isso parece fazer sentido, já que a primeira figura messiânica é chamada de "Yeshua" ("O Senhor é a Salvação"), "Jesus" em português; e a outra figura, Zorobabel, significa "nascido na Babilônia". O nome Zorobabel pode indicar a vinda de Jesus à Terra como ser humano. Também se encaixa aqui porque Jesus seria tanto o líder religioso quanto o líder político em Seu reino (Hebreus 4:14; Isaías 9:6Apocalipse 19:6).

Ageu, agora, relata a Judá a natureza de causa-efeito da aliança de Deus com eles. Deus prometera abençoar Seu povo do pacto caso seguissem a Seus caminhos (Deuteronômio 28:14). Parte das bênçãos seriam consequências naturais: pessoas que se amam e servem umas às outras criam uma cultura inovadora e produtiva. Porém, Deus também prometera derramar Suas bênçãos divinas. Ageu, portanto, registra uma lista de cinco consequências adversas que Judá estava experimentando como resultado de sua desobediência ao Deus da aliança, Javé.

O SENHOR descreve as dificuldades econômicas que o povo de Judá experimentava nos dias de Ageu. Tais situações difíceis afetavam a todos os aspectos da vida, como deixam claro as cinco declarações a seguir:

  1. A primeiro diz: Semeaste muito, mas colheste pouco (v. 6). O povo de Judá trabalhava duro para cultivar a terra. Eles plantavam muitas culturas, mas colhiam pouco na época da colheita.
  2. A segunda afirmação descreve o resultado das fracas colheitas de Judá: Comeis, mas não há o suficiente para estar satisfeito (v. 6). O povo de Judá passava fome porque havia falta de alimentos.
  3. A terceira afirmação considera outro resultado da quebra da produção agrícola: Bebeis, mas não há o suficiente para ficar bêbado (v. 6). O povo de Judá tinha pouco vinho para beber. A quantidade de vinho era escassa.
  4. A quarta afirmação passa da comida e bebida para a roupa: Vestis roupas, mas ninguém se aquece o suficiente (v. 6). O povo de Deus tinha um guarda-roupa, vestiam roupas. Porém, suas roupas eram insuficientes e não podiam protegê-los dos meses frios do inverno. Isso provavelmente ocorria devido à má qualidade das roupas ou à quantidade inadequada disponível para todos. Além da falta de alimentos, as pessoas tinham falta de materiais para tecelagem.
  5. A quinta afirmação oferece uma visão geral da situação econômica do povo de Judá: Quem ganha, ganha salário para colocar em uma bolsa sem fundo (v. 6). A expressão significa que o dinheiro desaparecia rapidamente; não havia o suficiente para suprir a todas as suas necessidades. Embora as pessoas trabalhassem e ganhassem dinheiro, suas despesas eram superiores às suas rendas, talvez porque o custo de vida tivesse aumentando. A inflação tem uma origem espiritual. Ela ocorria porque o povo de Judá não colocava o SENHOR em primeiro lugar em suas vidas.

Também pode ser que a má administração das pessoas em relação ao templo de Deus estivesse se refletindo em suas vidas pessoais, ou seja, elas estavam tomando decisões erradas para o investimento de seus recursos.

Seria natural que o povo em necessidade econômica se concentrasse ainda mais em suas próprias finanças. Porém, Deus lhes apresenta uma receita diferente. Sua situação econômica se devia à sua falta de generosidade. Eles deveriam se esforçar por ajudar ao próximo; ao fazerem isso, eles ganhariam mais para si mesmos.

Talvez isso aconteça porque quando as pessoas começam a trabalhar umas para as outras, o resultado é uma colaboração mútua que aumenta em muito a produtividade. E a bênção de Deus é adicionada ao processo. Assim, Deus deixa claro que a resposta para sua carência econômica é redirecionar suas prioridades através do serviço a Ele e uns aos outros

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