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The Blue Letter Bible
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Jeremias 12:1-4 Explicação

Jeremias apresenta uma queixa franca a Deus em Jeremias 12:1-4. Ele começa afirmando o caráter de Deus e, em seguida, questiona o enigma que assombra todas as eras: por que os traiçoeiros parecem prosperar enquanto aqueles que falam a verdade sofrem? O profeta formula a questão em termos de aliança - Deus é justo, a terra geme e a corrupção da liderança tem consequências sociais e ecológicas. Nessa oração, Jeremias tanto implora por justiça quanto se submete ao olhar perscrutador de Deus, antecipando o movimento mais amplo da Bíblia, da perplexidade (Salmo 73) à fé paciente e, por fim, ao Messias que sofre com justiça e julga com justiça.

Jeremias abre com reverência antes do protesto: “Justo és, Senhor, para que eu pleiteie a minha causa perante ti; sim, eu discutiria contigo questões de justiça. Por que prosperou o caminho dos ímpios? Por que estão tranquilos todos os que praticam a traição?” (v. 1). Ele não acusa Deus de transgressão; ele afirma a justiça de Deus e então apresenta suas perguntas. A linguagem espelha salmos de lamentação (Salmo 73:3; Jó 21:7). O profeta acaba de sofrer conspirações contra sua vida (Jeremias 11:21-23), então a pergunta não é abstrata. Jeremias nos ensina a fazer perguntas difíceis a Deus dentro do círculo de adoração, começando com quem Deus é e então lutando com o que Deus permite.

Jeremias reconhece que o próprio Deus permitiu que os ímpios prosperassem: “Tu os plantaste, e eles criaram raízes; cresceram e deram fruto. Estás perto dos seus lábios, mas longe do seu entendimento” (v. 2). “Plantar” lembra a árvore justa do Salmo 1 junto a ribeiros de águas; aqui, porém, a imagem é invertida. A providência de Deus concede sopro, chuva e estações, mesmo para aqueles que as usam mal (Mateus 5:45). Sua religiosidade é cosmética - Deus está “perto dos seus lábios” em slogans e votos, mas “longe da sua mente” (literalmente “rins/interior”), expondo uma divisão entre a fala e o coração (Isaías 29:13). Jeremias 12:2 responde à superstição com teologia: a prosperidade não certifica a piedade; às vezes, Deus permite um crescimento que revela o que está dentro.

O profeta contrasta a duplicidade deles com sua própria honestidade diante de Deus: “Mas tu me conheces, Senhor; tu me vês, e sondas a atitude do meu coração para contigo” (v. 3). O conforto de Jeremias é o escrutínio onisciente de Deus; nada está oculto. Ele então ora: “Arrasta-os como ovelhas para o matadouro e separa-os para um dia de carnificina!” (v. 3). Não se trata de vingança pessoal, mas de um apelo a Deus para que promulgue a justiça da aliança (Deuteronômio 28). No capítulo anterior, Jeremias era “um cordeiro manso, levado ao matadouro ” (Jeremias 11:19); agora ele pede que os papéis sejam invertidos pela mão de Deus, não pela sua. O Novo Testamento mostrará o maior Sofredor Justo, Jesus, que se confiou “àquele que julga retamente” em vez de responder à violência com violência (1 Pedro 2:23). A oração de Jeremias, assim como a dos salmos, coloca o julgamento em Deus, não em si mesmo.

O lamento se estende à própria terra : “Até quando a terra lamentará, e a vegetação do campo secará? Por causa da maldade dos que nela habitam, animais e aves foram arrebatados, porque os homens disseram: ‘Ele não verá o nosso fim’” (v. 4). A quebra da aliança distorce a criação; secas e pragas não são aleatórias, são sinais da aliança na pregação de Jeremias (Jeremias 9:10; Deuteronômio 28:18, 23-24). O credo do povo - “Ele não verá o nosso fim” (v. 4) - é ateísmo prático. Eles presumem que Deus não vê nem trará um ‘aharit (“fim/resultado”) para suas escolhas. Jeremias responde a essa negação com oração e profecia: Deus vê, julga e restaura. Paulo dirá mais tarde que o gemido da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus (Romanos 8:19-22), uma esperança que Jeremias antecipa quando olha além do julgamento para a renovação (Jeremias 31:12).

Em toda a história bíblica, a queixa de Jeremias é honesta e instrutiva. Ela nos ensina a fundamentar nosso "porquê" na justiça de Deus, a identificar a lacuna entre os lábios e o coração, a confiar a justiça a Deus e a nos importar com a terra que sofre sob o pecado humano. A resposta final não vem como um argumento, mas como uma Pessoa: o Justo que parecia "prosperar" Seus inimigos ao ceder à cruz, mas ressuscitou para julgar com justiça e fazer novas todas as coisas (Atos 17:31; Apocalipse 21:5).

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