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Jeremias 14:1-9 Explicação

Em Jeremias 14:1-9, o mensageiro do SENHOR descreve circunstâncias terríveis, dizendo: " Aquilo que veio como a palavra do SENHOR a Jeremias a respeito da seca:" (v. 1). Jeremias, que profetizou de aproximadamente 627 a.C. até a queda de Jerusalém em 586 a.C., recebe uma mensagem abordando especificamente uma seca catastrófica em Judá. Esta introdução solene prepara o cenário para uma nação que enfrenta sede física e carência espiritual, onde o desastre iminente não é um acidente, mas algo que Deus usará para despertar o coração de Seu povo.

A terra de Judá era o reino do sul do antigo Israel, que historicamente se separou do reino do norte após o reinado do Rei Salomão, por volta de 930 a.C. Na época de Jeremias, Judá enfrentava ameaças externas de impérios poderosos como a Babilônia, mas esta seca representa uma crise ainda mais imediata. Serve como um doloroso lembrete de que todo recurso, até mesmo a chuva, é, em última análise, dado ou retido por ordem de Deus. Jeremias 14:1 torna-se um chamado para que o povo ouça atentamente a comunicação de Deus por meio de Seu profeta.

O lamento continua: " Judá pranteia, e suas portas desfalecem; sentam-se no chão em pranto, e o clamor de Jerusalém sobe" (v. 2). Aqui, todos os setores da nação, desde as áreas rurais até os portões fortificados de suas cidades, são retratados em profundo desespero. Na antiguidade, os portões das cidades eram locais centrais para a vida comunitária e o comércio, portanto, seu estado de decadência ressalta como a seca interrompe todas as rotinas normais.

Jeremias retrata Jerusalém elevando seu clamor aos céus - a imagem de uma cidade que outrora prosperou, agora humilhada e expressando tristeza. Esse clamor ressalta que o pecado e a negligência para com Deus podem trazer calamidade até mesmo aos maiores centros. A referência a Jerusalém é significativa porque esta cidade foi escolhida como local para o templo sagrado de Deus nos dias de Salomão (final do século X a.C.). Agora, seu clamor ascende como um apelo à intervenção divina.

A gravidade da situação torna-se vividamente pessoal quando: " Seus nobres enviaram seus servos para buscar água; eles foram às cisternas e não encontraram água. Voltaram com seus cântaros vazios; foram envergonhados e humilhados, e cobriram suas cabeças" (v. 3). Mesmo os ricos, que normalmente não enfrentariam a escassez, não encontram alívio. Os servos voltam das fontes de água com cântaros vazios, ilustrando que nenhuma posição social pode proteger alguém do julgamento de Deus. Durante as gerações dos Patriarcas, quando Isaque chegou à terra, os filisteus se opuseram a ele enchendo os poços cavados por seu pai Abraão. Em Gênesis 26:32, no entanto, quando seus servos vêm a ele com a notícia de que encontraram água depois que Jacó fez as pazes com o rei dos filisteus, isso é visto como um sinal de que Deus está provendo para Isaque e abençoando a aliança de paz entre os dois povos. Quando os servos de Judá não encontram água durante a seca, isso é tanto um castigo quanto um sinal de que eles não estão em conformidade com os termos de sua aliança com Deus.

Na antiga Judá, as cisternas eram cruciais para armazenar água da chuva devido aos verões secos da região. Quando essas cisternas falham, a terra fica inteiramente dependente da chuva imediata. Cobrir a cabeça com vergonha era um gesto cultural de profunda tristeza ou derrota, enfatizando que tanto os líderes quanto os plebeus são abatidos pelas duras consequências da seca.

Mais imagens de terra árida emergem em Jeremias 14:4: " Porque a terra está rachada, pois não houve chuva sobre a terra; os lavradores estão envergonhados e cobrem as suas cabeças" (v. 4). Esta cena destaca as consequências físicas do pecado ou da infidelidade nacional, à medida que o sustento do povo - numa sociedade agrícola - entra em colapso. Solo ressecado significa ausência de colheitas, ausência de colheitas e um efeito cascata de miséria em todas as famílias. Os lavradores, antes confiantes nas chuvas sazonais, agora veem toda a sua esperança frustrada. No pensamento bíblico, a provisão divina de chuva frequentemente simboliza tanto bênçãos físicas quanto alimento espiritual (Deuteronômio 28:12). A ausência dessas bênçãos não apenas aponta para uma catástrofe ambiental, mas também sinaliza disciplina espiritual, incitando o povo ao arrependimento.

A devastação se estende à vida selvagem: " Até a corça no campo dá à luz somente para abandonar os seus filhotes, porque não há erva" (v. 5). Uma corça abandonando seus filhotes em meio à fome revela a gravidade da escassez. Esse comportamento antinatural transmite a dureza das condições: o cuidado maternal instintivo é anulado pela luta pela sobrevivência. Tal quadro de destruição demonstra que as consequências da rebelião de Judá contra Deus não se limitam aos humanos, mas afetam toda a terra e suas criaturas. Jeremias 14:5 lembra aos leitores que a própria criação geme sob o peso dos pecados da humanidade (Romanos 8:22), e essa conexão com o mal é claramente vista na imagem sombria deste versículo.

O ambiente selvagem do deserto é retratado ainda mais em: " Os jumentos selvagens estão em pé nas alturas desérticas; ofegam como chacais, seus olhos desfalecem, pois não há vegetação" (v. 6). Os jumentos selvagens, conhecidos por sua resiliência em condições desérticas, são retratados como arrasados pela seca. O fato de esses animais resistentes estarem desesperados enfatiza a magnitude do desastre.

Vivendo nas áreas mais altas e áridas da região, os jumentos normalmente se alimentam de vegetação escassa. No entanto, aqui, nem eles conseguem sobreviver com plantas morrendo e sem alívio. Toda a criação está à beira da desesperança, um reflexo físico da desolação espiritual que o povo causou a si mesmo ao se afastar do SENHOR.

Em meio ao desespero, o profeta acrescenta: " Ainda que as nossas iniquidades testifiquem contra nós, Senhor, age por amor do teu nome! Na verdade, as nossas apostasias se multiplicaram, pecamos contra ti" (v. 7). Jeremias faz um apelo direto à misericórdia de Deus, reconhecendo que os pecados de Judá são reais e óbvios. Não é por causa de qualquer mérito do povo que eles se aproximam de Deus, mas sim por causa da Sua própria natureza graciosa.

Jeremias 14:7 aponta para a verdade bíblica de que o arrependimento e o reconhecimento sincero do erro são a resposta adequada diante do julgamento. O povo é encorajado a apelar ao caráter fiel do SENHOR. Mais tarde na história da redenção, Jesus exemplifica a compaixão de Deus ao se oferecer pelos pecadores (Romanos 5:8), demonstrando que o desejo de Deus é sempre trazer arrependimento e restauração, em vez de condenação permanente.

O profeta continua: " Ó Esperança de Israel, seu Salvador em tempos de angústia, por que te tornas como um estrangeiro na terra, ou como um viajante que arma sua tenda para passar a noite?" (v. 8). Dirigir-se a Deus como "Esperança de Israel" e "Salvador" destaca a relação de aliança estabelecida séculos antes por meio de Abraão (por volta de 2000 a.C.) e renovada na linhagem do Rei Davi (século X a.C.). É um título que significa o papel de Deus como Protetor e Libertador.

No entanto, em sua difícil situação, Deus parece tão distante quanto um viajante que passa e não se estabelece entre eles. A pergunta retórica ressalta a angústia de um povo que se sente abandonado. Essa queixa surge da realidade de não ver alívio imediato, embora o povo saiba que Deus realmente tem o poder de intervir. O clamor sincero pela parceria do SENHOR em seu momento de extrema necessidade é um testemunho da profundidade da crise espiritual.

O questionamento continua: " Por que te comportas como um homem apavorado, como um valente que não pode salvar? Contudo, tu estás no meio de nós, Senhor, e somos chamados pelo teu nome; não nos desampares!" (v. 9). Aqui, o profeta implora por libertação e lembra a Deus da aliança - que Judá carrega o Seu nome. Jeremias contrasta a imagem de Deus como um guerreiro que parece incapaz de agir com a realidade de que o Senhor está bem no meio deles, plenamente capaz de redenção.

Chamar Deus de "um homem poderoso que não pode salvar" (v. 9) é irônico, pois as Escrituras comprovam repetidamente o poder salvador do Senhor (Êxodo 14:31). No entanto, quando o pecado permanece sem solução, a ajuda de Deus pode parecer distante. A súplica de Jeremias é um pedido fervoroso para que o Senhor mostre Seu poder e compaixão. Esta oração antecipa a salvação definitiva que se realiza em Jesus Cristo, que declarou abertamente: "Eu sou o pão da vida; quem vem a mim não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede" (João 6:35).

Embora a desobediência contínua de Judá tenha causado uma seca devastadora, a intercessão de Jeremias e a ênfase no caráter fiel de Deus servem como um chamado claro ao arrependimento genuíno e à restauração na presença do SENHOR.

 

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