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Jeremias 15:15-18 Explicação

Em Jeremias 15:15, o profeta Jeremias, que ministrou de aproximadamente 627 a.C. até algum tempo depois da queda de Jerusalém em 586 a.C., derrama sua angústia ao SENHOR com as palavras : " Tu, que sabes, SENHOR, lembra-te de mim, lembra-te de mim e vinga-te dos meus perseguidores. Não me leves, por causa da tua paciência; sabe que por ti suporto opróbrio" (v. 15). Jeremias sente o peso da oposição daqueles que rejeitam sua mensagem profética no Reino do Sul de Judá. Ao suplicar que o SENHOR se lembre dele e o observe, Jeremias demonstra o quanto anseia pela intervenção de Deus.

Quando Jeremias pede a Deus que se vingue de seus perseguidores, ele reconhece que somente o SENHOR pode estabelecer a verdadeira justiça. Essa oração advém da convicção do profeta de que Deus vê todas as transgressões e, em última análise, defenderá aqueles que proferem Suas palavras com fidelidade. Apesar do ambiente de hostilidade ao seu redor, Jeremias confia que a paciência de Deus tem seu propósito divino, mesmo que isso signifique um adiamento temporário do julgamento.

A frase final de Jeremias 15:15 destaca que Jeremias suporta afrontas por causa do SENHOR. Ele compreende que o chamado que lhe foi imposto pelo Todo-Poderoso o separou, resultando na rejeição de sua comunidade. No entanto, o profeta se apega à certeza de que Deus é tanto sua testemunha quanto seu vindicador, um tema que ecoa nos escritos dos profetas e no Novo Testamento, onde os crentes são encorajados a se entregarem ao justo julgamento de Deus (1 Pedro 2:23).

Perseverar é um objetivo proclamado nos ensinamentos de Jesus, mas também foi dolorosamente modelado por Ele. Ele profetizou primeiramente aos Seus discípulos, a respeito da preparação deles para o fim dos tempos,

"E sereis odiados de todos por causa do meu nome. Contudo, nem um fio de cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança, salvareis as vossas vidas."
(Lucas 21:17-19).

Então, alguns capítulos depois, em Lucas, Jesus foi acusado, tratado com desprezo, zombado, punido sem causa e finalmente crucificado diante de Seus discípulos (Lucas 23). A reprovação que Cristo suportou é incomparável em sua injustiça, visto que Ele era e é inteiramente inocente. No entanto, apesar de não ter cometido nenhum erro, Ele ensinou e então mostrou como é suportar tal reprovação. Quando Jeremias busca o SENHOR em Jeremias 15:15, ele submete sua súplica ao Único que poderia verdadeiramente saber o que ele estava vivenciando. Se tivesse buscado salvação ou vindicação do homem ou mesmo de si mesmo, o profeta não teria conseguido perseverar. No entanto, porque Jeremias buscou a Deus e atribuiu sua perseverança ao SENHOR, ele prefigura o servo sofredor, Cristo, que clamou na cruz: " DEUS MEU, DEUS MEU, POR QUE ME ABANDONASTEI?" (Mateus 27:46; Salmo 22:1). Jesus não fez o jogo dos romanos ou dos fariseus, mas foi fiel até o fim, obedecendo à vontade do Pai e confiando nele.

Continuando em Jeremias 15:16, Jeremias encontra ainda mais sua identidade e alegria naquele que o chamou : " Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram o gozo e a alegria do coração, pois pelo teu nome fui chamado, Senhor Deus dos Exércitos" (v. 16). Aqui, o profeta revela profunda fome espiritual, encontrando significado e sustento na mensagem dada pelo Senhor. O ato metafórico de comer as palavras de Deus ilustra não apenas uma aceitação, mas uma internalização da verdade divina. Deus também ordenou ao profeta Ezequiel que "comesse" a Sua palavra e a proclamasse a Israel (Ezequiel 3:1-3).

A experiência de descobrir as palavras de Deus e consumi-las como um alimento simboliza uma relação vivificante entre o profeta e o Todo-Poderoso. O coração de Jeremias se enche de alegria, mostrando como a Palavra do SENHOR traz profunda satisfação àqueles que a abraçam de todo o coração. Esse conceito é paralelo ao ensinamento do Novo Testamento de que a humanidade "não viverá de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus " (Mateus 4:4).

Ao reconhecer que foi chamado pelo nome do SENHOR, Jeremias afirma sua identidade como servo separado para a missão de Deus. Embora seu ministério em Judá fosse repleto de desafios, a alegria que ele recebe ao mergulhar na mensagem do SENHOR o sustenta. Em um mundo repleto de confusão espiritual, o banquete de Jeremias com a verdade de Deus destaca como a revelação divina nutre a alma daqueles que a acolhem.

Em Jeremias 15:17, Jeremias compartilha mais sobre sua luta pessoal: " Não me assentei na roda dos foliões, nem me alegrei. Por causa da tua mão sobre mim, sentei-me a sós, pois me encheste de indignação" (v. 17). Aqui, o profeta descreve seu isolamento das reuniões sociais típicas. Ele se abstém de participar de folias ou celebrações ociosas porque o chamado de Deus gerou nele um fardo de santo descontentamento.

A frase "Eu estava sentado sozinho" destaca o custo da devoção plena ao chamado do SENHOR. A fidelidade de Jeremias a Deus significou a separação de um estilo de vida que banalizava a verdade divina. Ele não foi movido por mera melancolia; ao contrário, sua separação foi uma resposta à justa indignação de Deus contra a corrupção e a infidelidade na terra de Judá. Servir como mensageiro de Deus frequentemente colocava Jeremias em desacordo com a opinião popular e as normas culturais.

Essa postura solitária ressoa com muitos profetas que enfrentaram um custo pessoal por falar em nome de Deus (1 Reis 19:2-3, 22:24-28, Daniel 6:16). No entanto, a solidão de Jeremias ainda está enraizada no relacionamento com o SENHOR. Embora ele seja frequentemente afastado da festividade dos outros, sua verdadeira comunhão reside com Aquele que o chamou e colocou Sua palavra em sua boca.

As palavras da boca de Jesus em Mateus 5 dão uma bênção aliviadora àqueles como Jeremias:

"E, abrindo a boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos... Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
(Mateus 5:2-6, 10).

Mais uma vez, suportar a perseguição e o isolamento da sociedade são mostrados como estilos de vida que valem a pena à luz das bênçãos prometidas por Deus. Embora Jeremias lamente sua situação, ele continuamente olha para o seu SENHOR e se apega às eternas e boas promessas de Deus.

Por fim, em Jeremias 15:18, o profeta lamenta: " Por que se prolonga a minha dor, e a minha ferida, incurável, que não se cura? Serás para mim como um ribeiro enganoso, com águas incertas?" (v. 18). Essa expressão crua revela a profundidade da angústia de Jeremias, enquanto ele luta para conciliar sua dor constante com a fé em um Deus justo e amoroso. A natureza implacável de sua angústia leva Jeremias a questionar se a ajuda de Deus poderia ser ilusória.

Jeremias evoca a imagem de um "riacho enganoso", uma fonte de água que parece refrescante à distância, mas seca quando mais precisa. Isso se assemelha à secura espiritual que o profeta sente ao enfrentar oposição implacável. O conflito interno no coração de Jeremias surge da vontade de crer na fidelidade imutável de Deus enquanto luta contra a dureza de suas circunstâncias.

Ainda assim, mesmo quando Jeremias expressa essas dúvidas sinceras, a narrativa mais ampla de sua vida afirma que ele passará a confiar na firmeza do SENHOR. Ao longo das Escrituras, períodos de questionamento frequentemente levam a uma confiança mais profunda na misericórdia infalível de Deus. O clamor do profeta é um testamento para todo crente que luta com orações não respondidas, exortando-o a lançar suas preocupações sobre o SENHOR e confiar que Ele proverá em Seu tempo perfeito (1 Pedro 5:7).

 

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