
Jeremias, que serviu como profeta de aproximadamente 627 a.C. a 582 a.C., durante os anos turbulentos que antecederam o exílio de Judá, proclama sua confiança em Deus ao declarar: " Ó SENHOR, minha força e meu alto refúgio, e meu refúgio no dia da angústia" (v. 19). A frase destaca a natureza imutável de Deus, enfatizando que Ele é a única fonte de ajuda confiável quando os planos humanos falham. Jeremias ministrou principalmente no reino do sul de Judá, onde a instabilidade política e a idolatria haviam afastado a nação ainda mais dos mandamentos de Deus.
Continuando em Jeremias 16:19, Jeremias prevê que: " A ti virão as nações, desde os confins da terra, e dirão: Nossos pais não herdaram senão falsidade, futilidade e coisas sem proveito" (v. 19). Aqui, ele antecipa um tempo futuro em que os estrangeiros reconhecerão a diferença entre seguir deuses falsos e confiar no Deus verdadeiro. A expressão "confins da terra" ressalta o alcance universal do domínio do SENHOR, estendendo-se muito além das fronteiras de Israel e Judá, e prenuncia o dia em que o mundo inteiro reconhecerá a soberania do único Deus verdadeiro.
Esse reconhecimento da falsidade herdada também ressoa com o convite do Novo Testamento para que todas as nações venham ao Salvador (Mateus 28:19). Assim como as pessoas na época de Jeremias foram enganadas por ídolos inúteis, também em todas as épocas as pessoas precisam desse despertar - um encorajamento de que aqueles que buscam o SENHOR encontrarão nEle seu refúgio e verdade supremos. A imagem é poderosa: Deus não é meramente uma divindade tribal de um único povo, mas, em vez disso, Ele fornece abrigo espiritual para qualquer um que venha a Ele.
Jeremias prossegue perguntando: " Pode o homem fazer deuses para si? Contudo, eles não são deuses!" (v. 20). Essa pergunta contrasta o Deus vivo com ídolos feitos por mãos humanas. Jeremias não está apenas condenando a adoração de imagens feitas pelo homem, mas também apontando para a tolice de confiar em qualquer coisa criada pelo poder humano limitado. Historicamente, Judá era cercada por nações como Babilônia e Egito, que adoravam divindades representadas por estátuas e símbolos - práticas que inevitavelmente os levavam à confusão espiritual.
A pergunta retórica ressalta que qualquer objeto de adoração inventado pelo esforço humano é necessariamente impotente. Ao apontar que ídolos "não são deuses", Jeremias confronta a ilusão de tal adoração. Essa mensagem encontra eco no Novo Testamento quando o apóstolo Paulo também aborda a futilidade da adoração a ídolos, exortando os fiéis a se afastarem das imagens sem vida para servir ao Deus vivo e verdadeiro (1 Tessalonicenses 1:9). Ídolos prometem segurança, conforto ou prosperidade, mas, em última análise, não podem proporcionar salvação ou esperança verdadeiras.
Além disso, este versículo se encaixa perfeitamente no desejo de Deus por sinceridade na adoração. Ao denunciar a vaidade de criar divindades, Jeremias compele seu público a se concentrar exclusivamente no SENHOR. Todos os que buscam ídolos feitos pelo homem acabarão descobrindo seu vazio, ao passo que se voltar de todo o coração para Deus produz vida, mesmo em meio a circunstâncias terríveis.
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
Você pode acessar o artigo original aqui.
The Blue Letter Bible ministry and the BLB Institute hold to the historical, conservative Christian faith, which includes a firm belief in the inerrancy of Scripture. Since the text and audio content provided by BLB represent a range of evangelical traditions, all of the ideas and principles conveyed in the resource materials are not necessarily affirmed, in total, by this ministry.
Loading
Loading
| Interlinear |
| Bibles |
| Cross-Refs |
| Commentaries |
| Dictionaries |
| Miscellaneous |