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Jeremias 25:1-7 Explicação

Jeremias 25:1 introduz um momento crítico na história de Judá, ancorando-nos ao clima político turbulento do final do século VII a.C.: A palavra que veio a Jeremias a respeito de todo o povo de Judá, no quarto ano de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá (que foi o primeiro ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia) (v. 1). Jeoiaquim, filho do piedoso rei Josias, reinou de 609 a 598 a.C., mas, ao contrário de seu pai, não honrou as instruções do SENHOR. Simultaneamente, a ascensão de Nabucodonosor ao poder na Babilônia (começando em 605 a.C.) trouxe um império formidável às portas de Judá. Ao destacar o quarto ano de Jeoaquim e o primeiro ano de Nabucodonosor (v. 1), as Escrituras ressaltam a soberania de Deus na orquestração de eventos que moldariam não apenas o destino de Judá, mas também de toda a região do antigo Oriente Próximo.

Este versículo nos lembra que, não importa quão terrível seja a situação política, a palavra de Deus chega no devido tempo. O ministério profético de Jeremias se desenrola tendo como pano de fundo a desobediência de Judá, mesmo com os impérios se transformando ao seu redor. O reino do sul, Judá, com Jerusalém como capital, estava à beira do julgamento. Apesar de ter uma linhagem ligada ao justo Josias, a liderança desta nova geração estava afastando a nação de Deus. A mensagem de Jeremias desafiaria suas esperanças políticas e ídolos pessoais, encorajando-os a se arrependerem antes que as consequências inevitáveis do pecado persistente caíssem sobre eles. Nessas circunstâncias, o leitor vê a graça de Deus alcançando-os por meio de Seu profeta mais uma vez, uma graça que encontra seu cumprimento final em Cristo (Mateus 23:37).

O texto continua com: "... o que o profeta Jeremias falou a todo o povo de Judá e a todos os habitantes de Jerusalém, dizendo" (v. 2). Aqui, o público do profeta é especificamente identificado: todo o Judá e especialmente os habitantes de sua cidade real, Jerusalém. Esta cidade, reverenciada por seu Templo e culto central, encontra-se no foco da mensagem de Deus por meio de Jeremias. Geograficamente, Jerusalém estava situada na região montanhosa de Judá, simbolizando espiritualmente como Deus desejava que Seu povo se destacasse entre as nações. No entanto, a cidade sofreria o severo impacto do poder da Babilônia se se recusasse a se voltar para o SENHOR.

O papel de Jeremias como profeta que fala a verdade aos poderosos é destacado ao mencionar que ele transmite essa mensagem não apenas a indivíduos isolados, mas a "todo o povo". Seu ministério durou décadas, oferecendo advertências persistentes a uma nação acostumada a ignorar a orientação de Deus. Como tantas vozes do Antigo Testamento, as palavras de Jeremias seriam um toque de trombeta - um toque que Jesus mais tarde ecoa ao lamentar a recusa da mesma cidade em receber os mensageiros de Deus (Lucas 13:34). Mesmo nesse contexto sinistro, o convite ao arrependimento permanece, demonstrando o coração do SENHOR em salvar em vez de destruir.

Elaborando sobre a duração de seu ministério, Jeremias declara : " Desde o décimo terceiro ano de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, nestes vinte e três anos, a palavra do Senhor tem vindo a mim, e eu tenho falado a vocês repetidas vezes, mas vocês não ouviram" (v. 3). O décimo terceiro ano do rei Josias foi por volta de 627 a.C., marcando o início do chamado profético de Jeremias. Josias foi o último rei justo de Judá, reinando de 640 a 609 a.C. Em contraste, o reino deteriorou-se espiritualmente após sua morte. Por vinte e três anos, o chamado de Jeremias nunca vacilou, enquanto o coração do povo permaneceu inalterado.

Jeremias 25:3 destaca a persistência da mensagem de Deus - repetidas oportunidades de retrocesso, abrangendo mais de duas décadas. O povo escolhido de Judá, com o Templo em seu meio, negligenciou repetidas advertências. Tal longanimidade da parte de Deus ressalta Sua misericórdia, um tema ecoado em 2 Pedro 3:9, que nos lembra que a paciência de Deus tem um propósito: o arrependimento. A mensagem fielmente repetida de Jeremias permanece como um testemunho de que o amor genuíno adverte e perdura, mesmo quando a advertência não é atendida.

O profeta ressalta a amplitude dos esforços de Deus para alcançar Seu povo : " E o Senhor enviou a vocês todos os seus servos, os profetas, vez após vez, mas vocês não ouviram, nem inclinaram os ouvidos para ouvir" (v. 4). Jeremias não estava sozinho; profetas como Sofonias, Habacuque e outros também levaram a palavra de Deus. O Senhor consistentemente levantou mensageiros ao longo dos séculos, mostrando que Ele nunca abandonou Seu povo à ignorância ou à confusão.

No entanto, apesar das repetidas bênçãos dos conselhos proféticos, Judá recusou-se a dar ouvidos aos avisos. Sua recusa em inclinar os ouvidos indica um afastamento deliberado da verdade divina. Nesse sentido, a situação de Judá reflete a tendência humana mais ampla de resistir quando a palavra de Deus confronta o orgulho ou ídolos pessoais. Séculos depois, Jesus lamentaria como Israel rejeitava repetidamente as vozes daqueles que Deus enviou (Mateus 23:37), demonstrando que o padrão de afastamento da verdade tem aplicação universal. Ainda assim, a fidelidade de Deus permanece inabalável, pois Ele busca continuamente restaurar em vez de condenar.

O cerne da mensagem de Deus se manifesta ao dizer: "Convertei-vos, cada um do seu mau caminho e da maldade das vossas ações, e habitai na terra que o Senhor vos deu a vós e aos vossos pais, para todo o sempre" (v. 5). A ordem de "converter-vos" é um convite ao arrependimento - uma decisão voluntária de abandonar a transgressão e submeter-se à autoridade legítima de Deus. O arrependimento não era simplesmente uma mudança moral, mas também um caminho para a bênção e a preservação de Deus na terra prometida.

A menção da terra como um presente divino remete à aliança que o SENHOR estabeleceu com Abraão (Gênesis 17:8) e renovou por meio de Moisés e Josué. Ela ressalta a firme intenção de Deus de prover segurança e prosperidade ao Seu povo. A permanência deles naquela terra era um sinal tangível da bênção da aliança, lembrando-os de que a obediência e o arrependimento sustentariam seu legado por gerações. Para os crentes de hoje, o conceito de habitar nas promessas de Deus pode evocar as bênçãos espirituais encontradas em Cristo, que nos concede descanso quando nos desviamos dos nossos próprios caminhos (Hebreus 4:9-10).

O profeta continua: " E não seguireis outros deuses para os servirdes e adorardes, e não me provoqueis à ira com a obra das vossas mãos, e não vos farei mal algum" (v. 6). Aqui, a idolatria é abordada diretamente - a busca por falsas divindades era uma armadilha recorrente para Israel e Judá. Tentações de adorar os deuses de nações vizinhas ou de fabricar ídolos por conta própria estavam sempre presentes, ameaçando prejudicar a devoção exclusiva do povo ao único Deus verdadeiro.

A promessa do SENHOR de que não lhes faria "mal algum" revela a natureza protetora dos mandamentos de Deus. A idolatria não é apenas uma transgressão religiosa - ela desvia o coração da fonte da vida, levando à corrupção espiritual e à calamidade física. Ao alertar contra a provocação, Deus está ilustrando que o pecado tem consequências, as quais Ele deseja que evitemos. Da mesma forma, o Novo Testamento ressalta que ninguém pode servir a dois senhores (Mateus 6:24). Quando nossa lealdade espiritual está dividida, isso inevitavelmente leva ao mal, mas voltar-se para Deus com fé traz liberdade.

Por fim, Jeremias conclui esta admoestação com: " Contudo, não me destes ouvidos", declara o Senhor, "para me provocarem à ira com a obra das vossas mãos, para vosso próprio mal" (v. 7). A acusação repetida - "não me destes ouvidos" - enfatiza a recusa direta em atender à voz de Deus, apesar dos múltiplos avisos. Essa negligência não foi apenas ignorância; foi uma resistência deliberada que teve consequências reais, garantindo a calamidade que se seguiria.

A expressão “obra das vossas mãos” (v. 7) indica ídolos que eles moldaram, os quais, ironicamente, se tornaram os instrumentos de sua queda. A ira de Deus aqui é um reflexo de Sua justiça e santidade: Ele não pode simplesmente ignorar o pecado que destrói o florescimento humano. Ainda assim, mesmo dentro desta advertência reside um lembrete de que o desejo supremo do SENHOR é a restauração de Seu povo, prefigurando a obra redentora de Jesus. Como último Profeta e Sacerdote da humanidade, Cristo provê a saída da ruína do pecado, convidando cada geração a ouvir e ser salva (João 5:24).

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