
Em Jeremias 27:12-15, o profeta Jeremias continua a transmitir as instruções de Deus ao rei Zedequias, instando-o a se submeter à autoridade da Babilônia em vez de resistir. Ele declara: "Eu falei palavras como todas estas a Zedequias, rei de Judá, dizendo: Coloquem os seus pescoços sob o jugo do rei da Babilônia, e sirvam a ele e ao seu povo, e vivam!" (v. 12). Zedequias, que reinou como o último rei sobre Judá de 597 a.C. a 586 a.C., é aqui confrontado com um chamado divino à humildade. Jeremias insiste que qualquer tentativa de se rebelar contra o poder maior da Babilônia seria inútil, sugerindo que a verdadeira vida e estabilidade só poderiam vir por meio da rendição, em vez da contínua rebelião.
As palavras do profeta destacam uma realidade histórica crucial: a Babilônia era o império mesopotâmico dominante da época, centralizado perto do rio Eufrates, onde hoje é o Iraque. A mensagem de Deus por meio de Jeremias indica que até mesmo grandes nações estão sob Sua soberania e que Ele pode usar poderes mundanos para realizar Seus propósitos. Para Zedequias, o caminho para a existência e a bênção contínuas não se encontrava em alianças políticas ou poder militar, mas na obediência à direção do SENHOR. Neste versículo, a adição de " e viva" ressalta que a sobrevivência física e o florescimento dependiam da submissão à vontade de Deus, mesmo quando isso parecia contraintuitivo.
Ao se dirigir diretamente ao rei Zedequias, Jeremias destaca as responsabilidades de liderança de Judá. O destino de toda a cidade estava em jogo, influenciado em grande parte pelas decisões do rei. Por meio deste versículo, os leitores são lembrados de que a submissão fiel ao plano de Deus pode, às vezes, significar alinhar-se com autoridades terrenas inesperadas, confiando que os propósitos de Deus prevalecerão.
Jeremias então conclama o povo a acatar a advertência de Deus, explicando: " Por que morrerás, tu e o teu povo, à espada, à fome e à peste, como o Senhor falou àquela nação que não servir ao rei da Babilônia?" ( v. 13). Essas três calamidades - espada, fome e peste (v. 13) - eram frequentemente citadas juntas como expressões do julgamento divino. O profeta deixa claro que a rebelião contra as instruções de Deus resultaria em consequências severas, afetando tanto os líderes quanto o povo.
Este versículo destaca a dura realidade de que resistir à Babilônia é convidar a destruição nacional. No paradigma bíblico, tais desastres eram mais do que mera derrota política; significavam a rejeição do conselho protetor de Deus. Jeremias usa esse momento para suplicar ao povo, implorando-lhe que escolha a vida permanecendo no plano de Deus, ecoando o mesmo princípio ensinado em toda a Escritura: desobedecer ao Todo-Poderoso e ao Seu conselho leva inevitavelmente à ruína.
O aviso de julgamento é também um chamado ao arrependimento. Confiar na misericórdia do SENHOR e afastar-se de falsas garantias é o único caminho para preservar a nação de sofrimento desnecessário. Jeremias aponta para a futilidade da rebelião, exortando o povo a abraçar a estratégia de Deus para a sobrevivência em uma época ofuscada por poderosas forças opostas.
Em seguida, Jeremias faz uma forte exortação para não se deixarem enganar por palavras falsas, proclamando: " Portanto, não deem ouvidos às palavras dos profetas que vos dizem: Não servireis ao rei da Babilônia; pois vos profetizam mentiras" (v. 14). Muitos autoproclamados profetas proclamaram uma mensagem de triunfo e independência, contradizendo diretamente a proclamação de submissão de Jeremias. Ao chamar essas palavras de mentira, o profeta traça uma linha clara entre a revelação genuína de Deus e as proclamações enganosas que surgem do orgulho humano ou do desejo de popularidade.
Esse fenômeno de falsas profecias foi um problema significativo durante os últimos anos de Judá, à medida que inúmeras vozes tentavam confortar o público ansioso com promessas de libertação rápida. Jeremias, no entanto, representa uma voz solitária, porém clara: o SENHOR ordenou a ascensão da Babilônia, e todas as tentativas de proclamar o contrário provêm do erro. Ao ignorar as verdadeiras profecias, o povo corria o risco de ser atraído por um perigoso caminho de destruição.
Jeremias 27:14 também destaca a facilidade com que as pessoas podem ser enganadas quando anseiam por uma mensagem mais favorável. Serve como um alerta ao povo de Deus ao longo dos tempos, instando-o a ser vigilante para discernir a verdade da falsidade e a ancorar a esperança no que o SENHOR revela genuinamente, em vez de em garantias vazias.
Por fim, Jeremias explica por que não se deve confiar nesses profetas : " Porque eu não os enviei", declara o Senhor, "mas eles profetizam falsamente em meu nome, para que eu os expulse, e vocês pereçam, vocês e os profetas que profetizam para vocês" (v. 15). A questão fundamental é que esses profetas não são comissionados por Deus. Eles falam falsamente e presumem usar o nome do Senhor sem o Seu apoio. Ao fazer isso, eles afastam ainda mais a nação das instruções de Deus.
Este versículo revela que as consequências de ouvir mensagens falsas são terríveis, aumentando o risco de exílio e destruição. Visto que a palavra de Deus é a âncora suprema da verdade, qualquer suposta profecia que contradiga Seu mandamento genuíno deve ser rejeitada. Jeremias esclarece que o propósito divino por trás da exposição desses falsos profetas é julgar seu engano e proteger aqueles que estão dispostos a ouvir a voz autêntica de Deus.
De muitas maneiras, isso aponta para as advertências do Novo Testamento contra falsos mestres que distorcem a mensagem de Deus. O princípio atemporal permanece: o povo de Deus é chamado a se apegar à verdade divina, alinhando-se humildemente aos Seus planos revelados e resistindo a qualquer conselho, por mais atraente que seja, que se desvie da Sua vontade.
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
Você pode acessar o artigo original aqui.
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