
Jeremias foi um profeta que viveu durante as últimas décadas do reino de Judá (aproximadamente de 627 a.C. a 586 a.C.). Em Jeremias 30:23, ele descreve: "Eis a tempestade do SENHOR! A ira saiu, uma tempestade devastadora; ela explodirá sobre a cabeça dos ímpios" (v. 23). O profeta descreve o julgamento de Deus como uma tempestade que se move rapidamente pela terra, intensificando- se até atingir aqueles que se opõem à vontade divina. Essa descrição oferece um severo aviso de que a rebelião contra Deus inevitavelmente levará a uma correção severa. Embora assustadora, a tempestade também demonstra o poder e a determinação do SENHOR em lidar com a injustiça e a transgressão entre o povo da Sua aliança.
A referência a uma "tempestade" indica problemas no horizonte para a nação. O povo hebreu estava compreensivelmente angustiado com a ameaça de invasão estrangeira e corrupção interna, tornando a mensagem de Jeremias especialmente alarmante. Essa imagem fornece a garantia de que Deus realmente vê a opressão e o pecado ocorrendo e não permanecerá passivo. Mesmo os orgulhosos e autoconfiantes ficam indefesos contra tal tempestade quando ela é desencadeada pelo Todo-Poderoso.
No entanto, dentro dessa representação severa do julgamento, encontra-se um lembrete de que o desejo do SENHOR não é a mera destruição, mas, em última análise, o arrependimento do Seu povo. Se o barro permanecer inalterado nas mãos do oleiro (Jeremias 18:6), corre o risco de ser quebrado. A tempestade é, portanto, tanto uma previsão séria da disciplina vindoura quanto um lembrete misericordioso para nos afastarmos do mal, pois recusar a correção trará consequências terríveis.
Dando continuidade a esse tema, Jeremias declara: " A ira ardente do Senhor não recuará, até que ele tenha executado e cumprido o desígnio do seu coração. Nos últimos dias, vocês entenderão isso" (v. 24). Aqui, o profeta enfatiza a natureza inflexível da justiça de Deus. Sempre que o Senhor se dedica a expurgar a iniquidade, nenhum poder terreno pode desviar Seu propósito. Isso ressalta a seriedade com que Ele leva a aliança que firmou com Seu povo séculos antes, insistindo em seu retorno à justiça.
A frase "nos últimos dias entendereis isto" (v. 24) sugere um momento futuro de compreensão, quando as ações de Deus serão plenamente compreendidas por aqueles que vivenciaram Sua disciplina. Assim como as gerações anteriores na história de Israel finalmente viram a razão dos julgamentos de Deus, esses eventos vindouros provarão que a intenção do SENHOR é manter Sua aliança e restaurar a santidade. Com o tempo, até mesmo a calamidade se revela como um instrumento para trazer correção e, por fim, a esperança de restauração.
De uma perspectiva bíblica mais ampla, Jeremias 30:23-24 ecoa o princípio subjacente de que a rebeldia humana sempre tem consequências, e, no entanto, a ira divina nunca está separada do amor divino. A disciplina de Deus visa purificar e redimir, prenunciando o ato supremo de devoção demonstrado por meio de Cristo, que suportou a penalidade do pecado em favor daqueles que O desejaram receber (Romanos 5:8). Aqui em Jeremias, no entanto, o contexto imediato se concentra no plano de Deus para Sua nação da aliança, demonstrando como o Todo-Poderoso trabalha diligentemente para cumprir Sua justa vontade entre Seu povo.
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
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