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The Blue Letter Bible
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Jeremias 32:26-35 Explicação

O profeta Jeremias recebe novamente uma comunicação direta de Deus : "Então veio a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo" (v. 26). Esse privilégio sublime reflete a relação íntima que os profetas tinham com o Senhor ao proclamarem a verdade e predizerem juízos iminentes. Apesar das severas advertências que Jeremias deve transmitir, a abordagem de Deus para com ele permanece pessoal e intencional.

Jeremias ministrou no final do século VII e início do século VI a.C. Nesse momento, ele se encontra em meio à turbulência dos últimos dias de Judá antes da conquista babilônica. O fato de Deus falar diretamente com ele demonstra a natureza inabalável da revelação divina – mesmo quando o Seu povo se afastou muito dos Seus mandamentos.

Esta declaração inicial estabelece o tom para todo o livro de Jeremias 32:26-35. Jeremias recebe palavras urgentes. Essas palavras não são meramente conselhos humanos; elas carregam autoridade divina. A escolha do povo de aceitar ou rejeitar está ligada à sua disposição de ouvir a voz de Deus por meio de Seu profeta.

O SENHOR afirma a Sua soberania sobre toda a criação, lembrando a Jeremias (e, por sua vez, a Judá ) que somente Ele reina como a autoridade suprema: " Eis que eu sou o SENHOR, o Deus de toda a carne; haverá alguma coisa difícil demais para Mim?" (v. 27). Esta pergunta – "Há alguma coisa difícil demais para Mim?" (v. 27) – aponta para o Seu poder ilimitado e prenuncia que, mesmo em circunstâncias extremas, os planos de Deus não podem ser frustrados. Fazer essa afirmação em forma de pergunta leva o público de Jeremias a refletir sobre isso. Eles podem olhar para trás e ver as poderosas obras de Deus em favor do Seu povo e reconhecer por si mesmos que, de fato, nada é difícil demais para Ele. Vários Salmos utilizam esse formato: ao experimentar dúvidas ou preocupações, olhe para o que Deus fez e lembre-se de que Ele é soberano (Salmo 66, Salmo 77, Salmo 85).

A referência ao SENHOR como "o Deus de toda a carne" (v. 27) A extensão da Sua autoridade vai além de Judá, indicando que ela não se limita a uma única nação. Ao mesmo tempo, tranquiliza os ouvintes, assegurando-lhes que nenhum poder humano — seja o poder da Babilônia ou as aparentes falhas de Judá — está fora do Seu controle. Num mundo ameaçado por um julgamento iminente, essa verdade traz tanto temor quanto esperança.

Embora Judá esteja sob o domínio de uma ameaça militar, Deus quer que Seu povo confie em Seu poder imensurável. Até mesmo o cativeiro que enfrentam será usado pelo SENHOR para cumprir Seus propósitos redentores, provando que nada está além de Sua capacidade de restaurar e guiar.

Em Jeremias 32:28, a referência a Nabucodonosor, que reinou sobre o Império Babilônico de cerca de 605 a.C. a 562 a.C., nos lembra do contexto histórico: "Portanto, assim diz o Senhor: 'Eis que entregarei esta cidade nas mãos dos caldeus e nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e ele a tomará'" (v. 28). A Babilônia era a potência dominante, prestes a subjugar Jerusalém, a capital do reino de Judá.

A declaração de Deus aqui é direta e sombria: a cidade cairá nas mãos de seus inimigos. Esta mensagem se dirige a um povo que esperava por libertação no último momento, mas se recusou a abandonar sua desobediência. O SENHOR esclarece que Ele mesmo está entregando Sua nação rebelde nas garras de seus conquistadores.

Longe de ser uma destruição arbitrária, este evento segue inúmeras advertências bíblicas de que, se Judá persistisse na idolatria e na injustiça, enfrentaria o julgamento. Dentro do domínio supremo de Deus sobre a história, essas circunstâncias cumprem Seus justos decretos e servem de lição para as gerações futuras.

Os caldeus, sinônimos de babilônios em muitos textos, são retratados como instrumento de punição de Deus: " Os caldeus que estão lutando contra esta cidade entrarão, incendiarão esta cidade e a queimarão, juntamente com as casas onde as pessoas ofereceram incenso a Baal em seus telhados e derramaram libações a outros deuses para me provocar à ira" (v. 29). Seu ataque devastará Jerusalém, queimando casas que eram usadas para adoração de ídolos.

Ao descrever como as pessoas queimavam incenso a Baal e ofereciam sacrifícios a falsos deuses (v. 29), Jeremias 32:29 destaca a profunda corrupção espiritual de Judá. Baal era uma divindade cananeia comum, e a devoção do povo a esse ídolo pagão era uma violação direta da adoração que pertencia somente ao SENHOR.

Este julgamento ressalta que a idolatria não é uma questão menor. A ira do SENHOR é despertada pela traição da Sua aliança, e a consequência é a devastação tanto pessoal quanto nacional. Contudo, em meio a esse julgamento ardente, a narrativa maior é o desejo de Deus de salvar um remanescente que retornaria a Ele de todo o coração.

Deus continua em Jeremias 32:30: "De fato, os filhos de Israel e os filhos de Judá têm feito o que é mau aos meus olhos desde a sua juventude; pois os filhos de Israel têm provocado a minha ira com as obras das suas mãos", declara o Senhor (v. 30). A expressão "desde a sua juventude" denota uma longa história de rebeldia. Não se trata de uma falha repentina, mas de um padrão persistente que se estende por gerações.

Embora frequentemente referidos coletivamente, o reino do norte ( Israel ) e o reino do sul ( Judá ) tinham cada um a responsabilidade pela idolatria e injustiça contínuas. A expressão "obra de suas mãos" provavelmente alude aos ídolos que eles criaram, simbolizando uma religião criada por eles mesmos e a confiança em uma falsa segurança.

A ira de Deus aqui surge de uma aliança quebrada. Em vez de se afastarem do pecado, o povo persistiu apesar das inúmeras admoestações. Jeremias 32:30 retrata Judá rejeitando persistentemente os chamados do Senhor ao arrependimento, ilustrando a profundidade da obstinação de seus corações.

Jerusalém, estabelecida inicialmente como centro político e espiritual de Israel sob o reinado de Davi por volta de 1000 a.C., tornou-se tragicamente um local de grande ofensa: "De fato, esta cidade tem sido para mim uma provocação da minha ira e da minha indignação desde o dia em que a construíram até o dia de hoje, de modo que seja removida da minha presença" (v. 31).

Em vez de permanecer uma cidade santa – uma morada do nome do SENHOR – Jerusalém havia se transformado em um lugar de corrupção, provocando a ira de Deus geração após geração. A forte expressão "removido da minha presença" (v. 31) reflete a severidade do desagrado divino e o fato de que o julgamento está próximo.

Apesar do status reverenciado da cidade, seus habitantes a transformaram em um lugar que não mais honrava a Deus. Essa dor ressalta a gravidade do impacto do pecado, mesmo em locais outrora dedicados ao serviço do SENHOR.

A culpa é compartilhada por todos os níveis da sociedade em Jeremias 32:32: "Por causa de toda a maldade que os filhos de Israel e os filhos de Judá fizeram para me provocar à ira – eles, seus reis, seus líderes, seus sacerdotes, seus profetas, os homens de Judá e os habitantes de Jerusalém" (v. 32). Nem os cidadãos comuns nem as autoridades estão isentos.

Essa corrupção generalizada entre reis, sacerdotes e profetas é particularmente notória. Cada categoria de liderança tinha a responsabilidade de guiar o povo na obediência e adoração correta a Deus. Em vez disso, muitos caíram nos próprios pecados que deveriam ter combatido.

Ao listar esses grupos representativos, o versículo destaca a abrangência da rebelião. Ele reflete um tema bíblico constante: quando os líderes abandonam a justiça, toda a comunidade sofre. Mesmo assim, Deus ainda chama indivíduos dentro da nação para se manterem afastados da corrupção e permanecerem fiéis a Ele.

A imagem vívida em Jeremias 32:33 destaca a recusa de Judá em acatar a orientação persistente de Deus, como um aluno que ignora resolutamente a voz do professor: " Eles me viraram as costas e não o rosto; embora eu os ensinasse, ensinando repetidas vezes, eles não quiseram ouvir nem receber instrução" (v. 33).

O SENHOR os havia ensinado repetidamente por meio de profetas, da lei e de eventos históricos, com o intuito de os trazer de volta. Contudo, o povo, apesar das claras evidências do cuidado e da instrução de Deus, conscientemente se afastou dEle.

A dureza de coração não é um erro momentâneo, mas uma rejeição contínua da sabedoria divina. Mesmo tendo sido iluminados por Deus muitas vezes, a teimosia de Judá bloqueou sua capacidade de absorver as bênçãos que advêm de ouvir a Sua voz.

O templo em Jerusalém, construído inicialmente sob o reinado de Salomão por volta de meados do século X a.C., deveria ser o local central da verdadeira adoração: " Mas eles puseram as suas abominações na casa que é chamada pelo meu nome, para a profanarem" (v. 34). Em vez disso, o povo introduziu ídolos e práticas vis em seus pátios sagrados.

Essa profanação é especialmente grave, pois perverte o propósito sagrado para o qual o templo foi estabelecido. A infiltração de objetos impuros na morada sagrada de Deus evidencia o desrespeito do povo por Sua santidade e pelos mandamentos da aliança.

Ao introduzirem essas "coisas detestáveis" no santuário, eles rejeitaram, na prática, a própria identidade de serem o povo escolhido de Deus. Essa corrupção profunda exigia julgamento, pois a santidade de Deus não pode ser indefinidamente ignorada ou profanada.

A descrição da apostasia de Israel continua no versículo 35: " Edificaram os altares de Baal, que estão no vale de Ben-Hinom, para fazerem passar seus filhos e suas filhas pelo fogo a Moloque, o que eu não lhes havia ordenado, nem me passou pela mente que fizessem essa abominação, para levar Judá a pecar" (v. 35). O vale de Ben-Hinom fica ao sul de Jerusalém, historicamente associado a ritos idólatras, incluindo sacrifícios de crianças. A menção a Moloque implica extrema degradação moral.

O sacrifício de crianças era absolutamente repugnante ao SENHOR. Ele o condenou nos termos mais fortes, enfatizando que tal maldade jamais passou pela Sua mente. Essa prática horrível demonstrava o quão longe o povo havia se desviado dos mandamentos destinados a proteger a vida e adorar somente a Deus (Levítico 18:21, Deuteronômio 12:31).

A conclusão de que Judá foi levada ao pecado por esses atos destaca que a adoração falsa permeia todos os aspectos do tecido moral e social de uma nação. Mais uma vez, o julgamento que enfrentam não é arbitrário, mas sim uma consequência direta da violação de obrigações fundamentais da aliança e da prática de atrocidades que desafiam o amor divino.

 

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