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Jeremias 33:14-18 Explicação

Jeremias profetiza a fidelidade de Deus nestas palavras: "Eis que vêm dias", declara o Senhor, "em que cumprirei a boa palavra que falei acerca da casa de Israel e da casa de Judá" (v. 14). Como profeta que serviu em Judá do final do século VII a.C. ao início do século VI a.C., Jeremias dirige-se especificamente tanto ao reino do norte ( Israel ) quanto ao reino do sul ( Judá ) durante uma era tumultuosa. Aqui, Deus afirma que cumprirá o que prometeu, enfatizando que nem Israel nem Judá foram esquecidos, apesar de suas lutas e exílios históricos. Dizer que "estão vindo dias" serve como um sinal de esperança para a restauração e a renovação das promessas da aliança.

Essa menção à casa de Israel e à casa de Judá (v. 14) mostra o plano abrangente de Deus para todas as doze tribos – uma promessa que não se limita a uma região ou facção específica. Israel ficava ao norte, na terra que outrora fora governada por vários reis, e que acabou caindo sob o domínio dos assírios em 722 a.C., enquanto Judá, situada ao redor de Jerusalém, ao sul, mais tarde enfrentou a invasão babilônica por volta de 586 a.C. Suas histórias distintas lembram ao leitor que o propósito de Deus abrange a totalidade de sua nação escolhida, reunindo e reconstruindo o que foi destruído.

À luz da narrativa redentora mais ampla, este versículo antecipa a unidade que Deus deseja para o Seu povo. Ele prefigura Jesus reunindo "as ovelhas perdidas da casa de Israel " (Mateus 15:24), oferecendo resgate e esperança. As palavras de Jeremias em "Eis que vêm dias" (v. 14) sugerem que o plano divino se concretizará em uma era futura, quando as promessas de Deus se tornarão tangíveis e eternas – apontando para a mensagem do evangelho de um Salvador que cumpre as promessas da aliança de Deus.

Dando continuidade à profecia, Jeremias proclama: "Naqueles dias e naquele tempo, farei brotar um Renovo justo de Davi, que praticará o juízo e a retidão na terra" (v. 15). Davi reinou como rei de Israel por volta de 1010-970 a.C., estabelecendo Jerusalém como sua capital e unificando as tribos sob uma única monarquia. A referência ao "Renovo de Davi" evoca a antiga promessa de que um governante justo surgiria da linhagem de Davi – uma promessa feita em passagens como 2 Samuel 7:12-13.

Este "Ramo de Davi" está destinado a instituir a justiça, mostrando que a obra de Deus para redimir e restaurar inclui o tratamento justo entre as pessoas e o verdadeiro alinhamento com os Seus padrões. A expressão "um Ramo justo... praticará a justiça e a retidão" (v. 15) nos lembra que a verdadeira realeza ou liderança, no sentido bíblico, sempre está ligada à integridade moral. Isso é mais do que uma simples promessa política; sinaliza uma era de vida correta sob a liderança de um líder escolhido.

Este Ramo justo aponta claramente para Jesus (Lucas 1:32-33), que cumpre a Lei de Deus, tornando-se o Rei supremo cujo reinado é caracterizado por justiça e retidão (Apocalipse 19:11). Embora Jeremias tenha falado séculos antes do nascimento de Cristo, a expressão "naquele tempo" (v. 15) mantém os crentes na expectativa de um momento divino – culminando no surgimento de um Rei que governa e restaura perfeitamente.

Baseando-se nessa esperança, Jeremias acrescenta: "Naqueles dias, Judá será salvo, e Jerusalém habitará em segurança; e este será o nome pelo qual ela será chamada: O SENHOR é a nossa justiça" (v. 16). A salvação de Judá aqui ressalta que o reino do sul, especificamente a terra ao redor de Jerusalém, experimentará libertação. Jerusalém, localizada nas colinas da Judeia, perto da região central do antigo Israel, era o local do templo e o coração espiritual da nação.

O novo nome, “o SENHOR é a nossa justiça” (v. 16), reflete a ideia de que o próprio Deus se torna a base da retidão moral para o seu povo. Além da virtude pessoal ou nacional, a frase aponta para um futuro onde a presença de Deus assegura tanto a segurança física quanto a pureza espiritual. Esse propósito é melhor compreendido quando Paulo escreve que Jesus “se tornou para nós sabedoria da parte de Deus, justiça, santificação e redenção” (1 Coríntios 1:30). A profecia de Jeremias, portanto, prepara o terreno para uma transformação mais profunda dos corações, e não meramente para a cessação das ameaças externas.

A identidade renovada de Jerusalém, ancorada na justiça do SENHOR, revela uma mudança de foco da força humana para a provisão divina. Jeremias aponta para um dia em que o Santo restaurará plenamente o Seu povo, simbolizando o eventual ajuntamento dos filhos de Deus e a presença do Rei Messiânico que reina para sempre com justiça. Isso conecta a proeminência histórica da cidade ao seu destino profético como um lugar onde a justiça e a salvação de Deus se encontram.

Em seguida, Jeremias declara: "Pois assim diz o Senhor: 'Davi jamais deixará de ter um descendente que se assente no trono da casa de Israel'" (v. 17). Embora a monarquia em Jerusalém tenha sido interrompida historicamente, a declaração de Deus transcende essa ruptura. A linhagem de Davi se destaca por causa da aliança de Deus de que um descendente reinaria continuamente. No sentido imediato, após o exílio, isso parecia impossível, mas a promessa permaneceu firme.

Em um sentido mais amplo, essa profecia se baseia fundamentalmente na realeza eterna do Messias, que é retratado como o Filho de Davi (Mateus 1:1). Por meio de Jesus, essa linhagem real continua em um contexto celestial e eterno – mesmo após o fim da monarquia terrena. Jeremias fala de algo além da continuidade política; ele enfatiza que o plano do reino de Deus encontra sua base na linhagem de Davi. Jesus o cumpre perfeitamente, e os numerosos registros genealógicos nas Escrituras destacam essa importância.

Ao prometer que "Davi jamais ficará sem um descendente para se assentar no trono" (v. 17), Deus declara a natureza invencível do Seu plano – mesmo quando as circunstâncias humanas parecem terríveis. Os crentes veem nisso um motivo para ter esperança: não importa quão incertos os tempos se tornem, o Rei de Deus reinará, mantendo a soberania divina e sustentando os fiéis com a Sua liderança firme.

Finalmente, Jeremias assegura a estabilidade do culto: "E aos sacerdotes levitas nunca faltará um homem diante de mim para oferecer holocaustos, para queimar ofertas de cereais e para preparar continuamente sacrifícios" (v. 18). Os levitas eram da tribo de Levi, uma linhagem sacerdotal encarregada de liderar o culto de Israel, ajudando o povo a se apresentar diante de Deus com ofertas e sacrifícios. Embora a invasão babilônica tenha interrompido o serviço no templo, Deus promete um tempo em que os deveres sacerdotais perdurarão perpetuamente.

Este versículo sinaliza um tema mais amplo de comunhão contínua com Deus. O sistema levítico apontava para uma realidade maior cumprida por Jesus, que é descrito como o Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 7:17). Embora o sacerdócio de Israel tenha experimentado rupturas e guerras, a fidelidade da aliança de Deus permanece inabalável, garantindo que a adoração e a intercessão perdurem. Em última análise, isso ressalta a natureza incessante do relacionamento divino-humano que Cristo completa de uma vez por todas (Hebreus 9:11-12).

Quando Jeremias proclama esse sacerdócio eterno, ele destaca que a adoração ao verdadeiro Deus não cessará, mesmo em meio à turbulência. Embora o método de sacrifício tenha mudado por meio da oferta final de Cristo, a presença de Deus com o Seu povo permanece firme, e a esperança profética de Jeremias de acesso contínuo ao SENHOR encontra seu cumprimento no Salvador, que nos concede comunhão perpétua com Deus (João 14:23).

 

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