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Jeremias 4:27-31 Explicação

Nesta profecia, o SENHOR declara por meio de Jeremias: “Pois assim diz o SENHOR: Toda a terra se tornará em assolação; contudo, não a destruirei completamente” (v. 27). Esta mensagem demonstra tanto o julgamento de Deus quanto Sua misericórdia imutável. Embora a terra de Judá sofra devastação, o SENHOR conterá Sua ira para impedir a aniquilação total. O profeta Jeremias, que ministrou por volta de 627-586 a.C., alertou repetidamente o povo de Deus sobre as consequências de sua desobediência, mas também os lembrou da promessa da aliança de que Deus manteria um remanescente.

A frase “Toda a terra se tornará uma desolação” (v. 27) ressalta a extensão da destruição iminente. As cidades e os campos de Judá ficariam em ruínas, refletindo a gravidade da rebelião da nação. Historicamente, isso se cumpriu quando o Império Babilônico invadiu e conquistou Judá, levando à queda de Jerusalém em 586 a.C. Apesar da catástrofe, a garantia de Deus de que Ele não causará uma destruição completa reflete Seu compromisso fiel de preservar Seu povo da aliança.

O papel de Jeremias como profeta nessa época foi crucial. Ele profetizou durante os reinados de vários reis de Judá, desde o rei Josias (640-609 a.C.) até a queda da cidade para a Babilônia. Seu chamado era anunciar o julgamento iminente de Deus - uma tarefa que frequentemente o tornava alvo de escárnio. No entanto, mesmo diante do julgamento, a esperança permanece: o SENHOR poupará um remanescente fiel para cumprir Suas promessas.

A profecia continua: “Por isso a terra se lamentará, e os céus lá em cima se escurecerão, porque eu falei, e determinei, e não mudarei de ideia, nem me desviarei” (v. 28). A linguagem triste da terra e dos céus escurecidos transmite uma tristeza abrangente na criação, refletindo a gravidade do julgamento sobre Judá. A própria natureza parece lamentar o pecado que trouxe o caos por toda a terra.

Quando Deus anuncia : “Não mudarei de ideia” (v. 28), demonstra que o tempo das advertências chegou ao fim. O povo demonstrou desobediência inflexível, não deixando outra opção senão enfrentar as consequências. Essa firme decisão ressalta a gravidade do pecado e a certeza da disciplina divina. No entanto, também ressalta o caráter imutável dos propósitos de longo prazo de Deus, que incluem redenção e restauração.

Embora o pronunciamento pareça terrível, ele se alinha com outras verdades bíblicas de que Deus permanece justo e compassivo. Em passagens posteriores de Jeremias, o SENHOR revela que, após o julgamento, Ele trará uma restauração final e uma nova aliança (Jeremias 31:31-33), o que, em última análise, leva à esperança de redenção por meio de Jesus (Lucas 22:20).

Em seguida, Jeremias descreve uma cena de fuga e desespero: “Ao som do cavaleiro e do arqueiro, todas as cidades fogem; adentram os matos e sobem entre as rochas; todas as cidades são abandonadas, e ninguém habita nelas” (v. 29). A menção do cavaleiro e do arqueiro ilustra o poder avassalador das forças inimigas invasoras. Os habitantes de Judá buscam desesperadamente refúgio em lugares escondidos, deixando cidades abandonadas sob a aproximação implacável dos exércitos conquistadores.

A fuga e a deserção coletivas implicam que a devastação não se limitará a uma única região, mas afetará toda Judá. Do amanhecer ao anoitecer, o povo luta para encontrar um refúgio seguro entre fendas rochosas ou áreas florestadas. A uniformidade do abandono das cidades demonstra a total vulnerabilidade de Judá diante dos babilônios, que então dominavam grande parte do antigo Oriente Próximo.

Por meio dessas advertências terríveis, os leitores são lembrados de como a desobediência aos desígnios de Deus impacta comunidades inteiras. A fuga de cidadãos destaca a futilidade de buscar ajuda longe do Deus que abandonaram. No entanto, como em qualquer advertência, a mensagem de Jeremias convoca todos os que a ouvem a se arrependerem e, assim, evitarem calamidades maiores.

Jeremias então se dirige a Judá com uma pergunta retórica solene: “E tu, ó desolada, que farás? Ainda que te vistas de escarlate, ainda que te enfeites com ornamentos de ouro, ainda que alargues os teus olhos com pinturas, em vão te embelezas. Os teus amantes te desprezam; procuram tirar-te a vida” (v. 30). Nos tempos antigos, vestes escarlates e ornamentos de ouro simbolizavam riqueza e status, mas aqui esses adornos exteriores não realizam nada.

Essa imagem compara Judá a uma mulher tentando cativar seus amantes - provavelmente uma metáfora para os esforços da nação para garantir alianças políticas e a adoração de ídolos. Apesar da aparente demonstração de glamour, Deus indica que as nações estrangeiras que Judá outrora cortejou agora se voltarão contra ela. É uma representação trágica de esperança equivocada, onde a confiança nos poderes terrenos falha quando o julgamento divino recai sobre ela.

Em termos espirituais mais amplos, a passagem admoesta todos os que substituem a fidelidade a Deus pela confiança mundana. Nenhuma fachada de prestígio ou confiança na força humana pode resgatar o coração que se desviou do SENHOR. A verdadeira segurança é encontrada no retorno aos caminhos de Deus, não em adornos pretensiosos ou alianças externas.

Finalmente, Jeremias prevê a angústia de Jerusalém com imagens vívidas: “Pois ouvi um grito como o de uma mulher em trabalho de parto, a angústia como a de quem dá à luz o seu primeiro filho, o grito da filha de Sião, ofegante, estendendo as mãos, dizendo: 'Ai de mim, pois desfaleço diante de assassinos!'” (v. 31). Sião, representando Jerusalém, é retratada como uma mulher em trabalho de parto excruciante, clamando em desespero. Esta cena ressalta o desamparo da cidade diante da brutalidade.

A metáfora comunica profunda tristeza. Como dores de parto que se intensificam, o sofrimento de Jerusalém seria avassalador. As mãos estendidas representam um apelo desesperado por resgate, e a cidade lamenta sua iminente destruição pelas forças inimigas. Historicamente, isso prenuncia o que aconteceu quando a Babilônia rompeu os muros de Jerusalém, causando sofrimento generalizado.

Os versículos 30 e 31 parecem criar a narrativa de uma mulher que, ignorantemente, corre atrás de amantes embelezando sua aparência exterior. Os amantes que ela procura são inúteis e buscam sua vida. Então, ela enfrenta as consequências de encontrar satisfação nesses amantes enquanto está abandonada, dando à luz seu primeiro filho (v. 31) sozinha e em angústia. O povo de Deus O rejeitou por deuses inexistentes e se entregou aos seus desejos carnais. Eles agora devem experimentar imensa dor, que é comparada ao parto, enquanto Deus os submete às consequências de suas ações. Por meio dessa dor, no entanto, Ele pretende purificar Israel de seu pecado para que ela possa retornar Àquele que verdadeiramente a ama.

A linguagem gráfica do profeta sobre parto e sofrimento incentiva o arrependimento sincero. Embora Jeremias 4:27-31 contenha terríveis advertências de julgamento, também prenuncia uma redenção que surgirá quando o povo de Deus finalmente se voltar para Ele. Em capítulos posteriores, Jeremias revela que Deus não abandonou Sião, embora ela sofra severo castigo.

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