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Marcos 12:13-17 Explicação

Marcos 12:13-17 começa com : "Então, enviaram alguns fariseus e herodianos a Jesus para apanhá-lo em alguma declaração" (v. 13). Esses dois grupos, os fariseus e os herodianos, raramente colaboravam, mostrando que sua oposição compartilhada a Jesus superava suas profundas diferenças. Os fariseus eram uma seita judaica rigorosa, conhecida por sua zelosa adesão à Lei Mosaica, enquanto os herodianos apoiavam o governo de Herodes Antipas, que foi governante regional da Galileia e da Pereia de 4 a.C. a 39 d.C. Este encontro ocorreu em Jerusalém, provavelmente nos pátios do Templo ou perto deles, onde Jesus foi interrogado publicamente.

O objetivo deles era capturar Jesus em uma declaração controversa que pudesse ser usada tanto para alienar seus seguidores judeus quanto para acusá-lo perante as autoridades romanas. Se Jesus se manifestasse contra o pagamento de impostos a Roma, poderia ser considerado um insurgente; se defendesse a submissão total a Roma, poderia perder credibilidade junto ao povo judeu, que desejava a liberdade da ocupação romana. Essa armadilha sutil demonstrava sua determinação em minar os ensinamentos e a influência de Jesus.

Então, aproximaram-se e disseram-lhe: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te deixas influenciar por ninguém, pois não fazes acepção de pessoas, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É lícito pagar imposto a César, ou não?” (v. 14). Suas palavras iniciais, envoltas em bajulação, reconheciam a sinceridade e a imparcialidade de Jesus. Ironicamente, descreveram com precisão o Seu caráter, mas usaram esse reconhecimento para intensificar a armadilha. Ao se referirem a César, apontaram para o imperador romano (na época Tibério César, que governou de 14 a 37 d.C.) e fizeram uma pergunta sobre o imposto que Roma cobrava das nações subjugadas.

A autoridade de César representava a dominação imperial sobre o povo judeu, que frequentemente se ressentia dos pesados impostos impostos pelo império ocupante. No entanto, a questão girava em torno de se o pagamento desse imposto específico era aceitável aos olhos de Deus. Os fariseus talvez acreditassem que pagar impostos a uma potência estrangeira comprometia a fé judaica e a identidade nacional, enquanto os herodianos se aliavam à autoridade de Roma. Esse dilema destacava o equilíbrio entre aqueles que ocupavam uma terra sob governança estrangeira.

Em seguida, perguntaram-lhe: Pagaremos ou não pagaremos? Mas Jesus, percebendo a hipocrisia deles, disse-lhes: Por que me estais pondo à prova? Trazei-me um denário para eu ver (v. 15). A hipocrisia que Jesus percebeu residia na tentativa deles de parecerem sinceros, embora abrigassem intenções maliciosas. A menção do denário revela o tipo de moeda em uso - uma moeda romana de prata com a imagem de Tibério César. Jesus exigiu ver uma, permitindo-Lhe transformar a pergunta em uma lição visual para todos os presentes.

Ao convocá-los a apresentar a moeda, Jesus os fez revelar seu próprio envolvimento com o sistema econômico romano. Um denário, a moeda comum usada para o imposto de renda, não apenas exibia a imagem de César, mas também simbolizava a influência política e cultural de Roma. A resposta de Jesus à pergunta deles dependeria desse símbolo de autoridade terrena, testando se eles realmente desejavam uma resposta espiritual honesta ou apenas queriam enganá-Lo.

Trouxeram-lhe uma moeda. E Jesus lhes perguntou: "De quem é esta imagem e inscrição?" Responderam-lhe: "De César" (v. 16). A imagem física de César na moeda confirmava quem detinha a autoridade terrena sobre as transações monetárias na Judeia. A pergunta de Jesus os forçou a reconhecer que estavam usando moeda com o nome e a imagem do imperador - uma indicação da soberania de Roma em questões cívicas. Os observadores veriam que existia um reino ao qual aquela moeda pertencia de fato.

Isso também destacou a questão mais profunda da lealdade: embora a moeda obviamente pertencesse a César, o próprio povo, feito à imagem de Deus (Gênesis 1:27), pertence ao Criador. Ao se concentrar na inscrição da moeda, Jesus os preparou para a verdade vital de que a administração dos recursos pode coincidir com a manutenção da devoção a Deus.

E Jesus lhes disse: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. E ficaram admirados com Ele (v. 17). A resposta de Jesus defendeu magistralmente a obediência civil, ao mesmo tempo em que enfatizava o senhorio divino. Ele não diminuiu a responsabilidade de sustentar o governo por meio de impostos, mas a equilibrou insistindo que a reivindicação legítima de Deus sobre a vida de uma pessoa permanece suprema. César pode governar as moedas e os impostos, mas Deus governa os corações e as almas daqueles criados à Sua semelhança.

Ao fazê-lo, Jesus desarmou a armadilha, demonstrando sabedoria divina. Ele não incitou a rebelião nem renunciou à identidade judaica. Em vez disso, ensinou que os crentes têm obrigações significativas na sociedade, ao mesmo tempo em que vivem em reverência à autoridade suprema de Deus. As multidões, incluindo Seus interrogadores, maravilharam-se com Sua capacidade de lidar com uma questão tão delicada e potencialmente explosiva com clareza e verdade.

Esta passagem ilustra como Jesus enfrentou tensões políticas e espirituais em um cenário em que líderes religiosos e o Estado romano frequentemente se chocavam, afirmando simultaneamente a soberania abrangente de Deus e a necessidade de obediência prática às estruturas seculares. Também aponta para o ensinamento do Novo Testamento sobre honrar as autoridades governamentais, desde que isso não entre em conflito com a lealdade superior a Deus (Romanos 13:1-7), ao mesmo tempo em que reconhece que cada pessoa, em última análise, pertence ao Senhor (1 Coríntios 6:19-20).

Esta cena reforça poderosamente como as respostas de Jesus transcendem consistentemente as armadilhas mundanas, levando os ouvintes a considerar as demandas mais amplas do discipulado fiel. Ao longo de todo o texto, os profundos contrastes entre a moeda terrena e a fidelidade celestial prenunciam a natureza do Seu reino vindouro - um reino que não se limita à moldagem de moedas e políticas, mas que exige a obediência do coração.

Jesus habilmente afirma que pagar o imposto a César não era uma afronta a Deus, pois as coisas de Deus, incluindo a totalidade da vida e do coração de uma pessoa, estão em um plano superior e não podem ser reivindicadas por nenhum governante terreno. Ao dar a Deus o que pertence a Deus, o crente permanece firmemente leal a Ele, ao mesmo tempo em que reconhece suas obrigações na sociedade.

Marcos 12:13-17 mostra que o reino de Deus não simplesmente derruba as autoridades existentes, mas as coloca na devida perspectiva, reconhecendo que nenhum reino na Terra supera o domínio supremo de Deus. Numa época em que o povo judeu lutava contra a opressão romana, Jesus ofereceu uma abordagem equilibrada, falou a verdade sob pressão e demonstrou confiança no controle soberano do Pai.

A resposta de Jesus ainda é válida hoje, aconselhando os crentes a viverem responsavelmente como cidadãos, mas sempre lembrando que sua lealdade máxima deve ser ao Deus que os formou à Sua imagem e os chama para servir em Seu reino.

 

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