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Ao iniciar esta passagem, Marcos nos conta que faltavam dois dias para a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais sacerdotes e os escribas procuravam como prendê-lo à socapa e matá-lo (v. 1). O cenário é Jerusalém por volta de 30 d.C., época de multidões agitadas que haviam chegado para celebrar um dos eventos anuais mais sagrados do calendário judaico. A Páscoa comemorava a libertação de Israel do Egito por Deus (Êxodo 12), e a Festa dos Pães Asmos seguia logo em seguida, incentivando o povo a se lembrar de sua jornada às pressas. Jesus está no centro de uma crescente oposição. Os principais sacerdotes - líderes religiosos ligados ao Templo - e os escribas - especialistas em interpretar a lei mosaica - conspiravam contra Ele com crescente urgência, mas sentiam a necessidade de evitar incitar as massas.
Marcos prossegue, dizendo : "Porque diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo" (v. 2). Essas palavras demonstram as preocupações políticas e sociais dos líderes religiosos, enquanto tentavam manter a autoridade e evitar distúrbios violentos. Eles reconheciam a popularidade de Jesus entre muitos na multidão e temiam que uma prisão aberta gerasse resistência feroz e caos. Historicamente, as autoridades do Templo, que incluíam os principais sacerdotes que ocupavam cargos sob a supervisão romana, navegavam por um instável equilíbrio de poder entre o governo romano e a população judaica. Para evitar qualquer confronto com Roma ou com a população local, buscavam o caminho do sigilo e da astúcia.
Esse tom de tensão crescente prepara o cenário para os eventos que se desenrolarão em breve, destacando o cuidado com que a liderança religiosa tentou administrar o tempo e o cenário. O plano deles de lidar com Jesus de forma sutil é um reflexo de seu crescente desespero, contrastando fortemente com o Seu ensino aberto e constante sobre o reino de Deus (Lucas 19:47).
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
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