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The Blue Letter Bible
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Marcos 16:1-8 Explicação

Ao chegarmos ao final do Evangelho de Marcos, "Quando o sábado terminou, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo" (v. 1). Maria Madalena foi uma devota seguidora de Jesus no início do século I, reconhecida por sua presença fiel em Sua crucificação. Maria, mãe de Tiago, foi significativa devido à sua ligação com vários dos discípulos. Salomé, ativa naquele mesmo século, compartilhava desse grupo devoto, reunindo-se por amor ao Senhor. Sua intenção de ungir Jesus reflete um ato costumeiro de cuidado com os falecidos na tradição judaica. Essas mulheres viajaram até o túmulo, provavelmente situado fora dos muros de Jerusalém, em um jardim de propriedade de José de Arimateia, onde o corpo de Jesus havia sido depositado.

O fato de essas mulheres terem esperado até o fim do Shabat (o pôr do sol de sábado) demonstra sua adesão à Lei Judaica (Êxodo 20:8-10) e ressalta que continuaram a servir a Jesus mesmo após a crucificação. Seu desejo de ungi-Lo demonstra profundo respeito e amor. Também destaca a tristeza e a confusão que sentiram após os eventos traumáticos da crucificação. As especiarias tinham como objetivo honrar o corpo de Jesus, não preservá-lo como nas práticas egípcias, mas neutralizar o odor de decomposição e expressar reverência.

Bem cedo, no primeiro dia da semana, elas foram ao túmulo ao nascer do sol (v. 2). Essa frase destaca o início do domingo, que mais tarde se tornou significativo para o culto cristão (Atos 20:7). Também destaca a ânsia dessas mulheres, que chegaram assim que o descanso cerimonial permitiu. A referência a "muito cedo" demonstra um senso de urgência, revelando a profundidade de sua devoção e seu anseio por completar o que parecia ser um último ato de serviço ao seu Senhor.

Geograficamente, eles estavam viajando a uma curta distância de onde provavelmente haviam permanecido durante o Shabat. Jerusalém, no século I, era o centro do culto judaico, com o Templo como seu coração religioso. Do lado de fora de seus portões, havia áreas designadas para túmulos. Sua jornada solene sob a luz do amanhecer revelava o contraste entre a escuridão de sua dor e a esperança que estava prestes a se revelar.

Elas diziam umas às outras: "Quem nos removerá a pedra da entrada do sepulcro?" (v. 3). A grande pedra, típica dos túmulos ricos de Jerusalém naquela época, foi colocada para impedir adulterações e proteger o local do sepultamento de animais selvagens. Essa pergunta ilustra a preocupação prática das mulheres: elas queriam honrar Jesus, mas fisicamente a tarefa parecia impossível.

A dúvida sobre quem removeria a pedra também reflete o sentimento mais profundo de impotência sentido após a crucificação. Jesus, que acreditavam ser o Messias, havia morrido. Qualquer esperança de um milagre parecia perdida. Sua tristeza refletia o peso da própria pedra, enquanto lutavam com obstáculos comuns em meio à confusão espiritual.

Olhando para cima, viram que a pedra havia sido removida, embora fosse extremamente grande (v. 4). Essa visão surpreendente deve ter causado ainda mais perplexidade. As pedras que selavam os túmulos não eram removidas facilmente; normalmente, seriam necessárias várias pessoas fortes. O fato de essa pedra excepcionalmente grande já ter sido removida revela que Deus havia intervindo de forma sobrenatural.

A entrada aberta sugeria que algo extraordinário havia acontecido no silêncio da madrugada. Em muitos relatos do poder de Deus transmitidos pelas Escrituras, o impossível se torna possível (Jó 42:2). A remoção da pedra exemplifica Deus abrindo caminho para uma revelação que mudaria para sempre o curso da história humana.

Ao entrarem no sepulcro, viram um jovem sentado à direita, vestido com uma túnica branca; e ficaram admiradas (v. 5). Entende-se que esse jovem seja um ser angelical, comunicando uma mensagem divina. Sua presença, em trajes deslumbrantes, marca uma manifestação celestial (Lucas 24:4). O aspecto do lado direito frequentemente simboliza favor ou poder em contextos bíblicos, enfatizando ainda mais o significado divino das palavras desse mensageiro.

O espanto das mulheres é uma resposta humana natural ao sobrenatural. Ao longo dos evangelhos, encontros com anjos produzem admiração e, às vezes, medo (Lucas 1:11-13). A reação imediata delas demonstra que elas, e todos os crentes, são convidados a realidades espirituais além do que é visível.

E disse-lhes: Não vos assusteis; buscais Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou; não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram (v. 6). Este é o pulsar da fé cristã: Jesus, embora crucificado, ressuscitou. Referido como " o Nazareno " por ter vindo da cidade de Nazaré, na região da Galileia, o nome e a morte de Jesus são declarados claramente, afirmando a realidade factual de Sua crucificação.

Ao declarar "Ele ressuscitou", o anjo anuncia o evento central que define Jesus como o Salvador vitorioso (1 Coríntios 15:3-4). As mulheres teriam visto o local onde o corpo de Jesus foi colocado, agora vazio. Essa confirmação visual pinta um quadro que não deixa dúvidas: o túmulo não poderia conter o Filho de Deus.

Mas ide, dizei aos seus discípulos e a Pedro: Ele vai adiante de vós para a Galileia; lá o vereis, como ele vos disse (v. 7). A Galileia, localizada ao norte de Jerusalém e perto do Mar da Galileia, era a região onde Jesus havia passado grande parte do Seu ministério no início do século I. Ao direcioná-los para lá, o anjo destaca a continuidade da missão de Jesus - Ele se encontraria novamente com Seus seguidores, exatamente como havia prometido (Marcos 14:28).

Notavelmente, Pedro é destacado. Tendo negado Jesus três vezes (Marcos 14:66-72), ele provavelmente carregava um sentimento de culpa. Essa menção pessoal o convida a retornar à comunhão, refletindo o coração do Senhor por restauração. As mulheres são comissionadas a compartilhar as boas novas, ressaltando o papel vital que desempenham no plano de Deus.

Em seguida, saíram e fugiram do sepulcro, pois tremiam e tinham pavor; e não disseram nada a ninguém, pois estavam com medo (v. 8). O medo frequentemente acompanha os encontros divinos nas Escrituras, e essas mulheres, ao se depararem com um sepulcro vazio e uma proclamação angelical, reagem com tremor. Seu silêncio atordoado é um espelho da admiração da humanidade diante do poder de Deus.

Essa reação inicial de medo e silêncio ressalta a magnitude da ressurreição. As boas novas acabariam se espalhando por toda parte, mas, naquele momento inicial, o coração das mulheres precisava de tempo para processar. A notícia surpreendente de que Jesus estava vivo desafiou sua compreensão da finalidade da morte, oferecendo esperança eterna para todos os que creem (Romanos 8:11).

 

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