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Marcos 9:2-8 Explicação

Quando lemos "Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os conduziu a um alto monte, à parte, até um lugar isolado. E foi transfigurado diante deles" (v. 2), testemunhamos um momento crucial no ministério de Jesus. Cerca de seis dias após Seu ensino anterior, Ele intencionalmente escolhe três discípulos - Pedro, Tiago e João - para acompanhá-Lo a um lugar isolado. Historicamente, esse evento ocorre por volta de 29 d.C., durante o ministério público de Jesus. Embora as Escrituras não mencionem o nome exato do monte, muitos acreditam que poderia ser o Monte Tabor, na região da Baixa Galileia, ou o Monte Hermon, ao norte, ambos conhecidos por suas altas elevações, que podem abrigar um retiro particular.

Esse distanciamento das multidões demonstra o desejo de Jesus de revelar uma compreensão mais profunda de Sua natureza divina. Pedro, Tiago e João - que também acompanhariam Jesus no Jardim do Getsêmani - faziam parte de um círculo fechado que frequentemente vivenciava momentos mais íntimos com Ele. Sua posição privilegiada no monte prenuncia seus papéis de liderança na igreja primitiva após a ressurreição e ascensão de Jesus (Atos 2:14, Atos 12:2).

O relato de que Ele foi transfigurado diante deles significa uma mudança repentina na aparência exterior. O mesmo Jesus que andava em ambientes humildes agora exibe um vislumbre de Sua glória divina. Esse vislumbre reafirma Sua identidade como Filho de Deus, alinhando-se com outras revelações do Evangelho sobre Sua natureza divina e humana (João 1:14).

Em "E suas vestes se tornaram resplandecentes e extremamente brancas, como nenhum lavadeiro na terra as poderia branquear" (v. 3), a cena se move para além do comum. As roupas extraordinariamente brilhantes e radiantes realçam uma glória sobrenatural que vai além de qualquer esforço humano. Esse esplendor lembra visões celestiais, como em Daniel 7:9, onde figuras divinas aparecem em trajes deslumbrantes, refletindo pureza e santidade.

Do ponto de vista prático, os discípulos veem algo que só poderiam descrever com comparações terrenas: o mais diligente lavadeiro ficaria aquém desse brilhantismo. Ao superar todas as expectativas normais, a aparição de Jesus revela que Ele é muito mais do que um mestre ou profeta terreno - Ele é o Filho de Deus encarnado, cuja glória ultrapassa os limites humanos.

Tal evento destaca para esses discípulos escolhidos o poder e a majestade dAquele a quem seguem. Prepara-os para a verdade de que o reino de Deus pertence principalmente a Jesus, que finalmente vencerá a morte e ressuscitará em glória.

Em seguida, lemos que Elias lhes apareceu junto com Moisés; e eles estavam conversando com Jesus (v. 4), apresentando duas figuras fundamentais na história de Israel. Moisés, cuja vida se estendeu aproximadamente de 1526 a 1406 a.C., foi o instrumento de Deus na libertação dos israelitas do Egito e no recebimento da Lei no Monte Sinai. Elias, um profeta que ministrava no século IX a.C., chamou o povo de volta à fidelidade à aliança durante um período de profunda apostasia.

A presença deles nessa revelação memorável alinha Jesus com a Lei (Moisés) e os Profetas (Elias). Esses dois pilares da fé de Israel apontam para Cristo como o cumprimento de ambos. A conversa que compartilham com Jesus enfatiza que Sua paixão e glorificação iminentes se encaixam no plano soberano que vinha se desenrolando há gerações (Lucas 9:31). Em essência, Jesus não está abolindo a Lei e os Profetas, mas completando seu propósito (Mateus 5:17).

Os discípulos, familiarizados com a importância de Moisés e Elias, teriam reconhecido o momento como algo supremamente sagrado. Ele também prenuncia que a obra de Deus por meio de profetas e mestres ao longo da história agora converge para Jesus - a expressão máxima do plano divino para a redenção.

Em Pedro disse a Jesus: Rabi, é bom estarmos aqui; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias (v. 5), Pedro reage com admiração. Sem aspas no texto bíblico, a declaração ainda captura o zelo de Pedro. Chamar Jesus de "Rabi" demonstra respeito por Seu papel de ensino, embora o pleno senhorio de Cristo se estenda além desse título. Pedro sugere a construção de três tendas, ou abrigos temporários, provavelmente uma referência à Festa dos Tabernáculos (Levítico 23:34), um momento de celebração da provisão de Deus.

Ainda assim, a ideia de Pedro - oferecer uma morada igual a Moisés, Elias e Jesus - involuntariamente os coloca no mesmo nível. Essa abordagem bem-intencionada, mas equivocada, surge da natureza avassaladora da situação. Pedro quer prolongar o momento, mas não compreende plenamente suas implicações. A transfiguração não visa preservar o status quo, mas sim revelar a supremacia de Jesus sobre todos os outros.

Sua resposta ecoa a de muitos de nós que vemos a glória divina e desejamos celebrá-la de forma tangível. Mas o plano de Deus envolve transformação, e não apenas comemoração. O entusiasmo de Pedro reflete tanto um coração sincero quanto uma falta de compreensão completa da missão de Jesus.

O texto comenta : "Ele não sabia o que responder, pois ficaram aterrorizados" (v. 6), capturando o medo dos discípulos. A presença majestosa de Deus pode produzir tanto admiração quanto tremor, um padrão consistente observado quando as pessoas encontram o divino (Isaías 6:5). Esses seguidores de Jesus, embora profundamente comprometidos, ainda estão entendendo quem Ele realmente é.

Em seu terror, as palavras lhes faltam. Pedro tenta falar mesmo assim, talvez para honrar ou demonstrar reverência, mas a imensidão da situação torna a fala humana inadequada. Nas Escrituras, vemos que, muitas vezes, diante de um encontro divino, as pessoas se calam ou tropeçam nas palavras, enfatizando a santidade da presença de Deus.

Este versículo atua como uma lente para o coração humano quando se aproxima do sobrenatural. Embora caminhassem com Jesus diariamente, os discípulos ainda se sentiam impressionados com a impressionante diferença entre a fragilidade humana e a glória de Deus revelada por meio de Cristo.

Então vemos : "Então uma nuvem se formou, envolvendo-os, e dela saiu uma voz: Este é o meu Filho amado; a ele ouvi!" (v. 7). A nuvem simboliza a presença de Deus, ecoando a coluna de nuvem em Êxodo (Êxodo 13:21). No Antigo Testamento, Deus frequentemente se revelava através de uma nuvem, simbolizando tanto a Sua proximidade quanto a Sua glória oculta. Aqui, a afirmação direta de Deus declara Jesus como o Filho amado.

A ordem explícita de " ouvir a Ele! " orienta os discípulos a depositarem a máxima confiança nas palavras de Jesus acima de tudo. Moisés e Elias, embora servos honrados de Deus, agora se submetem à autoridade dada a Cristo. O eco da voz do céu relembra o batismo de Jesus (Marcos 1:11), novamente testificando que a aprovação do Pai repousa plenamente sobre Seu Filho.

Esta declaração corrige gentilmente o impulso de Pedro de colocar Moisés, Elias e Jesus no mesmo nível. Somente Jesus é o Filho amado de Deus, a quem todo discípulo deve ouvir e seguir. Ele é a Palavra viva, maior que todos os profetas e digno de plena devoção.

Concluindo o evento, de repente olharam ao redor e não viram mais ninguém com eles, exceto Jesus (v. 8). O repentino retorno à normalidade reforça a mensagem da transfiguração: embora Moisés e Elias tenham papéis essenciais na história da salvação, eles partem para que a atenção dos discípulos se concentre exclusivamente em Jesus.

Este versículo final ilustra como Jesus permanece após toda a revelação profética estar completa. A lei e os profetas testificam sobre Ele, mas desaparecem de cena quando Ele se apresenta diante de Seus seguidores em Seu esplendor único. A transfiguração nos aponta para uma glória futura na ressurreição e ascensão, oferecendo esperança a todos os que confiam em Cristo.

Neste momento, os três discípulos recuperam a compostura, descobrindo que, de fato, estão apenas com Aquele que mais importa. Deus chama os crentes hoje para que vejam que, apesar de todas as distrações ou figuras históricas, é somente Jesus quem deve ser exaltado como Rei e Salvador.

 

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