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Mateus 20:29-34 Explicação

Os relatos paralelos do Evangelho quanto a este evento são encontrados em Marcos 10:46-52 e Lucas 18:35-43.

Quando Jesus e Seus discípulos estavam a caminho de Jerusalém, eles foram para Jericó. A cidade de Jericó estava localizada perto da borda oriental da Judéia, ao longo da rota principal entre Jerusalém e o rio Jordão.

Jericó havia sido a primeira grande cidade a ser tomada durante a conquista da Terra Prometida (Josué 6). O líder de Israel naquela época chamava-se Josué. O nome de Josué em hebraico é "Yeshua", que significa "Deus salva". A versão grega de "Yeshua" é "Jesus”. Jesus foi o segundo Josué. Como Seu homônimo, Jesus foi um conquistador. E como Josué antes Dele, Jesus atravessou o Jordão e veio a Jericó a caminho de Jerusalém. Mas esta conquista particular do Messias era de uma natureza muito diferente da de Josué. Josué venceu os cananeus (Josué 3:10). Jesus venceu o pecado e a morte (Isaías 25:8; 1 Coríntios 15:56-57; Colossenses 2:13-14; 2 Timóteo 1:10; Hebreus 12:14). Jesus retornará novamente como um conquistador físico e cumprirá Seu papel como um tipo de Josué (Apocalipse 19:11-16).

Mateus escreve que, enquanto Jesus estava em Jericó, Ele curou a dois cegos. Marcos e Lucas também escreveram sobre este incidente. Mas há algumas pequenas diferenças entre os três relatos dos Evangelhos que valem a pena ser notadas. Mateus relata que Jesus e Seus discípulos estavam deixando (literalmente "partindo") a cidade de Jericó quando encontraram os cegos. Lucas relata que eles estavam "se aproximando de Jericó" (literalmente "entrando") quando isso aconteceu (Lucas 18:35). E Marcos escreveu: "Então eles vieram a Jericó. E como Ele estava deixando Jericó" (literalmente "partindo") antes de narrar o encontro (Marcos 10:46). Mateus afirma que havia dois cegos. Marcos e Lucas mencionam apenas um. Além dessas pequenas diferenças, os três relatos são notavelmente semelhantes.

Uma maneira possível de resolver essas diferenças é reconhecendo esse relato como dois incidentes separados, mas semelhantes. Jesus curou os dois cegos na estrada para Jericó, mas cada um em um momento diferente. Ele curou o primeiro cego quando se aproximava de Jericó. E, então, quando estavam deixando Jericó, Jesus encontrou o segundo cego e o curou, em uma repetição quase perfeita do primeiro encontro. Lucas registrou o primeiro exemplo com um homem cego. Ele identificou o homem como "um mendigo cego chamado Bartimeu, filho de Timeu" (Marcos 10:46). Mateus incluiu os relatos de ambos os cegos, combinando os dois casos em um só.

Mateus escreveu como uma grande multidão seguia a Jesus. Ele observou que dois homens cegos estavam sentados à beira da estrada de Jericó. A razão pela qual esses cegos se sentavam à beira da estrada era porque eles eram mendigos. (Lucas escreveu explicitamente que o primeiro cego estava "implorando" e Marcos descreveu Bartimeu como um "mendigo" (Lucas 18:35; Marcos 10:46).) Eram mendigos porque eram cegos. Porque não conseguiam ver, eles não conseguiam trabalhar e ganhar a vida. Eles eram quase inteiramente dependentes da misericórdia dos outros. Os dois cegos provavelmente estavam sentados perto do portão, onde havia mais tráfego e lhes dava mais oportunidades de receber esmolas.

A estrada para dentro e para fora da cidade era muito movimentada nesta época do ano, porque a estrada de Jericó era a rota preferida dos judeus da Galiléia para visitar Jerusalém na Páscoa. Esta rota começava ao sul da Galiléia, dirigia-se a Decápolis e Peréia, antes de virar para oeste e atravessar o Jordão, passando por Jericó em, em seguida, em direção a Jerusalém. Seguindo esse caminho, os judeus poderiam evitar passar por Samaria, uma vez que desprezavam os samaritanos. Esta foi a rota que Jesus tomou para a Sua viagem final a Jerusalém (Mateus 19:1).

Enquanto Jesus passava, o barulho e a comoção da multidão chamaram a atenção de pelo menos um dos cegos (Lucas 18:36). Como não podiam ver, eles tiveram que perguntar a alguém o que estava causando a agitação. E alguém lhes disse que Jesus estava passando. Com base em sua resposta a essa informação, é evidente que esses dois cegos haviam ouvido histórias sobre Jesus e Seus milagres. Eles provavelmente haviam sido informados sobre os relatos de cegos recebendo visão, os coxos andando e os leprosos sendo purificados (Mateus 11:5).

Talvez quando os cegos ouviram esses relatos milagrosos, eles mal puderam se conter, já que esperavam pelo dia em que Jesus restaurasse sua visão e abrisse seus olhos. Se estes foram de fato dois incidentes separados, então o segundo cego, Bartimeu, provavelmente tenha tomado conhecimento de que Jesus tinha vindo a Jericó e estrategicamente se colocou perto do portão, especificamente com o propósito de abordá-Lo quando deixasse a cidade (Marcos 10:46).

Quando Jesus passoueles clamaram: "Senhor, tem piedade de nós, Filho de Davi!" Marcos e Lucas especificam que os clamores desses cegos foram dirigidos a Jesus (Marcos 10:47; Lucas 18:38). Seus gritos revelaram seu desespero, sua esperança e sua fé. Seu desespero era evidente em suas vozes e suas circunstâncias debilitantes. Sua esperança era a de que Jesus tivesse misericórdia deles e restaurasse sua visão. E a fé deles era a de que Jesus era capaz de curá-los. Pelo que tinham ouvido anteriormente sobre Jesus, esses cegos acreditavam que Ele era o Messias. O Filho de Davi era uma referência real aberta ao Messias.

Deus havia prometido ao rei Davi que Ele sempre teria um descendente no trono:

"Quando os vossos dias estiverem completos e vos deitareis com os vossos pais, levantarei o vosso descendente depois de vós, que sairá de vós, e estabelecerei o seu reino. Ele construirá uma casa para o Meu nome, e Eu estabelecerei o trono do seu reino para sempre... A tua casa e o teu reino perdurarão diante de Mim para sempre; o teu trono será estabelecido para sempre." (2 Samuel 7:12-13, 16)

Os judeus entendiam que esse descendente era o Messias de Deus. E mesmo que não pudessem ver, esses cegos reconheceram apenas pelo que tinham ouvido sobre Jesus que Ele era o descendente há muito esperado de Davi. E eles estavam proclamando Jesus como tal na frente da multidão em Jericó.

A multidão ficou incomodada com o clamor. Algumas pessoas repreenderam severamente aos dois cegos, indicando que parassem de fazer barulho e para ficarem quietos. Essas pessoas poderiam estar tentando ouvir o que Jesus estava dizendo, e os gritos dos cegos dificultavam o processo de ouvi-Lo.

Mas os cegos não foram dissuadidos. Eles clamaram ainda mais alto: "Senhor, Filho de Davi, tenha misericórdia de nós!"

Jesus parou e os chamou. Lucas escreve que Jesus "ordenou que fossem trazidos a Ele" (Lucas 18:40). Marcos escreve que Jesus instruiu a multidãoca "Chamá-los aqui", e que quando as pessoas na multidão ouviram Jesus, elas rapidamente mudaram sua atitude em relação a Bartimeu. Em vez de ficarem irritados com ele e repreendê-lo por seus gritos, de repente se tornaram amigáveis com ele e disseram: "Coragem, levante-se! Ele está chamando por você" (Marcos 10:49).

Quando os dois cegos chegaram diante Dele, Jesus perguntou-lhes: "O que quereis que Eu faça por vós?" Era óbvio o que eles queriam que Ele fizesse por eles. Eles eram cegos. Jesus era conhecido por ter o poder de fazer os cegos verem. E eles estavam clamando que Ele tivesse misericórdia deles. Mas a pergunta de Jesus era pessoal e direta. Foi dignificante. E isso lhes deu a oportunidade de expressar sua fé Nele.

Marcos escreveu que Bartimeu disse: "Rabboni [a palavra judaica para um "Mestre" religioso], quero recuperar a minha visão!" (Marcos 18:51). Lucas registra que o cego respondeu: "Senhor, quero recuperar a visão!" (Lucas 18:41). Mateus resumiu suas respostas como: "Senhor, queremos que nossos olhos sejam abertos". Suas respostas demonstraram a fé de que Jesus era capaz de milagrosamente restaurar sua visão.

Mateus diz que Jesus foi movido de compaixão pelos cegos. Marcos e Lucas registram que Jesus falou algo semelhante aos homens aos quais estava curando. Em Lucas, Jesus disse ao cego: "Recebe a tua visão; a tua fé te salvou" (Lucas 18:42). Jesus disse a Bartimeu: "Vai, a tua fé te salvou" (Marcos 10:52). A palavra que Marcos e Lucas usam para "te salvou" é a palavra grega "sozo". Quando vemos a palavra "salvar", devemos sempre perguntar: "O que está sendo salvo e está sendo salvo do quê?" Neste caso, esses homens estavam sendo libertos da cegueira. A fé que esses cegos tinham em Jesus O moveu a salvar seus olhos e restaurar sua visão.

Depois de dizer essas coisas a esses cegos, Jesus tocou seus olhos; e imediatamente eles recuperaram sua visão. Eles não eram mais cegos. Mateus termina seu relato acrescentando: E eles O seguiram.

Lucas relatou que o homem que era cego começou a seguir Jesus, glorificando a Deus. E que todas as pessoas que viram o que tinha acontecido começaram a louvar a Deus também (Lucas 18:43).

Marcos relatou que Bartimeu começou a seguir Jesus na estrada para Jerusalém (Marcos 10:52).

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