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The Blue Letter Bible
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The Bible Says
Mateus 25:31-46 Explicação

Essa parábola não tem nenhum paralelo aparente nos registros dos outros Evangelhos.

Jesus conclui Seu Discurso das Oliveiras com uma parábola e um ensinamento incomum, normalmente chamado de “A Parábola das Ovelhas e dos Bodes

Esta parábola e sua explicação fazem dela um dos ensinamentos mais importantes de Jesus sobre o que irá acontecer quando o Filho do Homem vier em Sua glória.

O comentário do site A Bíblia Diz referente a este texto subdividiu a parábola das Ovelhas e dos Bodes e sua subsequente elaboração (Mateus 25:31-46), de acordo com o esboço abaixo. Para facilitar sua sequência e coesão, toda a passagem deste ensinamento foi incluída na parte inferior e as palavras estão em itálico em todas as porções dos comentários, mesmo que não apareçam nesta porção específica das Escrituras.

O comentário vai dividir a parábola das Ovelhas e dos Bodes e suas elaborações subsequentes de acordo com os pontos a seguir.

Mateus 25:31-46O Contexto da Parábola

Mateus 25:31A Observação de Abertura

Mateus 25:32-33O Primeiro Julgamento: Separando as Ovelhas dos Bodes

Mateus 25:34O Segundo Julgamento: A Recompensa dos Justos

Mateus 25:35-40A Escolha dos Justos

Mateus 25:41 OTerceiro Julgamento: O Banimento dos Amaldiçoados

Mateus 25:42-45As Escolhas dos Amaldiçoados

Mateus 25:46A Observação Final

O CONTEXTO DA PARÁBOLA

O Discurso das Oliveiras começa quando Jesus responde às três perguntas de Seus discípulos em relação ao fim dos tempos, o sinal de Sua volta e quando “essas coisas” (referindo-se à destruição mencionada em Mateus 24:2) aconteceriam (Mateus 24:2-3). Jesus responde suas perguntas com muitos detalhes (Mateus 24:4-44).

Depois de responder às perguntas, Jesus conta quatro parábolas. As primeiras três são acompanhadas da “Parábola das Ovelhas e dos Bodes”, que conclui o Discurso das Oliveiras.

As primeiras três parábolas formam um trio. Elas ilustram e enfatizam como Jesus queria que Seus discípulos respondessem ao que havia dito a eles.

Esse trio de parábolas é:

  • “A Parábola do Servo Fiel e Infiel” (Mateus 24:45-51).
  • “A Parábola das Madrinhas de Casamento” (Mateus 25:1-13)
  • “A Parábola dos Talentos” (Mateus 25:14-30)

Todas essas três parábolas são relacionadas às respostas de Jesus sobre o fim dos tempos. Todas ressaltam o ponto principal de Jesus: estarmos prontos a todo momento para a volta de Cristo e ser administradores fiéis porque Ele irá julgar Seu povo quando voltar.

As histórias em cada parábola desse trio descrevem a chegada repentina de uma figura importante (o dono da casa; o Noivo; o Mestre). Com a chegada dessas figuras, fica claro que algumas pessoas estavam prontas, mas outras estavam totalmente despreparadas para sua volta. Cada uma das parábolas desse trio é concluída com uma avaliação das pessoas envolvidas, as que estavam prontas e as despreparadas, pela figura principal. A figura principal que retornava é a única que avalia as suas obras das pessoas.

Os pontos principais das primeiras três parábolas são: Ser fiéis a Jesus (Mateus 24:45); estar alertas para Sua volta (Mateus 25:13); e investir talentos para o Seu Reino, visando receber a maior recompensa possível.

SIMILARIDADES ENTRE O PRIMEIRO TRIO DE PARÁBOLAS E A PARÁBOLA DAS OVELHAS E BODES

Jesus comparA explicitamente as duas últimas parábolas do trio inicial ao Reino do Céu (Mateus 25:1; 25:14). Ele compara a primeira parábola desse trio com a volta do Filho do Homem (Mateus 24:44).

A quarta e última parábola do Discurso das Oliveiras sobre as “Ovelhas e Bodes” fala sobre o Filho do Homem e envolve o Reino. Também inclui a volta de Jesus: quando o Filho o do Homem vier para Sua glória. Inclui também uma série de julgamentos, começando com a separação das nações, assim como o pastor separa as ovelhas dos bodes.

Assim como foi no caso do trio anterior de parábolas, vão existir aqueles que são fiéis e são recompensados por isso; e aqueles que são infiéis que serão punidos. Uma das recompensas nessa parábola é herdar o Reino preparado desde a criação do mundo. Esta herança é provavelmente a recompensa representada por esta parábola.

Todas as quatro parábolas representam Jesus como a Figura que retorna:

  • O Mestre volta em um momento imprevisível (Mateus 24:50)
  • O Noivo chega depois de um atraso (Mateus 25:5-6)
  • O Mestre reaparece depois de muito tempo (Mateus 25:19)
  • O Filho do Homem chega em Sua glória (Mateus 25:31)

Em todas as quatro parábolas Jesus é o Juiz cheio de autoridade.

  • O Mestre recompensa/pune os escravos fiéis/infiéis (Mateus24:46-47, 50-51)
  • O Noivo tem a última palavra sobre quem pode entrar em seu banquete de casamento (Mateus 25:12)
  • O Mestre promove e demite os escravos fiéis/preguiçosos (Mateus 25:19-30)
  • O Filho do Homem separa as Ovelhas dos Bodes antes de recompensar ou sentenciar a cada um (Mateus 25:32, 34, 40-41, 45)

Em todas as quatro parábolas os Crentes/Membros ou a Família Eterna de Deus são Avaliados.

  • Os escravos fiéis e infiéis na casa do Mestre são avaliados quanto ao seu tratamento dos outros escravos (Mateus 24:45-51).
  • As madrinhas sábias e tolas se provam dignas/indignas de comparecer ao casamento (Mateus 25:1-13).
  • Os escravos bons/fiéis e os ímpios/preguiçosos são promovidos ou demitidos, de acordo com a administração de suas responsabilidades de investimento (Mateus 25:14-30).
  • As Ovelhas à Sua direita herdam o Reino por haverem amado e servido aos irmãos do Rei (Mateus 25:33-40).

DIFERENÇAS ENTRE O TRIO INICIAL DE PARÁBOLAS E A PARÁBOLA DAS OVELHAS E BODES

No entanto, existem algumas diferenças substantivas e de estilo entre as parábolas anteriores e a parábola das Ovelhas e Bodes.

Em termos de estilo, o trio de parábolas são metáforas extensas com vários eventos e figuras que servem como símbolos aparentes, com uma concluosão rápida quanto ao significado e aplicação da parábola. Na parábola das ovelhas e bodes, fica menos claro onde a história simbólica termina e a onde a explicação começa.

Levando em consideração como Jesus e o escritor do Evangelho, Mateus, apresentam as idéias da parábola, faz mais sentido lermos os versículos 32 e 33 como metáfora de abertura que descreve o julgamento inicial que irá acontecer quando o Filho do Homem voltar. O restante da passagem é uma forma de explicar o que acontece depois disso - mais especificamente, os dois outros julgamentos: o julgamento dos justos, seguido pelo julgamento dos amaldiçoados.

Substancialmente existem quatro diferenças substanciais entre esta parábola e as três primeiras:

  • O número diferente de julgamentos descritos no trio inicial de parábolas e o número de julgamentos na parábola das Ovelhas e Bodes.
  • As diferentes naturezas de quem está sendo avaliado nesses julgamentos.
  • O foco diferente das representações do julgamento de Cristo aos Crentes.
  • A intensidade diferente dos julgamentos descritos no primeiro trio de parábolas e na parábola das Ovelhas e Bodes.

Diferença Substantiva #1: O número de julgamentos

A primeira diferença substantiva entre “A Parábola das Ovelhas e Bodes” e o trio anterior de parábolas é o número de julgamentos que elas descrevem.

O trio anterior parece descrever apenas um julgamento. A parábola das Ovelhas e Bodes descreve não apenas um julgamento, mas três.

  • O Julgamento que Separa os Crentes (ovelhas) dos Descrentes (bodes)
  • O Julgamento das Obras dos Crentes
  • O Julgamento das Obras dos Descrentes

Diferença Substantiva #2: A natureza dos julgamentos

Assim como mencionado na primeira diferença, a parábola das Ovelhas e Bodes não descreve apenas um único julgamento, mas três.

O trio de parábolas foca somente no julgamento dos crentes. O julgamento em cada uma das três primeiras parábolas descreve o Bema de Cristo (2 Coríntios 5:10). Esse julgamento irá testar a qualidade das obras de cada crente e produzir consequências, alguns sendo recompensados e outros sofrendo perdas (1 Coríntios 3:11-15). Porém, no fim, até mesmo aqueles que perderem algo neste julgamento ainda “serão salvos, mesmo que pelo fogo” (Coríntios 3:11).

Assim como este julgamento dos crente é descrito nas parábolas, alguns servos são promovidos e outros têm seus cargos removidos; algumas madrinhas entram no banquete de casamento, outras têm a porta se fechando à sua frente. O trono do julgamento de Cristo julgará as obras dos que são membros da família de Deus. É um julgamento para recompensas.

É importante notar que, no trio de parábolas, os crentes que são avaliados no julgamento são representados como ovelhas na parábola das Ovelhas e Bodes. Ou seja, eles crêem em Jesus como o Filho de Deus e nasceram de novo como filhos de Deus (João 3:14-16). Isso inclui os servos ímpios da primeira parábola, as madrinhas da segunda e o escravo preguiçoso na terceira parábola. Todos eles são ovelhas que fizeram escolhas ruins e não foram bons administradores. Porém, eles ainda são ovelhas e o Pastor não irá perder nenhuma de Suas Ovelhas (João 10:27-29).

Assim como observado acima, a parábola das Ovelhas e Bodes mostra três julgamentos diferentes.

  • O primeiro julgamento das Ovelhas e Bodes descreve o julgamento de Cristo, dividido entre crentes e descrentes.

Este primeiro julgamento não é mencionado ou descrito nos trios anteriores de parábolas. Ele é representado quando o Rei separa as ovelhas dos bodes (Mateus 25:32). Este julgamento é, explicitamente, o julgamento de Todas as nações, não só dos crentes. O termo Todas as nações sugere que este será o julgamento do mundo inteiro - crentes e descrentes.

Podemos contrastar a generalização de Todas as nações no primeiro julgamento descrito na parábola das Ovelhas e Bodes com os grupos particulares sendo julgados nas parábolas anteriores.

Na primeira e terceira parábolas, o Mestre (Filho do Homem) esta apenas julgando Seus servos (crentes, membros da casa de Deus). Nessas parábolas, o Mestre não aborda os que não pertecem à Sua casa. Na segunda parábola do trio, o Noivo (Filho do Homem) só está preocupado com Sua festa de casamento (crentes, aqueles que devem estar em Sua festa de casamento). O Noivo não se refere aos que não foram convidados para o casamento.

Assim, todas as representações dos julgamentos descritas no trio de parábolas parecem focar apenas na avaliação dos seguidores de Cristo. O primeiro julgamento na parábola das Ovelhas e Bodes tem a ver com todos, todas as nações, crentes e descrentes. Por isso, é uma visão muito mais ampla.

O segundo julgamento das Ovelhas e Bodes descreve o julgamento de Cristo dos crentes (ovelhas) e suas obras.

Este é o Bema de Cristo (2 Coríntios 5:10). É o julgamento de Cristo dos crentes e sua fidelidade em amar e servir aos outros e onbdecer a Seus mandamentos (1 Coríntios 3:11-15).

Este julgamento das ovelhas é o mesmo descrito pelo trio anterior de parábolas. Na parábola das Ovelhas e Bodes, o trono de julgamento de Cristo é descrito quando o Rei avalia a extensão das obras das ovelhas justas e suas recompensas (Mateus 25:34-40). O julgamento no meio da parábola das Ovelhas e Bodes descreve o que o trio de parábolas retrata. Portanto, praticamente um terço da parábola das Ovelhas e Bodes compartilha o significado das três parábolas iniciais. Isso significa que dois terços da parábola das Ovelhas e Bodes descrevem temas não discutidos pelo trio de parábolas anterior.

  • O terceiro julgamento da parábola das Ovelhas e Bodes descreve o julgamento de Cristo quanto às obras dos descrentes.

O livro de Judas nos diz que Deus vai julgar as obras dos descrentes:

A estes também é que profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, quando disse: Eis que o Senhor veio, com miríades de seus santos, a executar juízo sobre todos e a convencer a todos os ímpios de todas as obras ímpias que impiamente cometeram e de todas as palavras duras que pecadores ímpios pronunciaram contra ele” (Judas 1:14-15).

Este terceiro julgamento não é mencionado ou descrito nas parábolas anteriores. Ele é apenas retratado na parábola das Ovelhas e Bodes quando o Rei avalia a extensão das obras dos bodes amaldiçoados e quando os bane para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.

Diferença substantiva #3: Os diferentes focos do julgamento de Cristo quanto aos crentes

A terceira diferença substantiva entre o trio inicial de parábolas e a parábola das Ovelhas e Bodes é que as parábolas anteriores focam na dor e perda que os crentes infiéis vão sentir quando estiverem diante de Cristo para serem julgados por suas obras, enquanto a parábola das Ovelhas e Bodes foca nas recompensas positivas que os crentes fiéis receberão neste julgamento.

O trio anterior de parábolas enfatiza o alerta para os crentes quanto às escolhas e comportamentos que levam a um julgamento punitivo. No entanto, a parábola das Ovelhas e Bodes destaca a recompensa de herança que os crentes irão receber por seguirem ao mandamento de Cristo de amar e servir ao próximo.

O trio de parábolas descreve dois resultados possíveis para os crentes: um bom e um ruim.

A parábola das Ovelhas e Bodes descreve apenas o resultado bom para os crentes.

No trio de parábolas, os resultados bons são as recompensas pela fidelidade.

  • O escravo fiel é colocado no comando das posses de seu Mestre (Mateus 24:45- 47)
  • As madrinhas sábias tinham óleo extra e celebraram o banquete de casamento (Mateus 25:10)
  • Os escravos fiéis são promovidos e se tornam parceiros do mestre por conta de investimentos sábios (Mateus 25:21-23)

No trio de parábolas, o resultado ruim para os crentes que fizeram escolhas ruins é ser rebaixados, envergonhados e perder as recompensas por conta de sua infidelidade.

  • O escravo mal é açoitado e lançado longe do Mestre, para há choro e ranger de dentes (Mateus 24:51)
  • As madrinhas tolas são repreendidas pelo Noivo e ficam de fora do casamento (Mateus 25:10-12)
  • O escravo preguiçoso é removido de todas suas responsabilidades e lançado para as trevas exteriores, longe das celebrações com o Mestre (Mateus 25:26- 30).

A representação do julgamento Bema de Cristo em todas as parábolas anteriores inclui tanto resultados bons quanto ruins para os crentes fiéis e infiéis, dependendo de suas escolhas administrativas. O trio de parábolas menciona aspectos negativos e os positivos. Contudo, mais detalhes são dados para o que acontece com as figuras infiéis nesse trio de parábolas do que para o que acontece com os fiéis.

Cada uma das parábolas desse trio termina com um julgamento negativo. Os crentes podem ter julgamentos negativos quando estiverem diante de Cristo, caso seus atos e sua administração sejam consideradas insuficientes. Haverá uma perda de recompensas pelo fato de não terem sido fiéis em seguir aos mandamentos de amar ao próximo e servir por fé. A ênfase do trio inicial de parábolas deixa essa possibilidade bem clara. A ênfase na potencial perda de recompensas, ou até mesmo o ganho de recompensas negativas, serve como um aviso para que todas as ovelhas de Cristo vivam de forma a evitar experiências negativas em seu julgamento.

A descrição do julgamento Bema de Cristo para os crentes na parábola das Ovelhas e Bodes omite a parte negativa. A descrição é totalmente positiva, ou seja, centrada exclusivamente nas recompensas positivas a serem conquistadas, não mencionando as possibilidades negativas de perdas e infidelidades.

O ensinamento de Jesus nesta parábola das Ovelhas e Bodes termina com o lembrete bendito de que todas as ovelhas (até mesmo as desobedientes, como o servo mal, as madrinhas tolas e o escravo infiel) são consideradas justas (as que crêem em Jesus) e, consequentemente, entrarão na vida eterna. Esta última parábola no Discurso das Oliveiras serve como uma garantia aos crentes de que, apesar das potenciais perdas de recompensas, eles ainda são incrivelmente abençoados por serem considerados membros da família de Deus, por si só um enorme benefício.

Este contexto é encontrado em toda a Escritura. Um desses exemplos está em Romanos 8:

O Espírito mesmo dá testemunho com o nosso espírito de que somos filhos de Deus. E, se filhos, também herdeiros; herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo, se realmente padecemos com ele, para que também com ele sejamos glorificados” (Romanos 8:16-17).

Esses versículos de Romanos deixam claro que os crentes são filhos de Deus e herdeiros Dele, sem nenhuma pré-condição. Deus é o Pai de todos os crentes e todos os crentes são justos aos olhos de Deus pelo sangue de Jesus (Colossenses 2:14). É assim que as bençãos das ovelhas na parábola das Ovelhas e Bodes é descrita.

Contudo, na segunda parte de Romanos 8;17, a recompensa de ser “co-herdeiro de Cristo” é dada apenas aos que “realmente sofremos com Ele para que nós também possamos ser glorificados com Ele”. Este segundo aspecto, destacando que uma recompensa altamente desejada pode ser perdida, é retratada apenas no primeiro trio de parábolas. A parábola das Ovelhas e Bodes descreve apenas a benção incondicional que todo crente alcança por ser filho de Deus, redimido pelo sangue de Jesus.

Diferença Substantiva #4: A severidade dos julgamentos negativos

A quarta diferença substantiva entre o primeiro trio e a parábola das Ovelhas e Bodes é o nível da severidade da punição. As consequências negativas dos primeiros três julgamentos podem parecer duras, mas as consequências do julgamento negativo que os bodes recebem é incomparável.

A razão desta diferença de severidade é que o trio inicial de parábolas descreve os resultados ruins do julgamento dos crentes; a quarta parábola das Ovelhas e Bodes, porém, descreve o resultado que os descrentes irão sofrer.

Os resultados mais devastadores que podem ser sofridos pelos crentes incluem:

  • O Filho do Homem ficar envergonhado deles na Sua volta (Marcos 8:38; Lucas 9:26)
  • Perda de responsabilidades divinas (Mateus 25:28; 2 Timoteo 2:12)
  • Ser excluído do banquete de inauguração do Novo Céu e da Nova Terra (Mateus 8:11-12; 22:11-13; 25:10-12)
  • Perda da herança e recompensa eterna (1 Coríntios 3:15; Colossenses 2:18)
  • Ser castigado por Cristo (Mateus 25:26).

Jesus descreve esses resultados como “não entrar no Reino” (Mateus 7:21).

O discípulo de Jesus, João, descreve tais resultados como “nos afastar Dele, envergonhados na Sua vinda” (1 João 2:28).

Nas parábolas anteriores, os servos ímpios e preguiçosos são castigados, rebaixados e banidos para a escuridão exterior (longe do banquete de honra), onde há choro e ranger de dentes (por ficar de fora), e/ou são disciplinados (por serem administradores ruins) (Mateus 24:51; 25:26-30). Essas consequências são severas, mas as punições não são tão ruins como quando o Rei diz aos bodes, representando os descrentes:

“O Rei dirá a eles: “Saiam de perto de Mim, amaldiçoados, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.

No fim da parábola das Ovelhas e Bodes, Jesus explica que esses amaldiçoados serão expulsos para a punição eterna, mas os justos irão para a vida eterna.

O termo Amaldiçoados (Mateus 25:41) é uma tradução da palavra grega “katarahomahee”. Como substantivo, a palavra significa “inimigo”, “aqueles que são contra você”, ou alguém que é amaldiçoado. Como verbo, a palavra significa “amaldiçoar” ou rejeitar violentamente com palavras ou ações.

Quando Jesus (e Paulo) ensinaram Seus discípulos a amar, abençoar e orar por seus inimigos, eles usaram este verbo para descrever como os inimigos iriam tratar os crentes: eles iriam “amaldiçoá-los” (Mateus 5:44; Lucas 6:28; Romanos 12:14). Marcos usa a mesma palavra grega para descrever o que Jesus havia feito com a figueira ao amaldiçoá-la (Marcos 11:21). Tiago usa a palavra ao descrever como é inadequado usar a língua que Deus nos deu para amaldiçoar as pessoas feitas à Sua imagem (Tiago 3:9).

Dentro do contexto desta parábola, “katarahomahee” (amaldiçoar) define aqueles que fervorosamente desprezam o Rei e Seu povo; eles abusam deles, os desprezam e os amaldiçoam. Os dois julgamentos que Deus aplica a esta pessoas são:

1) Dar às pessoas o que elas desejam (assim como em Romanos 1:24,26, 28)

2) Dar às pessoas o que elas desejaram para outros (assim como em Ester 7:10, Mateus 6:15).

A segunda parece ser a aplicação do princípio “faça por outros” empregado no julgamento final. Os inimigos de Deus e Seu povo são chamados de amaldiçoados. Esses inimigos fazem o contrário em relação aos dois grandes mandamentos. Eles odeiam a Deus e odeiam ao próximo (Mateus 22:37-40). Eles não são parte da casa de Deus e não pertencem à Sua família. Portanto, eles recebem de Deus o que desejaram às Suas criaturas, sendo, por isso, amaldiçoados por Deus.

Além disso, a descrição da punição dos amaldiçoados parece diferente das “trevas exteriores” às quais Jesus se refere, onde “há choro e ranger de dentes” (Mateus 8:12; 22:13; 24:51; 25:30; Lucas 13:28). Normalmente, o “choro e ranger de dentes” é associado à idéia de exclusão do banquete de honra, onde os convidados mais honrados tomam o centro da tenda, com a maior iluminação, enquanto aqueles que não foram convidados ficam nas “trevas exteriores”.

Porém, “choro e ranger de dentes” também é uma descrição associada a ser cortado em pedaços e colocado com os hipócritas (Mateus 24:51), assim como a resposta “ser lançado fornalha de fogo” (Mateus 13:50). Em cada caso, existe tristeza (choro) e raiva (ranger) associados às atividades destrutivas da pessoas durante sua vida na terra. Portanto, todas as expressões das parábolas têm em comum o conceito básico das consequências extremamente indesejáveis a serem evitadas na próxima vida, quando nossa vida nesta terra acabar.

A expressão Punição eterna usada na frase “esses amaldiçoados serão lançados para a punição eterna, mas os justos irão para a vida eterna” vem da palavra grega “aiownion kolasin”. Esta é a única vez que ela aparece na Bíblia. A primeira palavra é traduzida como eterno (é a palavra grega “Aionios”). É a palavra “Eon” em português. A palavra significa “em todas as eras”, “sem fim”, “eterno” ou “perpétuo”. “Aionios” é usada mais de setenta vezes no Novo Testamento. Seu significado depende do contexto (em Romanos 16:25, “aionios” é traduzida como “tempos eternos”). Neste contexto, a palavra descreve o “para sempre” relacionado à eternidade.

A segunda palavra desta expressão é punição. Ela vem da palavra grega “Kolasin” e significa “penalidade” ou “punição”. Esta palavra é usada somente duas vezes no Novo Testamento: nesta parábola e novamente em 1 João 4:18. Porém, aqui em Mateus 25:46, é a única vez que as palavras gregas (“aiownion kolasin”- punição eterna) são usadas juntas. Esta união de palavras descreve a pior punição possível que um humano pode experimentar.

A punição eterna da separação permanente de Deus que os descrentes vão experimentar, para sempre, no Lago de Fogo é muito, muito pior que a vergonha dolorida e a perda amarga que os crentes infiéis sofrerão na volta do Filho do Homem. Depois de um tempo, Jesus irá secar a todas as lágrimas dos crentes infiéis (Apocalipse 21:4). No entanto, não haverá nenhum consolo para os descrentes no Lago de Fogo.

O QUE A INCLUSÃO DA PARÁBOLA DAS OVELHAS E BODES OFERECE

Durante todo o Discurso das Oliveiras, Jesus respondeu às perguntas dos discípulos sobre o fim dos tempos. Ele deu a eles instruções cuidadosas sobre como deveriam compreender seus ensinamentos e o que iria acontecer, para que pudessem agir adequadamente.

Depois de repassar essas instruções, Jesus conta um trio de parábolas que descrevem metaforicamente a Seus seguidores como deveriam agir em relação a elas. Ele focou Sua atenção estritamente em como o Filho do Homem iria lidar no julgamento dos crentes quando regressasse como Rei, antes de ampliar a visão da narrativa na parábola das ovelhas e bodes e descrever os três julgamentos finais que serão aplicado a toda a raça humana.

Basicamente, Jesus saiu do micro para o macro no final do Discurso das Oliveiras, falando de uma visão mais abrangente e cósmica de como todos os humanos serão tratados no fim dos tempos.

Ao terminar Seu ensinamento sobre a Parábola das Ovelhas e Bodes, Jesus alcançou pelo menos quatro objetivos.

  1. Relembrou aos discípulos que Ele era o Senhor de todas as Nações e descreveu como seria Seu papel no fim dos tempos.
  2. Assegurou aos discipulos que todas as ovelhas (fiéis e infiéis) entrarão na vida eterna.
  3. Focou mais nas recompensas dos crentes fiéis no julgamento Bema do que no castigo e dor da perda da herança, diferente das parábolas anteriores (leia abaixo mais detalhes sobre isso).
  4. Disse de forma clara aos discípulos o que iria acontecer com os que não cressem - eles seriam lançados para a punição eterna, o fogo eterno preparado para o diabo e seus anjos.

Talvez um dos motivos que levou Jesus a contar esta parábola a Seus discípulos tenha sido o de afirmar que crer Nele produziria uma grande recompensa.

Alguém que leia ou ouça apenas as primeiras três parábolas pode hesitar em aceitar a oferta de Cristo ao considerarem as consequências dolorosas da infidelidade. A pessoa pode pensar: “Por que correr o risco de ser considerado servo infiel e passar por um julgamento tão doloroso? Por que me incomodar em ser um crente? Por que simplesmente não evitar esse risco?” A pessoa pode ser tentada a não seguir a Jesus baseada nas potenciais consequências resultantes de suas quedas inevitáveis.

Nesta parábola final do Discurso das Oliveiras, Jesus deixa claro que todos serão julgados, Ovelhas (crentes) e Bodes (descrentes). Este é o primeiro dos três julgamentos descritos pela Parábola das Ovelhas e Bodes.

A parábola das Ovelhas e Bodes também enfatiza os benefícios e recompensas que crentes receberão se forem fiéis, mais do que as perdas que podem sofrer se forem infiéis. Tais recompensas positivas são descritas no segundo julgamento na Parábola das Ovelhas e Bodes (Mateus 25:34-40). Esta parábola revela que todos os que são ovelhas - os que crêem em Jesus e são declarados justos diante de Deus - eventualmente entrarão na vida eterna (Mateus 25:46). Isso é uma verdade para todas as ovelhas, até mesmo as que se comportarem como os servos ímpios, as madrinhas tolas ou o escravo preguiçoso.

Além disso, esta parábola também revela o que acontecerá aos descrentes em seu julgamento. O terceiro julgamento nesta parábola (Mateus 25:41-43) revela que todos os descrentes (bodes) irão para a punição eterna - o lago de fogo preparado para o diabo e seus anjos. A linguagem usada por Jesus para explicar esta parábola claramente indica que a punição eterna recebeida pelos descrentes é infinitamente mais severa e amaldiçoada que qualquer uma recebida pelos servos ímpios, tolos e preguiçosos.

A inclusão da Parábola das Ovelhas e Bodes mostra porque é uma má ideia rejeitar a Cristo. Mostra também como é prejudicial ser um crente infiel. Porém, ela destaca como é infinitamente pior ser um descrente.

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