KJV

KJV

Click to Change

Return to Top

Return to Top

Printer Icon

Print

Prior Book Prior Section Back to Commentaries Author Bio & Contents Next Section Next Book
Cite Print
The Blue Letter Bible
Aa

The Bible Says
Mateus 4:5-7 Explicação

Após Jesus ter resistido à primeira tentação, o tentador tenta novamente. Ele leva Jesus à cidade santa de Jerusalém e o coloca no pináculo do templo. O templo era o lugar mais sagrado e o edifício mais proeminente de Jerusalém. Era a grande expansão do templo original de Salomão, construído para honrar a Deus, realizada por Herodes a partir dos muros reconstruídos por Neemias.

Mais uma vez, o diabo usa uma linguagem sedutora: “Se você é o Filho de Deus”, para questionar a identidade divina de Jesus. O diabo O instiga a jogar-Se do topo do edifício, ou seja, pular do pináculo do templo. O ponto mais alto do templo de Salomão era o arco de 120 cúbitos (2 Crônicas 3:4), ou quase seis metros de altura. O templo de Herodes era maior do que o anterior. Portanto, é razoável sugerir que o pináculo fosse ainda mais alto. O ponto importante aqui é que sobreviver a uma queda de uma altura dessas seria obviamente um milagre.

A localização desta tentação também possui um significado bastante relevante. A primeira razão é prática. O templo era o edifício público mais visitado em toda a Judéia. Se um homem pulasse do pináculo e sobrevivesse, muita gente testemunharia tal feito. A fofoca iria se espalhar muito rapidamente, dos saduceus aos oficiais romanos. Um incidente como esse seria divulgado por toda a Judéia e em todo o mundo romano.

A segunda razão é simbólica. O templo estava localizada no topo de uma montanha na parte norte da cidade. 2 Crônicas 3:1 registra que aquela montanha se chamava Moriá, o mesmo lugar onde Abraão havia oferecido Isaque a Deus, antes de ser parado pelo anjo. A simetria entre o sacrifício de Abraão e a segunda tentação de Cristo não passaria despercebida por Jesus ou pelo público judaico de Mateus. Tanto Jesus quanto Isaque eram filhos da promessa. E da mesma forma que Deus havia poupado Isaque, filho de Abraão, no monte Moriá, Ele certamente faria o mesmo por Seu próprio Filho.

O diabo destaca isso ao citar um salmo messiânico (Salmo 91:11,12), que fala sobre a proteção de Deus àquele que nele confia. O tentador diz: “Ele vai dar ordem a Seus anjos em relação a você”. Porém, ele omite a segunda parte do versículo: “Para te guardar em todos os seus caminhos.” Ele, então, cita o Salmo 91:12 completo: “Eles te sustentarão nas suas mãos para que seus pés não resvalem em pedra alguma.”

Satanás usa as escrituras na tentação. E o faz como resposta ao uso das escrituras por Jesus no primeiro teste. Ironicamente, a citação do diabo, apesar de não ser uma profecia, é mais uma referência sobre Jesus ser o Messias (é a sétima referência profética de Mateus). O salmo que Satanás usa para apoiar sua declaração havia sido cuidadosamente escolhida por Jesus. Jesus havia vencido ao diabo na primeira tentação ao dizer a ele que o homem deve viver por sua confiança em Deus. Agora, Satanás contra-ataca e diz: “Ok, já que você confia apenas em Deus, então prove: pule do pináculo do templo”, antes de citar um salmo cujo tema principal é a confiança em Deus.

Jesus, então, responde: “Mas também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus para colocá-lo à prova.” Uma vez mais, Jesus cita um princípio de Deuteronômio como resposta à tentação do diabo.

“Não experimentareis a Jeová, vosso Deus, como o experimentastes em Massá” (Deuteronômio 6:16).

Massá significa “tentar”, “testar”, “provar”. Massá se refere ao lugar próximo ao Monte Horebe (Sinais) Massá recebeu este nome de Moisés por ter sido o local onde os israelitas colocaram Deus à prova (tentaram a Deus) e demandaram que Ele lhes desse água. Este incidente é registrado em Êxodo 17:1-7. Os israelitas testaram a Deus dizendo: “Deus está conosco ou não?” Em outras palavras, “se Deus não fizer o que queremos, nós provavelmente tenhamos que encontrar outro deus.”

A essência da segunda tentação de Cristo é provar a Deus da mesma forma que Israel o provou em Massá. Satanás instigou Jesus a tartar a Deus como a fada da garrafa, ordenando que Deus fizesse o que queriam, ao invés de se submeterem à vontade de Deus. Jesus reconheceu a tática e deixou claro que devemos encarar as circunstâncias com a fé de que Deus trabalha para o nosso bem, ao invés de demandar que Deus aja de acordo com nossos planos e desejos. Deus havia prometido provisão para Israel, mas eles exigiram que Ele o fizesse na hora que eles queriam.

Ao usar este texto, Jesus lembra a Satanás que não devemos demandar nada de Deus. Devemos confiar em Deus. Deus não deve satisfação a nós. Nós devemos satisfação a Ele.

As duas primeira tentações marcam as primeiras vezes em que a frase Filho de Deus aparece em Mateus. É interessante observar as outras menções ao Filho de Deus no Evangelho de Mateus:

Em Mateus 8:29, Jesus se encontra com alguns homens possuídos por demônios: “Eles gritaram: Que temos nós contigo, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?”

Esta menção ao Filho de Deus é feita pelos demônios, que reconhecem que Jesus é o Filho de Deus.

O uso inicial do termo Filho de Deus vem das forças espirituais que reconhecem quem Jesus é. Este é um poderoso testemunho de que Jesus, o Messias, é Deus.

No final de seu evangelho, quando Jesus está diante do tribunal, Mateus registra: “Jesus, porém, conservou-se calado. O sumo sacerdote disse-lhe: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu Jesus: Tu o disseste; contudo, vos declaro que vereis mais tarde o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” (Mateus 26:63,64).

Mateus deixa claro que Jesus testificou sobre Si mesmo como sendo o Filho de Deus. Esta é a terceira validação espiritual de Sua identidade: Ele verdadeiramente é Deus.

A próximoa ocorrência do termo aparece quando Jesus está na cruz. O tentador, através da boca de seres humanos, zomba dele:

“Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo; se és Filho de Deus, desce da cruz. Do mesmo modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Ele salvou aos outros, a si mesmo não se pode salvar; rei de Israel é ele! Desça agora da cruz, e creremos nele. Confia em Deus; Deus que o livre agora, se lhe quer bem; pois disse: Sou Filho de Deus. Também os salteadores que foram crucificados com ele dirigiram-lhe os mesmos impropérios” (Mateus 27:39-44).

O uso do termo na cruz essencialmente repete a segunda tentação no deserto: se Jesus REALMENTE é o Filho de Deus, então Deus oO resgataria da cruz. É o mesmo tipo de escárnio feito na proposta de pular do pináculo do templo. Obviamente, Jesus foi obediente até a cruz.

Após a morte de Jesus na cruz, Mateus registra as palavras do centurião romano:

“O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e o que se passara, tiveram muito medo e disseram: Verdadeiramente, este era Filho de Deus” (Mateus 27:54).

Nesses versículos, nos quais usa a expressão Filho de Deus, Mateus demonstra que Jesus é Deus através do testemunho de seres espirituais, através da testificação do próprio Jesus e através do testemunho dos soldados romanos que acompanharam Sua morte.

Mateus 4:2-4 Explicação ← Prior Section
Mateus 4:8-11 Explicação Next Section →
Malaquias 1:1-5 Explicação ← Prior Book
Marcos 1:1 Explicação Next Book →
BLB Searches
Search the Bible
KJV
 [?]

Advanced Options

Other Searches

Multi-Verse Retrieval
KJV

Daily Devotionals

Blue Letter Bible offers several daily devotional readings in order to help you refocus on Christ and the Gospel of His peace and righteousness.

Daily Bible Reading Plans

Recognizing the value of consistent reflection upon the Word of God in order to refocus one's mind and heart upon Christ and His Gospel of peace, we provide several reading plans designed to cover the entire Bible in a year.

One-Year Plans

Two-Year Plan

CONTENT DISCLAIMER:

The Blue Letter Bible ministry and the BLB Institute hold to the historical, conservative Christian faith, which includes a firm belief in the inerrancy of Scripture. Since the text and audio content provided by BLB represent a range of evangelical traditions, all of the ideas and principles conveyed in the resource materials are not necessarily affirmed, in total, by this ministry.