KJV

KJV

Click to Change

Return to Top

Return to Top

Printer Icon

Print

Prior Book Prior Section Back to Commentaries Author Bio & Contents Next Section Next Book
Cite Print
The Blue Letter Bible
Aa

The Bible Says
Neemias 2:1-8 Explicação

Neemias, servindo como copeiro na corte persa, relata o momento em que trouxe vinho ao seu monarca: E aconteceu no mês de nisã, no vigésimo ano do rei Artaxerxes, que o vinho estava diante dele, e eu o peguei e o dei ao rei. Ora, eu não estava triste na sua presença (v. 1). O mês de nisã corresponde aproximadamente a março-abril, marcando um novo ano no calendário hebraico. O rei Artaxerxes (que governou a Pérsia de 465 a.C. a 424 a.C.) sentou-se em um trono de grande influência, exigindo deferência absoluta de seus servos. O papel de Neemias como copeiro significava que ele pessoalmente servia o vinho do rei, indicando uma posição de confiança que trazia privilégio e risco.

Isso demonstra como Neemias manteve sua angústia em segredo até então. Embora cercado de luxo, seu coração permanecia focado em um anseio espiritual e nacional mais profundo. Apesar de servir a um poderoso governante estrangeiro, a preocupação de Neemias era com sua terra natal, preparando o cenário para a conversa que se seguiria. Frequentemente, os crentes também se encontram em posições de influência ou serviço secular, mas mantêm o propósito de Deus ardendo em seus corações.

O texto continua com a interação de Neemias: Então o rei me disse: “Por que está triste o teu rosto, embora não estejas doente? Isso não passa de tristeza de coração.” Então fiquei com muito medo (v. 2). A corte persa era conhecida por seu protocolo rigoroso, e demonstrar tristeza podia ser interpretado como uma ofensa ao rei. Neemias soube imediatamente do perigo que enfrentaria se suas razões desagradassem a Artaxerxes.

O medo de Neemias revela tanto seu realismo quanto sua fé. Ele reconhecia o risco político de perturbar o rei, mas também compreendia que Deus estava tocando seu coração para falar. Essa interação entre autoridade terrena e inspiração divina é um tema recorrente: embora as circunstâncias possam parecer assustadoras, o Senhor capacita Seu povo a superar seus medos quando Sua missão se aproxima.

Reunindo coragem, Neemias explicou sua tristeza: Eu disse ao rei: "Que o rei viva para sempre. Por que não deveria estar triste o meu rosto, quando a cidade, o lugar dos túmulos de meus pais, está devastada e suas portas foram consumidas pelo fogo?" (v. 3). Ele começou com uma saudação respeitosa típica, certificando-se de prestar a devida honra a Artaxerxes. Em seguida, expressou sua tristeza pela condição de Jerusalém. Esta cidade, sagrada para o povo de Israel, tinha uma história que remontava a séculos - agora reduzida a ruínas.

Neemias conectou sua emoção ao lar ancestral. Ao fazer referência aos locais de descanso de seus antepassados, ele apelou para um respeito universal pela herança e pelo legado. Para muitos crentes, o chamado para cuidar da "cidade" espiritual de Deus ressoa profundamente, em paralelo ao anseio de Neemias de ver os propósitos de Deus restaurados e prosperando.

A conversa tomou um rumo crucial quando o rei me perguntou: "O que você pediria?" Então orei ao Deus do céu (v. 4). A pergunta direta de Artaxerxes abriu uma porta de favor, mas o reflexo imediato de Neemias foi a oração. Mesmo em um momento tenso, ele fez uma pausa interna para buscar a orientação do Senhor. Essa oração espontânea ressalta um relacionamento com Deus no qual confiar nEle é tanto natural quanto profundamente intencional.

Essa prontidão para orar é crucial sempre que surgem oportunidades. Em vez de se precipitar, Neemias suplicou a Deus em silêncio, reconhecendo a verdadeira fonte de sabedoria e ousadia. Para os crentes de hoje, este versículo incentiva a dependência consciente da direção divina, especialmente em decisões que moldarão o futuro.

Neemias então falou com ousadia: Eu disse ao rei: “Se for do agrado do rei, e se o teu servo tiver achado graça diante de ti, envia-me a Judá, à cidade onde se encontram os túmulos dos meus pais, para que eu a reedifique” (v. 5). Judá era a região meridional da antiga terra de Israel, com Jerusalém em seu coração. Ao fazer esse pedido, Neemias deu um enorme salto de fé, indo além do luto para a ação concreta.

Essa atitude deixou de ser apenas lamentação e passou a ser uma busca por permissão para consertá-lo. Reconstruir não era uma tarefa fácil; os muros e portões de Jerusalém estavam destruídos havia décadas. No entanto, Neemias reconheceu que a mudança exigia mais do que palavras, então pediu não apenas piedade, mas também o poder de retornar e trazer a restauração.

A resposta do rei demonstrou misericórdia inesperada: Então o rei me disse, enquanto a rainha estava sentada ao seu lado: "Quanto tempo durará a sua viagem e quando voltará?" Assim, aprouve ao rei enviar-me, e eu lhe dei um prazo determinado (v. 6). O pedido de Artaxerxes por um cronograma ressalta seu estilo prático de liderança. Ele queria um plano claro de Neemias, sugerindo que poderia esperar seu retorno.

Apesar da soberania persa sobre Judá, a disposição do rei em libertar Neemias sinalizou a mão de Deus agindo nos bastidores. Essa aprovação oficial significava que a reconstrução de Jerusalém seria sancionada, não apenas um esforço rebelde. Ao refletirem sobre este versículo, os crentes veem como Deus pode mover até mesmo os corações de governantes poderosos em prol de Seus objetivos redentores.

Aproveitando esse favor, Neemias acrescentou: E eu disse ao rei: Se for do agrado do rei, deem-me cartas para os governadores das províncias dalém do Rio, para que me deixem passar até chegar a Judá (v. 7). As províncias dalém do Rio referem-se aos territórios a oeste do Eufrates, que cobriam a rota de viagem de Susã a Judá. Com cartas oficiais, Neemias podia viajar com segurança e evitar obstáculos das autoridades locais.

Este pedido prudente demonstra como Neemias uniu fé e sabedoria. Ele não presumiu que a jornada seria fácil, por isso era necessário obter a documentação adequada. Da mesma forma, os crentes devem frequentemente tomar medidas práticas em paralelo à oração, confiando em Deus, mas preparando-se para uma possível oposição.

Por fim, Neemias continuou: "E uma carta a Asafe, guarda da floresta do rei, para que ele me forneça madeira para fazer vigas para as portas da fortaleza que fica junto ao templo, para o muro da cidade e para a casa para onde irei. E o rei me concedeu porque a boa mão do meu Deus estava sobre mim" (v. 8). Asafe administrava as florestas reais, e essa madeira permitiria a Neemias reconstruir estruturas cruciais em Jerusalém, incluindo seus muros, portões e até mesmo sua futura residência.

Neemias reconheceu que a generosidade do rei não era meramente um produto da compaixão humana, mas a evidência tangível do favor de Deus. Embora os suprimentos físicos viessem de fontes terrenas, o Provedor supremo era o Senhor. Da mesma forma, os crentes de hoje podem afirmar que, quando os recursos fluem inesperadamente, muitas vezes é porque Deus está orquestrando eventos para cumprir Seu propósito maior.

 

Neemias 1:11 Explicação ← Prior Section
Neemias 2:9-10 Explicação Next Section →
Esdras 1:1 Explicação ← Prior Book
Ester 1:1-4 Explicação Next Book →
BLB Searches
Search the Bible
KJV
 [?]

Advanced Options

Other Searches

Multi-Verse Retrieval
KJV

Daily Devotionals

Blue Letter Bible offers several daily devotional readings in order to help you refocus on Christ and the Gospel of His peace and righteousness.

Daily Bible Reading Plans

Recognizing the value of consistent reflection upon the Word of God in order to refocus one's mind and heart upon Christ and His Gospel of peace, we provide several reading plans designed to cover the entire Bible in a year.

One-Year Plans

Two-Year Plan

CONTENT DISCLAIMER:

The Blue Letter Bible ministry and the BLB Institute hold to the historical, conservative Christian faith, which includes a firm belief in the inerrancy of Scripture. Since the text and audio content provided by BLB represent a range of evangelical traditions, all of the ideas and principles conveyed in the resource materials are not necessarily affirmed, in total, by this ministry.