
Neemias se dirige aos líderes e ao povo de Jerusalém dizendo : Então eu lhes disse: “Vocês veem a situação ruim em que estamos, que Jerusalém está desolada e seus portões queimados pelo fogo. Venham, vamos reconstruir o muro de Jerusalém para que não sejamos mais motivo de opróbrio.” (v. 17). Jerusalém, localizada na região de Judá, na parte sul da terra outrora unida sob o rei Davi, havia sido conquistada pelos babilônios em 586 a.C., deixando os muros e portões da cidade em ruínas. Aqui, Neemias anuncia sua intenção de trazer restauração e acabar com o opróbrio da outrora gloriosa cidade. Este momento marca um momento crucial por volta de 445 a.C., quando o Império Persa, sob o rei Artaxerxes I (464-424 a.C.), permitiu que os judeus exilados retornassem e reconstruíssem. O encorajamento de Neemias revela tanto um plano estratégico quanto um compromisso espiritual de honrar a Deus consertando o que havia sido quebrado.
Em seguida, Neemias explica : "Eu lhes contei como a mão do meu Deus me fora favorável e também sobre as palavras que o rei me dissera. Então eles disseram: "Levantemo-nos e construamos". E puseram mãos à obra" (v. 18). Seu sucesso começou com a orientação de Deus e foi fortalecido pelo apoio real que recebeu do rei persa - uma necessidade, visto que a reconstrução dos muros da cidade poderia ser mal interpretada como um ato de rebelião. Essa unidade entre o povo mostra como o favor divino e a liderança prática podem se fundir, inspirando a população a assumir uma tarefa monumental com confiança. A frase "levantem-se e construam" também sugere um despertar interior, demonstrando que o povo reconheceu o envolvimento de Deus e sua própria responsabilidade na missão.
Apesar de sua determinação, surge a oposição: Mas quando Sambalate, o horonita, e Tobias, o oficial amonita, e Gesém, o árabe, ouviram isso, zombaram de nós e nos desprezaram, dizendo: "Que é isso que vocês estão fazendo? Estão se rebelando contra o rei?" (v. 19). Sambalate provavelmente governava uma área ao norte de Jerusalém chamada Samaria. Tobias provavelmente representava os amonitas, que viviam a leste do rio Jordão, e Gesém é identificado como um árabe, possivelmente governando partes de territórios vizinhos. A combinação de desafio e zombaria destaca as tensões políticas que frequentemente cercavam Jerusalém. Os céticos desprezam o projeto, pintando-o como um comportamento subversivo contra a autoridade persa.
No entanto, Neemias responde com confiança: Então eu lhes respondi e disse: “O Deus do céu nos fará prosperar; portanto, nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos, mas vocês não têm parte, direito ou memorial em Jerusalém” (v. 20). Ele atribui firmemente a vitória futura ao poder de Deus, e não a qualquer esforço humano isoladamente. Ao lembrar seus oponentes de que eles não têm interesse na herança espiritual da cidade, Neemias ressalta que esse esforço de reconstrução é uma promessa de aliança entre Deus e Seu povo escolhido. A frase “vocês não têm parte” revela uma profunda declaração teológica, indicando que vozes externas não podem atrapalhar o plano de Deus para a cidade santa. Suas palavras prenunciam uma renovação da fé e uma demonstração do favor de Deus, prenunciando o eventual sucesso de seu trabalho coletivo.
Neemias 2:17-20 ilustra a determinação de Neemias, a determinação unificada do povo e a firme crença de que Deus defende a causa de Seus servos fiéis. Com uma mistura de liderança sábia e dependência da orientação divina, as forças da apatia e da oposição são superadas em prol da reconstrução de Jerusalém e do restabelecimento da honra da cidade.
Este breve relato demonstra como um líder fiel, capacitado por Deus e apoiado pelo rei, pode fortalecer uma comunidade para alcançar um plano que reflita os propósitos de Deus, mesmo diante do ridículo e da ameaça.
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
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