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The Blue Letter Bible
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Salmos 51:10-12 Explicação

Os primeiros nove versículos deste Salmo contêm a declaração mais completa e o ato de arrependimento mais pleno encontrados nas Escrituras. Davi mergulha nas profundezas de seu próprio pecado e se lança totalmente sobre a misericórdia e o amor de Deus. Ele não olha apenas para o passado em seu processo de arrependimento: ele chega à plena consciência de que precisava de algo mais, já que desejava viver em plena comunhão e alegria da presença do Senhor.

O Salmo como um todo gira em torno do clamor de Davi no versículo 10: Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro em um espírito reto.

Enquanto lutava contra a profundidade de seu pecado, Davi percebe que a única solução seria um coração novo, limpo e puro. E isso é algo que Deus provê.

O reconhecimento da pecaminosidade de seu coração e o clamor por um coração novo ou limpo são observados em todo o Antigo e Novo Testamento. O profeta Jeremias declara que os seres humanos nascem com um coração corrupto no qual não devemos confiar na busca pela verdade:

"O coração é mais enganoso do que tudo e desesperadamente corrupto; quem poderá entendê-lo?" (Jeremias 17:9).

O profeta Ezequiel fornece um antídoto a isso: um transplante de coração. Deus, por meio dele, declara:

"Dar-lhes-ei um só coração, e porei um novo espírito dentro deles. E tirarei o coração de pedra e lhes darei um coração de carne" (Ezequiel 11:19).

Séculos adiante, no Novo Testamento, Jesus diz:

"Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus" (Mateus 5:8).

Este versículo foi dito no Sermão da Montanha. Ali, Jesus estabelece que os misericordiosos, que vivem o perdão, têm um coração puro.

Ao dizer que os "puros de coração verão a Deus", Jesus estava indicando que um coração puro desejaria ver a verdade. Os puros de coração procuram ver e guardar os bons desígnios de Deus.

O apóstolo Paulo diz o mesmo sobre a pureza do coração, indicando que os que têm um coração puro vêem coisas em consonância com os bons desígnios de Deus:

"Para os puros, todas as coisas são puras; mas, para aqueles que estão contaminados e incrédulos, nada é puro; tanto sua mente quanto sua consciência estão contaminadas" (Tito 1:15).

Mais uma vez, Davi não estava pedindo a Deus que simplesmente tirasse seus pecados de seu registro. Ele estava pedindo que Deus criasse nele um coração puro. Em outras palavras, Ele pede que Deus o torne alguém que ame fazer a Sua vontade mais do que qualquer outra coisa.

Quando buscamos o que é verdadeiro, começamos a ver mais plenamente como Deus está sempre ao nosso redor. De fato, Colossenses 1:16-17 diz que Jesus está em todas as coisas, mantendo-as unidas.

Por causa da queda, a morte entrou no mundo, separando os humanos dos bons desígnios de Deus para nós (Gênesis 3:19, 24). No entanto, imediatamente, Deus prometeu um Salvador que redimiria a humanidade dessa catástrofe (Gênesis 3:15). Esse Salvador foi o Deus-homem, Jesus Cristo (Filipenses 2:7).

Esta novidade de vida vem através da fé em Jesus (João 3:14-15). Como diz o apóstolo Paulo em 2 Coríntios:

"Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Coríntios 5:17).

Através de Jesus, Deus dá aos crentes do Novo Testamento um novo coração e uma nova natureza. Ainda temos a velha natureza e é por isso que a confissão e o arrependimento ainda são importantes. É por meio da confissão que restauramos a comunhão quebrada com Deus (1 João 1:9; Hebreus 10:22). O mesmo é verdadeiro para a comunhão humana (Tiago 5:16).

Conforme veremos nos versículos seguintes do Salmo 51, Davi estava consciente de que um coração limpo mudaria tudo em sua vida.

E renova dentro em mim um espírito reto (v. 10 b). Como Davi enxergava a profundidade de seu próprio pecado, ele percebe a mesquinhez de seu espírito: Para que exultem os ossos que esmagastes (v. 8b). Sua esperança em um coração limpo era baseada na "bondade" e "compaixão" de Deus, mas ele sabia que precisaria da presença contínua de um Deus amoroso para sustentá-lo.

As transgressões deliberadas, o mal sempre buscado e a quebra da comunhão entre Deus e o rei eram obras de Davi. As consequências de curto e longo prazo de sua rebeldia foram realizadas pelo salmista, agora arrependido. O julgamento do seu pecado, no entanto, e a atribuição da pena - os ossos que esmagaste - pertenciam a Deus (Salmo 75:7; Hebreus 10:30; Tiago 4:12). Em seu pedido de misericórdia diante do Soberano Senhor, Davi prenuncia a pena que Deus exigiria de Seu Filho pelo pecado de toda a humanidade. Em Jesus Cristo, o Pai forneceria um caminho para longe da morte provocada pelo pecado. Seus filhos se alegrariam para sempre com a presença viva e eterna de Deus: "Mas, Deus demonstra o seu próprio amor para conosco, na medida em que, enquanto ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós" (Romanos 5:8).

Com o coração limpo vem um espírito firme que move Davi do quebrantamento e da culpa do pecado à alegria de viver a realidade da presença de Deus. O espírito reto é algo que vem de Deus, não algo que Davi pudesse alcançar por conta própria. Ele reconhece sua própria fraqueza e vulnerabilidade, por isso confia no amor e compaixão duradouros de Deus (Salmo 136).

Davi pede que Deus seja reto no seguinte sentido:

Não me lances fora da tura presença, e não tires de mim o Teu Santo Espírito (v. 11).

Davi poderia ter-se contentado com o perdão de seus pecados, como o profeta Natã lhe havia dito que aconteceria (2 Samuel 12:13). No entanto, a profundidade e a amplitude de seu arrependimento abriram seu coração para uma nova possibilidade de experimentar uma comunhão íntima com Deus. A confissão e o arrependimento são um meio para um fim; uma comunhão renovada, restaurada e aumentada com nosso Criador (1 João 1:9).

O desejo de Davi era experimentar a presença contínua de Deus. Deus está sempre presente - Ele é onipotente. O que Davi expressa aqui era seu desejo de caminhar experimentalmente na presença de Deus. As Escrituras nos levam a buscar a Deus, a nos aproximar Dele. A busca de Davi nos fornece um exemplo de como buscar a Deus e se aproximar Dele. Ao nos aproximarmos de Deus, Ele se aproximará de nós (Tiago 4:8).

No Antigo Testamento, o Espírito de Deus vinha sobre as pessoas para serviços especiais. O Espírito de Deus desceu sobre Davi após o jovem ter sido ungido como rei (1 Samuel 16:13). Pouco tempo depois, o Espírito de Deus se afastou de Saul (1 Samuel 16:14). Talvez Davi tivesse visto os terríveis efeitos de quando o Espírito de Deus foi removido de Saul e procurava evitar o mesmo destino. Embora Natã tenha prometido a Davi que seus pecados seriam perdoados, ele foi advertido sobre as graves consequências negativas decorrentes de suas ações (1 Samuel 16:14).

O foco de Davi neste salmo aprece não estar no externo, mas no interno. Davi pede a Deus que poupasse a vida do filho que havia nascido de Bate-Seba (2 Samuel 12:16). No entanto, sua primeira ação foi a de buscar restaurar sua comunhão com Deus.

Davi enxergava a possibilidade de perder a comunhão com Deus enquanto O buscava:

Restitui-me a alegria da salvação e sustenta-me com um espírito voluntário (v. 12).

Infere-se aqui que Davi tenha perdido sua alegria enquanto vivia em pecado. Ele pede que a salvação de Deus lhe fosse devolvida, para que fosse salvo. Nas Escrituras, o contexto determina o que é salvo ou liberto do quê. Neste caso, Davi fala da salvação de Deus. Como o salmo afirma, somente a graça e a misericórdia de Deus podem salvar os seres humanos da quebra do relacionamento com Deus (Salmo 51:1).

Davi tinha esse relacionamento (1 Samuel 13:14). Pporém, seu pecado quebrou sua comunhão com Deus e, portanto, ele perdeu a alegria da salvação que lhe havia sido concedida. Agora, Davi ora para que Deus restaurasse esta alegria. Talvez o apóstolo João tivesse esse salmo em mente ao escrever sua primeira epístola, onde expressa seu desejo de que a comunhão entre os crentes e Jesus e o Pai fosse tal que "nossa alegria fosse completa" (1 João 1:4). João continua dizendo a seus discípulos para confessarem seus pecados conscientes a fim de manterem a comunhão com Deus (1 João 1:9).

Infere-se que Davi sabia que não conseguiria realizar um processo de auto-restauração por conta própria. Ele pede a Deus que o sustente com um espírito voluntário. Neste contexto, Davi parece pedir a Deus que o sustentasse para andar em retidão diante Dele, deixando de lado o pecado. Assim, o espírito voluntário necessário seria um espírito disposto a reconhecer que os caminhos de Deus são para o nosso bem. A este respeito, Davi parece pedir a Deus sabedoria, para enxergar as coisas como elas realmente eram. Os crentes do Novo Testamento são admoestados a fazer o mesmo, observando que Deus é um doador liberal aos que buscam Seus caminhos (Tiago 1:5).

Os crentes do Novo Testamento possuem o benefício de ter o Espírito de Deus habitando dentro deles após serem feitos novas criaturas. Quando chegamos à fé em Cristo, "nascemos do Espírito [Santo]" (João 3:8). Esta é uma obra de Deus, recebida pela fé (João 3:14-15). Aqueles que crêem são feitos uma "novas criaturas" em Cristo (2 Coríntios 5:17). Assim, os crentes do Novo Testamento têm a capacidade de não apenas orar como Davi orou, mas também de confiar que o Espírito de Deus os irá ajudar (Romanos 8:26).

Davi reconhece que havia sido "esmagado", mas que a dor e a culpa do pecado poderiam se transformar em regozijo (Salmo 51:8). A chave era o arrependimento de Davi e sua fé na misericórdia de Deus. Os crentes do Novo Testamento têm a mesma esperança. Também podemos clamar a Deus: Restitui-me a alegria da salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.

Como Davi, podemos ter fé no amor e na bondade de Deus. Podemos concordar com o apóstolo Paulo, que disse: "Se Deus é por nós, quem é contra nós?" (Romanos 8:31b) e que “nada pode nos separar do amor de Deus” (Romanos 8:38-39).

Para aprender a responder biblicamente ao pecado e/ou culpa, veja o artigo A Bíblia Diz - "Culpa e Arrependimento: A Maneira Saudável de Lidar com o Remorso".

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