The Bible Says
Romanos 15:17-19 Explicação

Em Romanos, aprendemos que andar por fé resulta em viver em retidão diante de Deus. Para andar por fé, devemos primeiro receber o dom gratuito da graça de Deus pela fé. Esta é a fé inicial registrada no versículo tema desta carta: "de fé em fé" (Romanos 1:16-17), Porém, embora essa fé inicial seja o que nos traga o dom da vida ressurreta, a experiência dessa dádiva em nossa existência diária requer uma fé operante a cada dia. Este é o segundo tipo de fé na frase "de fé em fé". Nesses versículos, Paulo enfatiza que, à luz de seu chamado para levar o Evangelho aos gentios, ele tinha motivos para se gloriar: “Tenho, pois, a minha glória em Cristo Jesus nas coisas pertencentes a Deus”. Felizmente, nosso comportamento não muda a obra de Jesus na cruz, purificando-nos dos nossos pecados e justificando-nos diante de Deus - o resultado da fé inicial. Porém, o treinamento e a admoestação de Paulo nesta carta deixam claro que a cada dia podemos escolher viver pela fé, visando glorificar a Deus e sendo um sacrifício vivo a Ele.

Paulo explica que sua jactância não tinha a ver com nenhuma de suas realizações, mas com o que Deus havia realizado por meio dele: porque não ousarei falar de coisa alguma, senão daquelas que Cristo fez por meio de mim”. Na carta de Paulo aos Gálatas, ele também fala em se vangloriar. Gálatas 6:13-15 diz:

"Pois nem mesmo aqueles que se deixam circuncidar guardam a Lei; antes, querem fazer-vos circuncidar para se gloriarem na vossa carne. Mas longe de mim esteja o gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo tem sido crucificado para mim, e eu, para o mundo. Pois nem a circuncisão é coisa alguma nem a incircuncisão, mas o ser uma nova criação."

Não há razão alguma para nos vangloriar em qualquer ação humana. Mesmo que tentemos seguir à lei, certamente quebraremos alguma parte dela, como Paulo observa em Gálatas. A única coisa na qual devemos nos gloriar é em Cristo. Ao sermos cheios do poder da ressurreição, devemos viver cada dia exercendo esse poder de ressurreição. O chamado de Deus para que Paulo levasse o Evangelho aos gentios resultou na “obediência dos gentios, por palavra e por obra, no poder de milagres e prodígios, no poder do Espírito Santo; de maneira que, desde Jerusalém e terras vizinhas até Ilírico, tenho divulgado o evangelho de Cristo” (v. 18,19). Muitos gentios já haviam sido salvos e estavam seguindo a Deus pela fé. Esta era uma das razões para o apóstolo se gloriar Nele.

Paulo reconhece que estava sendo usado por Deus para levar o Evangelho aos gentios e, por meio dele, Deus realizou sinais e maravilhas pelo poder do Espírito Santo. Há vários milagres ou sinais realizados através de Paulo mencionados na Bíblia. Atos 13:11 menciona um milagre em Chipre; Atos 14:3, um sinal em Icônico; Atos 14:8-10, 19-20, um milagre em Listra; Atos 19:11-12, um milagre em Éfeso; Atos 20:9-12, um milagre em Troas; e Atos 28:1-8, um milagre em Malta.

Hebreus 2:4 diz:

"Dando Deus testemunho juntamente com eles, por milagres, e prodígios, e por múltiplos poderes, e dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a sua vontade."

Deus usa sinais e maravilhas para confirmar os apóstolos e Sua palavra. O propósito dos sinais e maravilhas realizados por meio de Paulo era fazer avançar o Evangelho.

Paulo explica até que ponto geográfico ele havia pregado o Evangelho. Ilírico corresponde à Croácia moderna - Paulo levou o Evangelho a todas as áreas ao redor de Jerusalém, até a Ilíria. Descobriremos mais adiante neste capítulo que não havia mais lugar não alcançado por Paulo nesta região; assim, ele planeja viajar para a Espanha.

Paulo encoraja os crentes em Roma, lembrando-os da mensagem do Evangelho, a continuarem sua vida justa em unidade (versículos 14-16). Uma das razões pelas quais ele escreve a eles e os admoesta (encoraja-os) é porque este era seu trabalho como ministro. Paulo deixa claro que seu ministério era encontrado em Cristo, em Deus e no Espírito Santo. Ele afirma que, embora fosse um ministro para os gentios (não-judeus), Deus era quem recebia o crédito da obediência dos gentios a seus ensinos. Cristo agia através dele, no poder do Espírito Santo, que merecia todo o crédito pelo crescimento e amadurecimento produzido através do Evangelho.