
Uma parte significativa da reivindicação de autoridade espiritual por parte das “autoridades” judaicas seria um apelo à sua própria autoridade como judeus. Isso é poderoso porque, nessa época, o cristianismo era simplesmente um segmento do judaísmo. A noção de que o cristianismo é algo além disso teria parecido estranha para os crentes da época e, em particular, para Paulo, que manteve sua identidade judaica ao longo de sua vida. Por exemplo, quando Paulo finalmente chega a Roma, ele se encontra com os "líderes dos judeus" e declara a eles que não tinha "feito nada contra o nosso povo ou os costumes de nossos pais" (Atos 28:17).
Ecoando o tema desta carta de que viver de maneira justa ou a justiça vem através da fé, Paulo desfaz a base judaica deles para serem uma autoridade e proclama que, por serem transgressores da lei, eles agora são efetivamente tão bons quanto pagãos incircuncisos: A circuncisão, na verdade, aproveita, se guardares a Lei; mas, se fores transgressor da Lei, a tua circuncisão tem-se tornado em incircuncisão (v.25).
Paulo continua seu argumento minando a autoridade afirmada pelos judeus que estão difamando sua mensagem (Romanos 3:8). Paulo aponta aqui que um homem incircunciso (em outras palavras, um gentio) que guarda a lei na verdade seria justo, mesmo que ele não tenha passado pela cerimônia judaica sagrada da circuncisão. Portanto, pois, se o incircunciso guardar as ordenanças da Lei, não será a sua incircuncisão reputada como circuncisão (v. 6)? Deus o consideraria como circuncidado, porque ele estaria fazendo o que a circuncisão deve lembrar aos judeus para fazerem: manter a aliança com Deus seguindo os caminhos de Deus (incluindo a lei de Deus).
Isso sugere que as “autoridades” judaicas estão reivindicando autoridade espiritual com base em uma cerimônia religiosa. A Bíblia é clara que a preocupação principal de Deus é o coração. Nós, como seres humanos, tendemos a preferir algo tangível que podemos apontar para nos justificar: "Veja, olhe para mim, sou melhor do que você porque faço isso." Paulo deixa claro que esse raciocínio é falho.
Continuando a desmontar o argumento das “autoridades” judaicas, Paulo agora apresenta um cenário em que pessoas incircuncisas que guardam a lei estão, na verdade, julgando essas “autoridades” judaicas. E o que é por natureza incircunciso, cumprindo a Lei, julgará a ti, que, com a letra e com a circuncisão, és transgressor da Lei (v. 27). Paulo já acusou essas "autoridades" de quebrar as próprias leis que proclamam. Portanto, ele propõe um cenário muito irônico em que essas "autoridades" que julgam os outros estão sendo julgadas por aqueles que elas julgam.
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
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