
Paulo vivia separado da Lei; porém, quando escutou os mandamentos, sua natureza pecaminosa tornou-se viva e ele morreu (v. 9). A razão pela qual isso acontece é porque 1) quando não temos ciência de uma regra não conseguimos conscientemente quebrá-la; e 2) quando nos dizem o que não devemos fazer, de repente passamoa desejar fazer aquilo (v. 15). A Lei é destinada a nos trazer vida porque ela nos informa a respeito do que é santo e justo; no entanto, o pecado usa o que é destinado para o bem para causar mais rebelião e desconexão de Deus.
Paulo admite que ele também era pecador (Romanos 3:9). Porém, ele ressalta que as autoridades judaicas que o acusavam caluniosamente (Romanos 3:8) também eram pecadoras e incapazes de fazer o que a Lei lhes ordenava sem falhar (Romanos 3:9-10). Ninguém pode fazer o que a Lei diz o tempo todo, porque todos temos uma natureza pecaminosa. Assim, o pecado (através da Lei) gera morte e desconexão em nosso relacionamento com Deus (Romanos 3:23).
Portanto, Paulo afirma: “O mandamento que era para vida, esse achei que era para morte” (v. 10).
Felizmente, o pecado não consegue desfazer a graça de Deus em nossas vidas e, portanto, nossa posição diante Dele é uma posição de justificação (Romanos 5:20). Porém, o pecado pode prejudicar nossa comunhão com Deus e com os outros, particularmente quando pecamos voluntariamente.
Paulo diz que já havia vivido sem a Lei. Isso poderia se referir ao tempo anterior à sua ciência sobre a diferença entre o bem e o mal. É o que alguns chamam de “era da responsabilidade”. Este versículo pode ser usado para apoiar a crença geralmente sustentada de que bebês e crianças que morrem vão para o céu. Outra passagem que apoia essa crença é a do rei Davi expressando sua crença de que iria até seu filho falecido no céu (2 Samuel 12:23).
A Lei deveria resultar em vida porque ela nos diz a maneira correta de viver, ou seja, como Deus deseja que vivamos. Porém, por causa da natureza pecaminosa, a Lei faz com que o pecado seja despertado e resulte em morte (v. 10). Paulo diz que “o pecado, achando ocasião, me enganou pelo mandamento e por ele me matou”.
Isso não torna a Lei ruim. “A Lei é santa e o mandamento é santo, justo e bom” (v. 12). Paulo diz a seu público que a Lei, os mandamentos de Deus sobre como devemos viver, nos faz ter consciência da nossa pecaminosidade e da nossa falta de capacidade de viver de acordo ela.
Esses versículos inferem que mesmo os crentes que já nasceram de novo (v. 6) ainda possuem a natureza pecaminosa dentro de si. A Lei sempre apontará para tal conflito interior. Paulo constrói seu argumento para nos mostrar o modelo mental a ser adotado para o nosso interior, mostrando-nos como nos separar do pecado e andar no poder da ressurreição de Jesus.
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
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