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Zacarias 3:6-7 Explicação

Anteriormente, em Zacarias 3:1-5, o profeta Zacarias viu um adversário (Satanás) desejando acusar Josué, o sumo sacerdote, perante o SENHOR. Contudo, o anjo do SENHOR repreendeu o adversário, removeu a culpa de Josué e o purificou, permitindo-lhe continuar a exercer suas funções sacerdotais (vv. 1-5). Após remover as vestes imundas de Josué e vesti-lo com roupas novas, o anjo do SENHOR o admoestou (v. 6).

O título “anjo do SENHOR” se refere a um mensageiro divino especial. Esse mensageiro fala como Deus, se identifica com Deus e desempenha os deveres de Deus (Gênesis 16:7-12; Êxodo 3:2; Juízes 2:1-4). Isso indicava que esse mensageiro provavelmente fosse o Cristo pré-encarnado. O verbo “admoestar” significa "avisar alguém" ou "dar uma comissão solene" (Êxodo 19:23; Neemias 9:29). O que o anjo do SENHOR diz a Josué é que sua continuação como sumo sacerdote dependeria de sua obediência à admoestação.

Ao prosseguir à admoestação, o anjo do SENHOR começa com a fórmula profética: Assim diz o SENHOR dos exércitos, para confirmar a fonte de sua mensagem. O termo em hebraico traduzido como “SENHOR” é Yahweh, o Deus autoexistente e eterno que se revelou a Moisés na sarça ardente (Êxodo 3:14). O termo traduzido como exércitos é "sabaoth" na língua hebraica, referindo-se aos exércitos angelicais do céu (1 Samuel 1:3). Em resumo, a expressão o SENHOR dos Exércitos descreve o poder de Deus como um guerreiro liderando Seu exército angelical para derrotar Seus inimigos (Amós 5:16; 9:5; Habacuque 2:17).

Aqui em Zacarias, a expressão “SENHOR dos Exércitos” demonstra o poder de Deus como o supremo guerreiro que tem controle completo sobre todos os assuntos humanos (Daniel 4:34).

Após a fórmula profética que confirmava a fonte divina da mensagem, o anjo do SENHOR apresenta a Josué uma dupla responsabilidade e um duplo privilégio como admoestações. A primeira responsabilidade era: Se andares nos Meus caminhos (v. 7). O termo traduzido como "caminhos" ("derek", em hebraico) denota um "trajeto". No entanto, a Bíblia frequentemente o utiliza para se referir à maneira como o povo da aliança de Deus deveria viver; ou seja, de acordo com as leis de Deus (Deuteronômio 10:12).

Assim, andar nos caminhos de Deus implicava uma resposta positiva às leis da aliança de Deus, manifestada por um senso de engajamento dinâmico e mútuo com Deus, confiando que o Seus caminhos são melhores que os deles. Isso é consistente com o estilo da aliança susserano-vasalo que Deus havia feito com Seu povo escolhido, Israel. Assim como Deus tornou Josué justo através da graça, Ele também escolheu a Israel pela graça (Deuteronômio 7:7-8). Porém, para que Seu povo experimentasse Suas bênçãos, eles eram obrigados a andar em Seus caminhos. Grande parte disso significava honrar ao princípio de causa/efeito inserido por Deus no universo moral. No caso de Josué, ele deveria liderar o povo como um bom exemplo, mostrando-lhes o caminho que levava à vida (Deuteronômio 30:19-20). Deus, como mentor amoroso, desejava apenas o bem para o Seu povo (Deuteronômio 10:13). Ele não recompensaria a comportamentos autodestrutivos.

A segunda instrução dada a Josué era: Se executardes o Meu serviço (v. 7). Isso significava que Josué deveria desempenhar fielmente seus deveres sacerdotais para ganhar a aprovação de Deus. O livro de Números resume as responsabilidades dos sacerdotes perante Arão e a nação de Israel: "Eles executarão os deveres por ele e por toda a congregação perante a tenda da reunião, para realizar o serviço do tabernáculo" (Números 3:7). Eles também deveriam ensinar ao povo a lei de Deus (Deuteronômio 33:10).

Josué deveria viver uma vida obediente perante o SENHOR e demonstrar um caráter genuíno perante o povo de Deus por meio do desempenho de seus deveres sacerdotais. Tal obediência lhe concederia dois privilégios, como o restante do versículo esclarece. O primeiro deles era: Julgarás a minha casa e bem assim guardarás os meus átrios. (v. 7).

A palavra traduzida como “átrios” é usada no singular para se referir ao perímetro externo fechado do tabernáculo, onde os sacerdotes ministravam (Êxodo 27:9). Está no singular talvez porque houvesse vários pátios no templo originalmente construído por Salomão (2 Reis 21:5).

Quando Josué e os sacerdotes obedecessem a Deus, Ele lhes daria a recompensa de governar sobre o Seu povo com justiça. Ele manteria Seus tribunais enquanto oferecessem sacrifícios aceitáveis a Ele. Isso estava em conformidade com a recompensa que Deus dá aos fiéis: Ele os restaura ao propósito de serem coroados para reinar sobre Sua criação, em serviço e harmonia com Ele e com os outros (Salmo 8; Mateus 25:21; Apocalipse 3:21).

O termo “casa” refere-se ao templo em Jerusalém (Ageu 1:2). Os babilônicos o destruíram em 586 a.C. Porém, o SENHOR ordena que os exilados que haviam retornado reconstruíssem o templo através do ministério de Ageu e Zacarias. Os sacerdotes deveriam realizar seus serviços de adoração na casa de Deus em Jerusalém, porque esse era "o lugar que o SENHOR" escolheu "para fazer habitar o Seu Nome" (Deuteronômio 12:11).

O termo “átrio” referia-se aos pátios do templo. Antes do período pós-exílico, o rei tinha autoridade sobre o templo. Por isso, o rei Salomão pôde destituir "Abiatar do sacerdócio do Senhor, para cumprir a palavra do Senhor, que ele falara a respeito da casa de Eli em Siló" (1 Reis 2:27). Porém, a partir do tempo de Josué em diante, o sumo sacerdote passou a ter autoridade exclusiva sobre o templo e seu átrio.

O segundo privilégio concederia a Josué um acesso direto à presença do Senhor: Eu lhe darei livre acesso entre aqueles que estão aqui (v. 7). A expressão “aqueles que estão aqui” refere-se aos servos celestiais, conforme mencionado no versículo 4. Isso significava que Josué desfrutaria de um relacionamento especial com o Senhor. Ele teria o direito de se aproximar de Deus da mesma forma que os anjos o faziam.

De acordo com a tradição judaica, este versículo indica que o anjo estava dizendo a Josué que, quando os mortos forem ressuscitados, "eu o ressuscitarei e lhe darei caminhar entre esses anjos." Uma vez que a palavra "Josué" é a pronúncia hebraica de "Jesus", isso pode ser uma imagem profética da ressurreição de Jesus, acompanhada pelos anjos (Mateus 28:2-5). Também pode ser uma previsão de Josué reinando na presença de anjos (1 Coríntios 6:3). Conforme nos é dito no versículo 8, Josué é um símbolo profético.

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