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The Blue Letter Bible
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Atos 10:44-48 Explicação

Algo incrível acontece enquanto Pedro ainda falava estas coisas sobre a fé em Jesus (v. 44). Cornélio, seus amigos e parentes estão respeitosamente ouvindo à mensagem e, assim que Pedro apresenta o Evangelho de que através do Nome de Jesus todo aquele que crê Nele recebe perdão de seus pecados (v. 43), Cornélio e os outros romanos crêem no nome de Jesus. Eles não gritam, não declaram sua fé de forma audível. Isso ocorre em seus corações. Enquanto Pedro ainda falava, os romanos crêem e imediatamente desceu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra (v. 44).

Quando Pedro confessou que Jesus era o Messias Ungido enviado por Deus, Jesus disse a ele: "Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus" (Mateus 16:19). Pedro, primeiro, abre as portas do céu para os judeus no dia de Pentecostes (Atos 2:14); depois, desce a Samaria e abre as portas do Reino aos samaritanos (Atos 8:14-15). Agora, Deus o envia de Jope com o propósito expresso de abrir as portas do Reino aos gentios, para que todos pudessem vir e ser redimidos caso cressem que Jesus era capaz de salvá-los do pecado e da morte.

A salvação é obra de Deus, mas Pedro pôde participar de cada um desses momentos inaugurais para que os judeus, os samaritanos e os gentios nascessem de novo no Reino de Jesus, porque ele obedeceu à direção de Deus (Atos 10:20).

Os crentes circuncidados não conseguiam acreditar no que viam! Sempre que o Novo Testamento se refere aos circuncisos ou à circuncisão, o texto refere-se ao povo judeu circuncidado como símbolo físico de sua aliança com Deus e de sua separação do mundo (Gênesis 17:10-14). A “circuncisão” referia-se essencialmente aos que seguiam à Lei Mosaica em geral, ou seja, as pessoas santas e separadas que obedeciam à Lei (Gálatas 2:12).

Esses crentes judeus em Jesus que vieram com Pedro para Cesaréia ficaram surpresos ao ver os romanos crerem em Cristo. Eles ficaram maravilhados porque estavam testemunhando o dom do Espírito Santo sendo derramado sobre os gentios também (v. 45). A habitação do Espírito Santo de Deus nos gentios impuros e profanos era algo que eles jamais puderam imaginar ser possível. A razão pela qual eles ficaram espantados é porque eles pensavam nos gentios como povos irredimíveis, impuros e profanos. Assim como nunca pensariam que um animal impuro pudesse ser comestível, eles não pensavam que um gentio poderia ser santificado. Através daquela visão, Deus mostrou a Pedro o contrário. Ele preparou o coração de Pedro para entender que estava santificando os gentios, separando-os como Seus servos.

Os crentes judeus sabiam que os romanos também haviam crido, pois os ouviam falar em línguas e exaltar a Deus. Este foi o mesmo sinal (ou um deles) no Pentecostes na chegada do Espírito Santo, quando eles falaram em outras línguas e exaltavam a Deus:

"Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Habitavam em Jerusalém judeus, homens religiosos, de todas as nações debaixo do céu; quando se ouviu este ruído, ajuntou-se ali a multidão e ficou pasmada, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua... Como é que os ouvimos falar em nossas línguas as grandezas de Deus?” (Atos 2:4,5,6,11).

Os crentes judeus que haviam acompanhado a Pedro devem ter expressado seu espanto a ele, porque ele lhes diz:

"Porventura, pode alguém negar a água, para que não sejam batizados estes que receberam o Espírito Santo como nós?" (v. 47).

Poderia alguém impedir a salvação de Deus aos gentios? Ppoderia alguém recusar a água para que os romanos fossem batizados? Aqueles romanos gentios haviam recebido o Espírito Santo assim como os judeus.

Quatro dias antes, Pedro havia considerado os gentios indignos da salvação. Ele os via como profanos e impuros. Ele os via no mesmo nível que os animais impuros - algo a ser evitado e descartado. Agora, ele vê que o Espírito Santo veio a todos os homens, judeus e romanos. No Pentecostes dos judeus, eles falaram em diferentes línguas como um sinal. Agora, aquele mesmo sinal veio sobre os gentios. Isso mostrava que o Evangelho era para todos. Não era mais apenas para os falantes do grego ou hebraico, mas para cada língua e cada nação: todos podem conhecer o Evangelho em sua própria língua e crer.

Aquele momento na casa de Cornélio foi um Pentecoste para os gentios, o momento em que o Espírito Santo visivelmente desceu sobre eles e fez com que eles começassem a falar em línguas estrangeiras e exaltar a Deus por Sua bondade, louvando a Deus pela salvação dos pecados e pela vida nova em Seu Filho.

Então, Pedro ordena que os gentios crentes fossem batizados em nome de Jesus Cristo. A palavra "batizar" é uma transliteração da mesma palavra grega, significando “imergir” ou “ser submerso”. Os judeus praticavam rotineiramente o batismo para purificação como parte de suas cerimônias. Muitas pias batismais judaicas (chamadas de "mikvehs") foram descobertas por arqueólogos. Elas teriam sido usadas durante o primeiro século. Uma casa parece ter pertencido ao sumo sacerdote tinha seu próprio “mikveh”, já que os sacerdotes eram obrigados a batizar-se com frequência. A comunidade essênia em Qumran também tinha uma série de “mikvehs” que foram encontrados. Muitos “mikvehs” foram encontrados próximos ao templo de Herodes.

Pporém, enquanto o batismo era usado frequentemente pelos judeus para vários propósitos, aquele batismo em particular simbolizava ser sepultado com Cristo e ressuscitado em novidade de vida Nele. Ao compartilhar o batismo dos crentes com aqueles romanos gentios, Pedro testifica que eles agora eram um com Cristo, com ele e com os outros judeus crentes.

Isso também foi o cumprimento da Grande Comissão dada por Cristo a Seus apóstolos: "Batizando-os [aos seguidores de Cristo] em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mateus 28:19). O batismo referido neste mandamento era o batismo dos crentes aplicado por Pedro aos romanos gentios em Cesaréia.

O batismo é uma cerimônia comemorativa. A fé salva os crentes da morte espiritual e da separação de Deus e lhes dá um novo nascimento (Romanos 4:3; João 3:14-16). O batismo não salva do pecado. Em vez disso, ele é feito para declarar e ilustrar a nova vida ressuscitada que um crente agora tem, graças ao dom de Deus recebido pela fé em Seu Filho (Efésios 2:8-9). Ao executar tal cerimônia, Pedro afirmava que a salvação havia chegado aos gentios.

Pedro teria que se defender quando regressasse a Jerusalém, porque alguns dos crentes judeus lá o criticariam por ter-se associado aos gentios. Eles tinham a mesma atitude de Pedro antes da visão e da experiência com o Espírito. Assim como ele e seus companheiros de viagem tiveram seus corações mudados e sua compreensão da misericórdia de Deus expandida, assim também teriam os crentes em Jerusalém depois que ele lhes contasse o que havia ocorrido:

"Começando eu a falar, desceu o Espírito Santo sobre eles como no princípio descera também sobre nós. Lembrei-me da palavra do Senhor, como disse: João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo. Pois, se Deus lhes deu o mesmo dom que dera também a nós, quando cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para que pudesse resistir a Deus? Eles, depois de ouvir essas palavras, se apaziguaram e glorificaram a Deus, dizendo: Assim, pois, Deus também aos gentios deu o arrependimento para a vida" (Atos 11:15-18).

Então, Cornélio e os novos crentes pediram a Pedro que permanecesse por alguns dias em Cesaréia (v. 48). Sem dúvida, Pedro tinha muitas perguntas a responder e começou a ensiná-los sobre o que fazer agora que todos eram crentes e seguidores de Cristo, assim como Cristo ordenou que ele fizesse (Mateus 28:20). Ele possivelmente se reconectou com Filipe, o Evangelista, que estava vivendo em Cesaréia e começou uma igreja lá (Atos 8:48, Atos 21:8-9). Ppode ser que Pedro tenha entregue Cornélio e os outros crentes romanos a Filipe antes de deixar a cidade e retornar a Jerusalém.

Ao detalhar aqui em Atos 10 que Jesus abriu o caminho aos gentios através de Pedro, Lucas (o autor de Atos) documenta a base da autoridade de seu colega Paulo como apóstolo aos gentios (Romanos 11:13). Ele também documenta que Pedro endossou o fato de que todos os povos são salvos da mesma maneira: pela graça de Deus. Lucas expõe habilmente muitas das obras de Pedro nesta primeira seção de Atos, que:

  • Validam que Deus abriu a porta para os gentios receberem o Evangelho por meio dele (Atos 10; 15:7);
  • Documentam que Pedro (e os outros apóstolos e anciãos em Jerusalém) afirmou que os gentios estavam livres das leis religiosas judaicas (Atos 15:10-11);
  • Demonstram uma série de milagres feitos por Pedro, que também foram realizados através de Paulo, validando o ministério de Paulo como autêntico apóstolo de Jesus, incluindo a cura de um homem coxo (Atos 3:1-10; 14:8-11) e a ressurreição de pessoas mortas (Atos 9:40; 20:9-12).
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