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Esdras 7:21-24 Explicação

Em Esdras 7:21-24, o rei Artaxerxes, que governou o império persa de aproximadamente 465 a 424 a.C., dirige-se às autoridades da região a oeste do rio Eufrates. Ele declara: "Eu, eu mesmo, o rei Artaxerxes, decreto a todos os tesoureiros que estão nas províncias além do rio, que tudo o que Esdras, o sacerdote, escriba da lei de Deus do céu, vos exigir, seja feito diligentemente" (v. 21). Este edito real apoia financeiramente a missão de Esdras de restaurar o culto adequado no templo em Jerusalém e defender a lei divina. Artaxerxes sucedeu a outros monarcas persas que tinham graus variados de favor para com os judeus, seguindo Xerxes I. Ao chamar Esdras de "o sacerdote", o rei reconhece a linhagem de Esdras desde Arão, e ao nomeá-lo "o escriba da lei de Deus do céu", ele reconhece a perícia de Esdras nas escrituras mosaicas. O decreto deixa claro que o rei espera a obediência imediata dos líderes locais, garantindo que não haja atrasos no atendimento das necessidades de Esdras.

A exigência de diligência absoluta ressalta a seriedade das intenções do rei. Se surgisse algum desafio, seria interpretado como oposição não apenas a Esdras, mas também à própria ordem do rei. Nesse sentido, o texto enfatiza a cooperação, revelando que até mesmo governantes estrangeiros podem se tornar instrumentos para executar os propósitos de Deus quando os corações são influenciados pela soberania divina. Este decreto concede a Esdras tremenda autoridade para promover a lei de Deus sem obstruções terrenas. Também atesta o tema consistente nas Escrituras, segundo o qual Deus pode levantar líderes, mesmo entre as nações gentias, para realizar Seu desígnio.

O uso que Artaxerxes faz da expressão " a lei de Deus do céu " ressalta seu reconhecimento de um reino divino superior, mesmo que ele próprio não o seguisse integralmente. Para os judeus que retornavam, este foi um momento notável, pois seu Deus da aliança não era apenas reverenciado em sua própria comunidade, mas Sua lei estava sendo publicamente endossada por um poderoso império estrangeiro. O povo teria visto isso como um sinal extraordinário de favor e um chamado à fidelidade renovada.

Dando continuidade à sua mensagem de generosidade, Artaxerxes afirma que até 100 talentos de prata, 100 coros de trigo, 100 batos de vinho, 100 batos de azeite e sal, conforme necessário (v. 22). Essas somas eram extravagantes, representando uma provisão substancial para as ofertas e necessidades do templo. Essa doação ressalta que a verdadeira adoração, segundo as instruções de Deus, tem prioridade sobre a riqueza pessoal do rei ou as preocupações com o tesouro nacional. As quantias - especialmente em termos de prata - sinalizam que à casa de Deus não deve faltar nada essencial para o seu devido serviço.

Tal generosidade também destaca o respeito e a admiração que o rei nutria pelo Deus de Israel, mesmo que indiretamente. Cem talentos de prata eram uma quantia enorme, e providenciar isso, juntamente com grandes quantidades de trigo, vinho, azeite e sal, deixa claro que o sustento diário do culto estava plenamente garantido. A generosa provisão do tesouro persa para o templo também demonstra que nenhuma despesa deveria atrapalhar o culto. Para o povo que retornava do exílio, era um sinal convincente de restauração, pois antes eram refugiados empobrecidos, mas agora estavam supridos com abundância para renovar seu relacionamento de aliança com Deus.

A frase “ sal conforme a necessidade ” pode parecer insignificante em comparação com as grandes somas de prata, mas demonstra o cuidado meticuloso com cada detalhe dos procedimentos do templo. O sal era vital nas ofertas (Levítico 2:13), indicando que cada elemento do sacrifício deveria ser providenciado integralmente para que a adoração adequada pudesse ser mantida sem impedimentos.

Em seguida, Artaxerxes ressalta a supremacia de Deus ao dizer: Tudo o que for ordenado pelo Deus dos céus, faça-se com zelo pela casa do Deus dos céus, para que não haja ira contra o reino do rei e de seus filhos (v. 23). Essa declaração demonstra o temor do rei da retribuição divina caso os reparos do templo fossem adiados. Ele não está apenas cuidando das preocupações de Esdras, mas também buscando proteger seu reino e sua linhagem de qualquer julgamento potencial. Isso ecoa o princípio de que o respeito reverente a Deus traz bênçãos, enquanto a desobediência ou a negligência trazem consequências desfavoráveis. Artaxerxes, assim, alinha-se com o bem-estar da casa de Deus, vinculando resultados pessoais e nacionais à obediência à ordem divina.

Notavelmente, a autoridade humana se curva aqui diante de uma autoridade cósmica superior. Apesar de seu poder político, Artaxerxes reconhece abertamente a existência de um reino superior que julga as nações. Esse senso de humildade é um lembrete de que reis e reinos terrenos ascendem e caem, mas a vontade de Deus permanece firme (Salmo 33:10-11). A referência à ira demonstra a consciência do rei de que o desagrado de Deus pode afetar reinos inteiros, e seu desejo de impedir isso implica um poder divino que ultrapassa todo o poder humano.

Essa prerrogativa divina também incentiva o cumprimento rápido e completo da ordem de Deus. Esdras, portanto, recebe não apenas permissão, mas também um firme endosso de rapidez e zelo, tornando a tarefa de restabelecer o culto adequado uma preocupação imperial compartilhada. A obediência, aqui, tinha um significado mais amplo do que simplesmente ignorar outra província autônoma; assegurava que o império permanecesse nas boas graças do Deus de Israel.

Por fim, Artaxerxes encerra esta seção concedendo uma isenção significativa aos trabalhadores do templo, dizendo: "Também vos informamos que não é permitido impor imposto, tributo ou pedágio a nenhum dos sacerdotes, levitas, cantores, porteiros, netineus ou servos desta casa de Deus" (v. 24). Essa proteção legal protegia os ministros do templo de encargos financeiros, enfatizando a importância simbólica e prática de manter o serviço sagrado. Em um império que tipicamente cobrava impostos pesados, essa isenção demonstrava o alto respeito do rei pelos deveres religiosos de Israel. Também servia como um incentivo para aqueles que dedicavam suas vidas à adoração, libertando-os de exigências administrativas que pudessem prejudicar suas responsabilidades sagradas.

Os papéis mencionados - sacerdotes, levitas, cantores, porteiros e netineus - pintam um quadro de uma comunidade do templo em pleno funcionamento, cada grupo com responsabilidades únicas. Os sacerdotes administravam os sacrifícios, os levitas apoiavam as operações do templo, os cantores lideravam o culto, os porteiros supervisionavam os portões do templo e os netineus atuavam como servos, auxiliando os levitas e os sacerdotes. Ao remover os encargos financeiros dessas funções, o rei assegurava que a casa de Deus pudesse florescer. Essa escolha reflete o tema bíblico de que aqueles que servem na casa de Deus devem ser providos (1 Coríntios 9:13-14), cumprindo um padrão da preocupação de Deus com a adoração e com aqueles que a lideram.

Esta parte do decreto de Artaxerxes testemunha a soberania de Deus na história, enquanto um império estrangeiro investe recursos na adoração ao Deus de Israel. O que pode parecer inesperado em termos políticos torna-se uma ocasião de orquestração divina para o bem-estar espiritual do povo e a exaltação do Deus verdadeiro.

 

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