
Quando a comunidade retornada chegou a Jerusalém, eles realizaram um ato solene de adoração para expressar sua gratidão e devoção. Os exilados que haviam retornado do cativeiro ofereceram holocaustos ao Deus de Israel: 12 touros por todo o Israel, 96 carneiros, 77 cordeiros, 12 bodes para oferta pelo pecado, tudo como holocausto ao SENHOR (v. 35). Esses animais, cuidadosamente contados e apresentados, demonstravam o comprometimento do povo em manter os rituais ordenados por Deus por meio de instruções anteriores (como as de Levítico) e em se purificar diante do Todo-Poderoso. O local, Jerusalém, era o ponto focal de adoração para os exilados retornados, situado na antiga região conhecida como Levante Meridional, aproximadamente 64 quilômetros a leste do Mar Mediterrâneo ( ver mapa ).
A menção de números específicos simboliza a plenitude e o esforço comunitário para honrar o Senhor. Os israelitas estavam cientes de sua identidade de aliança, que os obrigava a praticar regularmente ofertas pelo pecado e holocaustos. Ao apresentar bodes como oferta pelo pecado, o povo reconhecia suas deficiências e confiava na misericórdia de Deus para restabelecer a vida em sua terra natal. Toda a congregação participava, simbolizando unidade de propósito e obediência voluntária.
Essa renovação da adoração após o cativeiro babilônico serviu não apenas como um evento histórico, mas também como um marco espiritual. Os corações dos exilados foram realinhados aos caminhos de seus antepassados, prenunciando a redenção mais profunda que se manifestaria plenamente em Jesus, que se tornou a oferta de uma vez por todas. Ao realizarem fielmente esse processo, eles olharam para trás, para as promessas da aliança, e para o futuro, para a esperança da restauração definitiva.
Em seguida, o foco muda para as responsabilidades administrativas confiadas aos exilados retornados. Eles então entregavam os decretos do rei aos sátrapas do rei e aos governadores nas províncias além do Rio, e sustentavam o povo e a casa de Deus (v. 36). Nesse contexto, o Rio comumente se refere à região a oeste do Eufrates, indicando a estrutura imperial persa que governava vastos territórios. O termo sátrapas indica altos funcionários persas que supervisionavam grandes porções das províncias do império, enfatizando o mecanismo formal pelo qual os exilados se relacionavam com a autoridade centralizada.
O rei em questão era Artaxerxes, que governou a Pérsia aproximadamente de 464 a 423 a.C. Sob sua supervisão, esses decretos garantiam privilégios religiosos e comunitários aos retornados, protegendo seu culto e sustento. Os exilados distribuíam fielmente os decretos e informavam as autoridades locais, garantindo que os esforços de reconstrução de Jerusalém tivessem apoio imperial legítimo. Essa demonstração de cooperação entre os administradores persas e a comunidade israelita marcava a combinação de responsabilidades civis com devoção sagrada.
Ao executar as ordens do rei, esses líderes reforçaram a posição dos exilados e garantiram que nenhuma interferência atrapalhasse a restauração do templo e o modo de vida da comunidade. Deus usou autoridades terrenas para preservar e fortalecer Seu povo, preparando o cenário para a eventual chegada do Messias por meio de uma nação restabelecida em sua terra. Sua obediência ressaltava que Deus podia mover os corações tanto de Seus adoradores quanto de governantes estrangeiros para realizar Seus planos.
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
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