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The Blue Letter Bible
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Esdras 9:10-15 Explicação

Esdras expressa profunda preocupação ao reconhecer: " Agora, nosso Deus, que diremos depois disto? Pois abandonamos os teus mandamentos" (v. 10). Ao perguntar o que deveriam dizer, ele reconhece a culpa deles diante do Senhor e como a desobediência deles contraria o propósito original de retornar a Jerusalém. Historicamente, Esdras foi um sacerdote e escriba que chegou a Jerusalém por volta de 457 a.C., durante o reinado do rei persa Artaxerxes, liderando um grupo de exilados de volta da Babilônia. Tendo guiado o povo em sua renovação espiritual, ele agora confronta a dura realidade de que eles não mantiveram os padrões justos de Deus.

O catalisador para a aflição de Esdras é a escolha do povo de seguir práticas proibidas pelas próprias instruções que lhes foram confiadas por meio dos profetas. O abandono dos mandamentos de Deus vai diretamente contra o propósito sagrado pretendido de restabelecer o culto em Jerusalém, uma cidade na região de Judá que havia sido dizimada por conquistas anteriores. Sua esperança de restauração parece ameaçada porque eles não permaneceram separados para Deus, encarando com leviandade a gravidade de misturar costumes pagãos com a adoração Àquele que os redimiu do exílio.

Ele ainda relembra o que lhes foi dito por meio dos servos de Deus, enfatizando o que ordenaste por meio dos teus servos, os profetas, dizendo: “A terra na qual ides entrar para possuirdes é terra imunda… com a sua impureza” (v. 11). Isso nos lembra dos dias em que Deus inicialmente chamou Seu povo para viver de acordo com Seus padrões na Terra Prometida, diferentemente das nações vizinhas que a encheram de idolatria e imoralidade. Cada geração deveria defender essas verdades, mas os exilados que retornaram repetiram os erros do passado.

O mandamento de Deus de não se misturar com os pagãos ou suas práticas estava vinculado à preservação da identidade e fidelidade da comunidade da aliança. A Jerusalém recém-reconstruída, localizada na terra outrora governada por reis descendentes de Davi, deveria ser um lugar onde a santidade de Deus fosse honrada. Em vez disso, as abominações que originalmente causaram o exílio do povo ameaçavam se reincorporar se eles não atendessem ao aviso dos profetas.

Possuir a terra adequadamente também significava obedecer à instrução de Deus de manter os limites quando Ele diz: "Agora, pois, não deis vossas filhas aos seus filhos, nem tomeis suas filhas para vossos filhos... para que sejais fortes e comais o bem desta terra" (v. 12). Essa proibição não se refere a preconceito étnico, mas a evitar a corrupção espiritual que ocorre quando o povo de Deus adota costumes pagãos. Ao se recusar a se aliar a nações idólatras, Israel deveria permanecer firme e cultivar a bondade de Deus para as gerações futuras.

Nos tempos antigos, a herança de terras era um símbolo do favor divino, mas também carregava consigo a responsabilidade de viver de uma maneira que honrasse a santidade do Senhor. Ao lembrá-los de nunca buscar a prosperidade de idólatras, Deus ressaltou a seriedade da idolatria. Sua força como comunidade se baseava na fidelidade à aliança, garantindo que as gerações seguintes experimentassem as bênçãos, em vez das maldições, advindas do comprometimento espiritual.

Esdras lamenta como Deus respondeu com justiça aos erros de Israel, mas também os poupou graciosamente, dizendo: Depois de tudo o que nos sobreveio por causa das nossas más ações... visto que tu, nosso Deus, nos retribuíste menos do que as nossas iniquidades mereciam e nos deste um remanescente que escapou (v. 13). Isso se refere ao exílio na Babilônia, que começou em etapas por volta de 605 a.C., seguido por mais deportações, culminando em 586 a.C., quando Jerusalém foi devastada. O fato de um remanescente fiel ter podido retornar sob o domínio persa demonstra que a misericórdia de Deus supera a Sua ira.

Essa ideia de um remanescente alude à mão de Deus na preservação de Seu povo em meio às dificuldades. Apesar de séculos de tropeços, o Senhor continua a demonstrar compaixão, permitindo-lhes um novo começo em sua terra natal. Esdras reconhece que, embora os exilados tenham sido reassentados, eles não merecem a bondade de Deus, pois prontamente retornaram aos mesmos pecados que os levaram ao julgamento.

Questionando a sensatez de repetir erros do passado, Esdras pergunta: Quebraremos novamente os teus mandamentos e nos casaremos com os povos que cometem essas abominações? (v. 14). O casamento misto aqui representa mais do que alianças familiares; indica uma disposição para adotar crenças idólatras que se opõem diretamente à adoração ao único Deus verdadeiro. Esdras teme as consequências justas que podem advir se o povo continuar nesse caminho.

A possibilidade de que Deus pudesse ficar irado a ponto de causar destruição total pesava na mente de Esdras. Nenhum remanescente permaneceria se Israel abandonasse completamente as instruções de Deus. Essa dura realidade ressalta a seriedade da devoção ao Senhor. O futuro da comunidade em Jerusalém - na verdade, sua identidade como povo de Deus - estaria em jogo se persistissem no pecado.

Por fim, Esdras declara: Ó SENHOR, Deus de Israel, tu és justo, pois fomos deixados como um remanescente fugitivo... ninguém pode resistir a ti por causa disso (v. 15). Ele afirma abertamente a justiça do Senhor, reconhecendo que eles existem apenas pela misericórdia divina, não por mérito próprio. A cidade de Jerusalém pode ser reconstruída, o templo pode permanecer de pé, mas nada disso nega a culpa que ainda paira sobre eles.

A oração de Esdras termina com uma postura de humilde confissão. Situados na terra prometida a Abraão e seus descendentes séculos antes, esses exilados que retornam devem encarar a verdade inegável de que dependem da benevolência do Senhor a cada dia. Ao reconhecer que ninguém pode permanecer diante de Deus, Esdras confia plenamente na graça inabalável que sempre foi a pedra angular da esperança de Israel.

 

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