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The Blue Letter Bible
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Esdras 9:5-9 Explicação

Em Esdras 9:5-9, Esdras demonstra profunda humildade diante de Deus, refletindo o peso da desobediência da nação ao rasgar suas vestes. Ele diz: "Mas, ao sacrifício da tarde, levantei-me da minha humilhação, com as minhas vestes e o meu manto rasgados, e caí de joelhos, e estendi as mãos ao Senhor, meu Deus;" (v. 5). Vindo durante o sacrifício da tarde - o momento regular para o sacrifício -, esse ato destaca a gravidade do pecado que pesava sobre o povo. Ao rasgar seu manto, Esdras expressou visualmente profunda tristeza e remorso pela transgressão coletiva. Tal demonstração de humildade pode ser vista em toda a Escritura, à medida que o povo de Deus clama ao Senhor por misericórdia em tempos de angústia.

Ao se voltar para Deus, Esdras não busca culpar os outros, mas se identifica voluntariamente com sua comunidade. Ele demonstra a ideia de que os intercessores reconhecem humildemente sua responsabilidade compartilhada e clamam pelo perdão divino. Esdras assumiu essa postura de joelhos, estendendo as mãos em direção a Deus, reconhecendo que a ajuda e o perdão supremos virão somente do Senhor. Isso estabelece um padrão para os crentes: a humildade diante de Deus pode abrir o caminho para a restauração e a bênção.

A postura de Esdras é de reverência, algo que deve ser demonstrado por líderes piedosos. Assim como Jesus, que se humilhou até mesmo para sofrer pelos pecados da humanidade, o comportamento de Esdras ressalta um apelo altruísta pela fragilidade que o cercava (Filipenses 2). O chamado à humildade permanece universal, convocando todos os que ouvem essas palavras a se entregarem inteiramente nas mãos capazes de Deus.

Esdras então expressa sua vergonha, dirigindo-se diretamente a Deus: "Ó meu Deus, estou envergonhado e constrangido de levantar o meu rosto a ti, meu Deus, pois as nossas iniquidades se elevaram acima das nossas cabeças, e a nossa culpa cresceu até os céus" (v. 6). Aqui, a linguagem de uma iniquidade avassaladora sugere uma torrente de desobediência que ameaça afogá-los. Envergonhar-se e constranger- se demonstra quão profundamente Esdras sente a ofensa causada pelas ações rebeldes de sua geração.

Esta confissão aponta para um relacionamento sincero com Deus, onde a admissão honesta do pecado é o primeiro passo para a purificação. Ao descrever as iniquidades como algo que assolava o céu, Esdras reconhece que fugir delas é impossível; somente a ajuda divina pode resgatá-los de sua terrível condição. A menção da culpa que alcança os céus é uma forma de transmitir a gravidade de seus erros coletivos.

Assim como os cristãos posteriores que se veem na necessidade de confessar seus pecados (1 João 1:9), as palavras de Esdras antecipam a verdade de que ninguém pode se esconder de Deus. A prontidão para levar cada transgressão diante do Senhor e implorar por perdão é essencial para qualquer relacionamento restaurado com Ele.

Continuando sua confissão, Esdras relata os fracassos de longa data de seu povo: "Desde os dias de nossos pais até hoje, temos estado em grande culpa; e por causa das nossas iniquidades, nós, os nossos reis e os nossos sacerdotes fomos entregues nas mãos dos reis das terras, à espada, ao cativeiro, à pilhagem e à vergonha pública, como hoje se vê" (v. 7). Aqui, ele traça suas lutas através de gerações, observando como a desobediência repetida levou ao exílio e ao sofrimento.

Historicamente, após a nação de Israel se dividir e eventualmente cair sob forças hostis, eles enfrentaram o cativeiro sob impérios como a Assíria e a Babilônia. Seus reis e sacerdotes, os supostos líderes espirituais e políticos, ficaram desamparados enquanto o povo suportava a humilhação por resistir aos mandamentos de Deus. Esse ciclo culminou no cativeiro babilônico, que começou por volta de 605 a.C. e terminou quando o rei persa Ciro permitiu o retorno dos exilados (538 a.C.).

As palavras de Esdras destacam a narrativa bíblica abrangente: a rebelião persistente traz disciplina, mas Deus permanece fiel. Por meio de suas experiências no cativeiro, eles aprenderam que ignorar os estatutos de Deus acaba levando a consequências devastadoras. Sua situação se torna um aviso para as gerações futuras não desconsiderarem os caminhos de Deus.

Apesar dessas dificuldades, Esdras observa a misericórdia de Deus, exclamando: "Mas agora, por um breve momento, a graça foi demonstrada pelo Senhor, nosso Deus, para nos deixar um remanescente que escapou e nos dar uma estaca no seu lugar santo, para que o nosso Deus ilumine os nossos olhos e nos dê um pouco de alívio em nossa escravidão" (v. 8). A expressão " breve momento" implica que, embora a ira de Deus fosse justificada, Ele ainda estendeu a graça para preservar um remanescente.

A imagem de uma estaca em Seu lugar santo pinta a imagem de um ponto de apoio pequeno, mas seguro. Em contextos antigos, uma estaca ou estaca podia prender uma tenda com segurança, simbolizando estabilidade. Aqui, essa estabilidade é encontrada na presença renovada de Deus entre eles. A menção de olhos iluminados e reavivamento concedido sugere que, após a escuridão do exílio, o Senhor ofereceu uma centelha de esperança e revitalização.

Este tema da misericórdia divina ressoa em toda a Escritura. Deus constantemente provê um remanescente e uma restauração para destacar Sua compaixão inabalável, que encontra sua expressão máxima em Jesus, que oferece salvação a todos os que creem (Romanos 5). Mesmo nos momentos mais sombrios, um Deus fiel pode iluminar um caminho de cura para aqueles que se voltam para Ele.

O versículo final desta seção celebra a bondade sustentadora de Deus: Pois somos escravos; contudo, em nossa escravidão, o nosso Deus não nos abandonou; antes, estendeu sobre nós a sua benignidade diante dos reis da Pérsia, para nos dar vida, a fim de reconstruirmos a casa do nosso Deus, restaurarmos as suas ruínas e nos dar um muro em Judá e em Jerusalém (v. 9). O povo reconhece sua subjugação, mas se alegra por Deus permanecer perto.

Sob a autoridade dos reis persas Ciro, Dario e, mais tarde, Artaxerxes, os exilados que retornavam foram autorizados a reconstruir o templo e restabelecer seus costumes. A Pérsia, que abrangia uma vasta região do atual Irã e partes de territórios vizinhos, manteve-se como um império dominante de aproximadamente 550 a.C. a 330 a.C. Apesar de viver sob o domínio de uma potência estrangeira, o povo judeu encontrou favor para retornar e proteger sua terra natal. Isso demonstrou a intervenção direta de Deus para cumprir Suas promessas.

Esdras destaca tanto a condição contínua de servo do povo quanto o cuidado de um Deus compassivo. A menção de um muro em Judá e Jerusalém reflete a esperança de uma segurança e identidade renovadas. Mesmo diante de circunstâncias humilhantes, a "benevolência" de Deus brilha como um testamento de restauração e fidelidade à aliança.

 

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