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Isaías 7:17-25 Explicação

Em Isaías 7:17-25, o profeta Isaías expõe sua advertência em Isaías 7:15-16 relacionada ao fato que Judá seria invadida dentro de algumas décadas. Ele identifica o invasor como a Assíria. Isaías alerta que o SENHOR trará um julgamento devastador sobre Judá - por meio do rei da Assíria - resultando em desolação, pobreza e um retorno às condições primitivas de sobrevivência em toda a nação.

O contexto de Isaías 7 é que o rei Acaz de Judá está aterrorizado com a possibilidade de ser deposto por seus vizinhos hostis - Rezim, rei da Síria, e Peca, rei do reino do norte de Israel (Isaías 7:1-2). As forças da Síria e de Israel estavam acampadas do outro lado da fronteira e prontas para sitiar Jerusalém. O SENHOR enviou Isaías para assegurar ao rei amedrontado que seus planos não dariam certo e que a casa de Davi iria perdurar graças à Sua aliança (Isaías 7:3-7). Isaías convida Acaz a confiar em Deus (Isaías 7:8-9), porém o rei não o faz. Em vez disso, ele deposita sua confiança no rei da Assíria (2 Reis 16:7-8).

O SENHOR então convida Acaz a lhe pedir um sinal para provar Sua fidelidade, mas ele se recusa (Isaías 7:10-12). Isaías então entrega um sinal ao rei infiel (Isaías 7:13-16).

Ele disse ao rei que os invasores que ele tinha medo não o fariam mal e que logo seriam destruídos. Essas foram palavras de conforto. Mas Isaías também deu a Acaz um aviso profético: que Judá sofreria uma invasão de um reino diferente.

Isaías previu isso por meio da imagem de uma virgem que se casa e se une sexualmente ao seu novo marido, concebe e dá à luz um filho durante a ameaça da Síria e do reino do norte de Israel. Mas, quando seu filho nasce, a ameaça já desapareceu, e ela o chama de Emanuel para comemorar a fidelidade de Deus presente durante a provação (Isaías 7:14).

Seria reconfortante ouvir tais notícias. Mas a imagem também continha um aviso ameaçador.

Isaías também previu que, quando o menino amadurecesse e soubesse rejeitar o mal e escolher o bem (provavelmente aos trinta anos, idade em que os judeus consideravam um homem como tendo atingido a força plena), ele "comeria manteiga e mel" (Isaías 7:15). A expressão "manteiga e mel" significava "sob cerco". Isso porque laticínios básicos (manteiga) e mel de abelhas selvagens eram frequentemente os últimos alimentos nutritivos disponíveis em uma cidade que estava sitiada.

Isaías encerrou sua profecia assegurando a Acaz que, antes que essa invasão distante acontecesse, seus atuais inimigos não iriam mais existir (Isaías 7:16).

Isaías provavelmente declarou estas palavras quando a Síria e o reino do norte de Israel ameaçavam Acaz, em algum momento entre os anos de 734 e 733 a.C. Como Isaías previu, Rezim, rei da Síria, foi morto cerca de um ano após essa profecia ter sido dita (2 Reis 16:9). Logo depois, Peca, rei de Israel, foi assassinado (2 Reis 15:30). E assim, de repente, o perigo desapareceu.

Mas a invasão distante, a cerca de trinta anos de distância, ainda estava por vir.

Nesta passagem (Isaías 7:17-25), Isaías detalha como seria a invasão e identifica corretamente o invasor como ninguém menos que a Assíria, a mesma nação em quem Acaz depositou sua confiança em vez do SENHOR.

Isaías prediz:

Jeová fará vir sobre ti, sobre o teu povo e sobre a casa de teu pai dias quais não têm vindo desde que Efraim se retirou de Judá - a saber, o rei da Assíria (v. 17).

Isaías declara que o SENHOR trará calamidade sobre Judá e a casa de Davi. Será pior do que tudo o que aconteceu a Judá desde que o reino de Israel se dividiu em dois por volta de 970 a.C. Efraim é sinônimo do reino do norte de Israel e foi uma das tribos mais influentes da nação. O reino do norte se separou de Judá no início do reinado de Roboão e estabeleceu Jeroboão como seu rei (1 Reis 12:19-20).

Isaías fala que a fonte desta calamidade será o rei da Assíria. Isso identifica quem irá sitiar Jerusalém, que foi mencionado mas não nomeado em Isaías 7:15, como sendo a Assíria.

Essa profecia era ainda mais preocupante porque, enquanto Isaías falava essas palavras de advertência a Acaz, rei de Judá, e o pedia que confiasse no SENHOR (Isaías 7:9), Acaz estava no processo de confiar seu trono e sua cidade à Assíria - o reino que sitiaria sua cidade dentro de algumas décadas após essa profecia.

Naquele dia, acontecerá que Jeová assobiará às moscas que estão no extremo dos rios do Egito e às abelhas que estão na terra da Assíria. Elas virão e pousarão todas nos vales desolados, e nas fendas dos rochedos, e sobre todos os pastos (v. 18-19)

Isaías continua com seu aviso profético de imagens vívidas e perturbadoras.

Sua declaração inicia com uma frase que é frequentemente usada na literatura profética para apontar para um tempo de julgamento divino - naquele dia (Isaías 2:11, Ezequiel 30:3, Joel 3:14, Amós 8:3, Sofonias 1:9).

Naquele dia de juízo, o Senhor assobiará às moscas que estão no extremo dos rios do Egito e às abelhas que estão na terra da Assíria (v. 18).

Essa metáfora evoca a imagem do Senhor convocando exércitos estrangeiros com a mesma facilidade com que um pastor assobia para chamar suas ovelhas. Mas, estranhamente, o pastor não está assobiando para ovelhas, mas sim para moscas e abelhas vindos de terras distantes.

Egito e Assíria historicamente foram duas nações poderosas. A menção de ambas sugere que Judá enfrentará pressão tanto do sul (Egito) quanto do norte (Assíria). Mas a Assíria já foi identificada como a ameaça dominante no futuro próximo.

O próprio SENHOR é quem assobia - Ele é soberano sobre as nações, usando-as até mesmo como instrumentos de julgamento.

Mais tarde, em Isaías, o SENHOR descreve a Assíria como 

“…Ai de Assur, vara da minha ira,
Em cujas mãos o bordão é a minha indignação!
Enviá-lo-ei contra uma nação profana
E despachá-lo-ei contra o povo do meu furor.”
(Isaías 10:5-6a)

Os dois tipos de insetos que Isaías descreve têm um significado simbólico.

A mosca do Egito representa uma presença indesejada de imundície e corrupção.

As moscas eram associadas ao desconforto, à pestilência e à morte.

O Egito, localizado próximo ao rio Nilo, era conhecido por suas terras pantanosas e infestações de insetos, especialmente moscas. As moscas eram associadas à religião e à cultura egípcias e frequentemente retratadas em suas joias e amuletos.

Biblicamente, a imagem das moscas lembra a praga de moscas que Deus enviou ao Egito na época de Moisés (Êxodo 8:21-24), que inundou a terra e serviu como um sinal da ira divina.

A comparação sugere que o Egito será novamente uma fonte de aflição e/ou corrupção como símbolo das alianças equivocadas de Judá. Embora Judá posteriormente tentasse se apoiar no Egito (Isaías 30:1-3), essa aliança corrupta se mostraria fútil e traria vergonha. No contexto, a mosca, invasiva e impura, torna-se um símbolo de proteção impotente que termina em devastação.

Em contraste, a abelha da Assíria simboliza uma força disciplinada e implacável.

As abelhas são persistentes, organizadas e perigosas em enxames. A Assíria era exatamente isso - um império poderoso e expansivo, com uma reputação militar assustadora. Esta imagem profética prevê as campanhas brutais da Assíria contra o reino do norte de Israel (722 a.C.) e Judá (701 a.C.) - incluindo o cerco de Jerusalém sob Senaqueribe (2 Reis 18:13-19:13, Isaías 36). Como uma abelha que pica bruscamente, a Assíria traria um julgamento severo sobre Judá, como o SENHOR havia avisado por meio de Isaías.

Isaías acrescenta que todas essas forças invasoras virão virão e pousarão todas nos vales desolados, e nas fendas dos rochedos, e sobre todos os pastos (v. 19).

Esta descrição mostra a ocupação total da terra pelos exércitos invasores. Assim como moscas e abelhas podem enxamear e se infiltrar em cada fenda, também a influência pervertedora do Egito irá se alastrar e os exércitos da Assíria invadirão a terra. Eles habitarão tanto lugares altos (vales desolados) quanto baixos (fendas dos rochedos), terrenos inóspitos e pontos férteis, sugerindo que nenhuma área será poupada da presença estrangeira. Em conjunto, é uma imagem de ocupação completa - militar e cultural - alcançando todos os cantos da paisagem de Judá.

Esta imagem corresponde ao que Isaías descreve mais tarde em sua profecia:

“Passará adiante, entrando em Judá, trasbordará, passará por ele e chegará até o pescoço…”
(Isaías 8:8)

A ameaça assíria não atingiria apenas a fronteira; ela dominaria a terra.

A escolha de Acaz de apelar para a Assíria (2 Reis 16:7-9) teria um efeito desastroso, assim como Isaías havia alertado. O SENHOR, que ofereceu proteção a Acaz e até o convidou a pedir um sinal (Isaías 7:11), agora declara que Ele mesmo irá convocar o julgamento. A ironia é enorme e profunda: a própria nação em quem Acaz confiava para a libertação se tornaria a invasora de Judá.

Uma lição clara a se tirar da loucura de Acaz é: quando o povo se recusa a confiar em Deus e exige algo menor, Sua ira eventualmente os entrega àquilo que eles esperavam que os salvaria (Veja como Deus entrega as pessoas aos seus próprios desejos destrutivos em Romanos 1:18-32).

Em seguida, Isaías dá uma segunda imagem de quão severa será a invasão de Judá pela Assíria.

Naquele dia, rapará o Senhor com uma navalha alugada, que está nas regiões além do rio, a saber, com o rei da Assíria, a cabeça e os cabelos dos pés; também ela tirará a barba (v. 20).

Isaías repete a frase - naquele dia - para enfatizar o julgamento do SENHOR sobre Judá.

Esta imagem vívida de se barbear com navalha representa total desgraça, dominação e vulnerabilidade.

Na antiga cultura israelita, a barba era um símbolo de dignidade e masculinidade, e sua remoção forçada era considerada profundamente vergonhosa (veja 2 Samuel 10:4-5, onde os homens de Davi foram humilhados ao terem suas barbas raspadas).

Isaías enfatiza que o próprio SENHOR usará o rei da Assíria como Sua navalha, como instrumento de julgamento para trazer essa desonra sobre Judá aos olhos dos homens. Deus não apenas raspará a barba, mas também a cabeça. Além da humilhação e da vergonha, a calvície era um sinal de luto (Miquéias 1:16).

Deus raspará até os pelos dos pés. Não restará um fio de cabelo de honra. Essa raspagem completa o corpo simboliza a subjugação total e a perda da honra da nação.

A expressão "que está nas regiões além do rio" novamente ataca o julgamento irônico da profecia. Acaz havia contratado a ajuda Assíria, pagando com o tesouro do templo (2 Reis 16:7-8). Acaz esperava que a Assíria o salvasse da Síria e de Israel. E assim foi. Mas, em vez de se tornar uma salvadora fiel, a Assíria se tornaria o instrumento da desgraça de Judá - uma navalha estrangeira nas mãos do SENHOR. O que Acaz buscava como proteção se tornaria, em vez disso, o instrumento da exposição e vergonha divinas.

Depois de descrever a dor e a vergonha da invasão estrangeira por meio de imagens de moscas, abelhas e navalhas, Isaías começa a descrever os sofrimentos práticos que Judá suportaria por causa da desobediência de Acaz.

Sucederá, naquele dia, que um homem criará uma vaca nova e duas ovelhas; e, por causa da abundância do leite que lhe derem, comerá manteiga. Pois todo aquele que for deixado no meio da terra comerá manteiga e mel (v. 21-22).

Isaías continua a usar a frase - naquele dia - para enfatizar o julgamento do SENHOR sobre Judá.

Isaías descreve uma imagem sombria de como seria a vida em Judá durante e/ou após a invasão. Durante a invasão e o cerco, a agricultura e o comércio cessariam.

Este cenário não é de prosperidade, mas de desolação - resta apenas um punhado de animais, pois a população foi devastada pela guerra e a terra despovoada. Um homem outrora próspero possui apenas uma vaca e duas ovelhas. Isso diz muito sobre o quanto a economia agrícola e a população irão estar em estado de colapso.

A frase "abundância do leite que lhe derem" é dita com sarcasmo. Leite e laticínios, assim como a busca por mel silvestre, são a principal fonte de alimento. É por isso que todo aquele que for deixado no meio da terra comerá manteiga e mel. Manteiga é um laticínio como o iogurte.

Embora manteiga e mel possam sugerir uma terra de abundância em outros contextos bíblicos, como em “uma terra que mana leite e mel” (Êxodo 3:8, Levítico 20:24, Deuteronômio 26:9), na profecia de Isaías a expressão serve como uma amarga ironia.

Em Isaías 7:22, esses alimentos não são sinais de bênção, mas de sobrevivência em uma terra devastada, onde a complexidade da agricultura e da sociedade foi reduzida ao que um homem pode colher de alguns animais sobreviventes e do deserto. O remanescente que resta - todo aquele que for deixado no meio da terra - não está festejando, mas resistindo.

Em vez de ser usado como uma expressão para evocar as bênçãos do SENHOR, manteiga e mel evocam as maldições que o povo infiel de Deus trouxe sobre si por sua desobediência (Deuteronômio 28:15-37).

A mensagem de Isaías é clara: rejeitar a confiança no SENHOR levará não apenas à humilhação política, mas ao colapso econômico, onde Judá será reduzida ao mínimo necessário para sobreviver.

A frase comer manteiga e mel é significativa porque ecoa o que foi mencionado pela primeira vez em Isaías 7:15, onde a criança “Emanuel” (Isaías 7:14) é dita comer manteiga e mel no momento em que sabe rejeitar o mal e escolher o bem.

Em Isaías 7:15, a frase faz referência ao cerco que Isaías agora descreve com detalhes terríveis. O fato de uma criança ainda não concebida e ainda não nascida sofrer essas coisas indica que os horrores dessa invasão ainda estão distantes. Antes mesmo que isso aconteça, a virgem deve se casar, conceber e dar à luz um filho (Isaías 7:14), e a criança ainda deve atingir a maioridade - saber rejeitar o mal e escolher o bem (Isaías 7:15). Esta expressão "saber rejeitar o mal e escolher o bem" (Isaías 7:15) pode significar atingir a maturidade plena - aos 30 anos na antiga cultura israelita.

A invasão Assíria descrita por Isaías ocorreu 30 anos depois dele ter proferido pela primeira vez. Além disso, ela se encaixa perfeitamente no período em que uma virgem se casa, concebe e dá à luz um filho que então cresce por 30 anos, período em que ele e todos os outros em Jerusalém são forçados a comer manteiga e mel por causa da invasão da Assíria.

A mesma imagem de Isaías 7:15 - comer manteiga e mel - aparece aqui no versículo 22, confirmando que essa condição de sobrevivência se estenderá a toda a terra e a todos os que nela permanecerem. O que inicialmente era um detalhe ligado a um sinal profético sobre uma criança (v. 15) tornou-se a condição nacional para todos os seus habitantes sobreviventes.

Isaías termina com uma descrição desolada de como será a terra depois que a invasão da Assíria terminar.

Naquele dia, todo lugar em que antes havia mil vides do valor de mil moedas de prata será entregue aos espinhos e abrolhos (v. 23).

Mais uma vez, Isaías usa a frase - naquele dia - para evocar o julgamento do SENHOR sobre Judá.

Os vinhedos mais cobiçados e caros, avaliados em mil vides do valor de mil moedas de prata e onde antes havia mil vides, agora serão abandonados e desolados. Terrenos outrora muito cultivados ficarão cheios de espinhos e abrolhos.

O contraste profético é deliberado: o que antes era próspero e frutífero se tornará estéril e hostil. É um reflexo tangível da rebelião espiritual do povo. Antes do julgamento, esta terra era muito valorizada e produzia riquezas. Era uma fonte de força econômica e agrícola, onde vinhas floresciam e riquezas eram extraídas do solo. Mas essa mesma terra será tomada por espinhos e abrolhos.

Espinhos e abrolhos são outra imagem bíblica de maldição e julgamento divino (Gênesis 3:18, Isaías 5:6). A frase - espinhos e abrolhos - é repetida três vezes para dar ênfase nos três versículos finais de Isaías 7, reforçando a certeza e/ou a severidade da ira que viria pela infidelidade de Acaz.

Isaías continua: Com setas e arco, entrarão ali, porque toda a terra será espinhos e abrolhos (v. 24).

Em vez de arados e foices, as pessoas entrarão nessas áreas com armas, não para a guerra, mas para a sobrevivência. Na terra infestada de animais selvagens, será necessário defender-se apenas para coletar alimentos ou para atravessá-la.

Esta cena de um deserto ecoa a profecia anterior em Isaías 5:5-6, onde o SENHOR avisa que a "vinha" de Deus, que representa Israel, será devastada e produzirá apenas espinhos e abrolhos porque o Seu povo O rejeitou. Aqui em Isaías 7, esse julgamento deixou de ser apenas um aviso e se tornou uma certeza.

Isaías completa o quadro:

Quanto a todos os outeiros que, com enxada, se revolviam, para ali não chegarás com medo dos espinhos e abrolhos, mas servirão de lugar para soltar bois e para ser pisado do gado miúdo (v. 25).

Até mesmo as colinas que antigamente eram cultivadas com enxada - uma terra que exigia esforço e habilidade para que existisse o cultivo - serão abandonadas. A vegetação rasteira afastará as pessoas. Mas esses lugares serão reaproveitados como pastagens, não para a agricultura organizada, mas para o pastoreio de gado. Isso, mais uma vez, demonstra uma grande redução do valor econômico, já que a pecuária produz substancialmente menos valor econômico por acre de terra do que a agricultura.

Isso se relaciona com o que Isaías disse nos versículos 21-22, onde a desolação da terra é mostrada em um homem rico sendo reduzido a sobreviver com apenas uma vaca nova e duas ovelhas, comendo manteiga e mel.

Ao longo de todo esse julgamento, o padrão é consistente: o julgamento do SENHOR sobre Judá por meio da invasão da Assíria reverterá a civilização, substituindo vinhedos e terras agrícolas por áreas selvagens e sobrevivência.

Tudo isso é consequência da falha do rei de Judá em confiar no SENHOR. Isaías advertiu Acaz:

“Se o não crerdes, não haveis de permanecer.”
(Isaías 7:9b)

Acaz, em vez de crer, depositou sua confiança no rei da Assíria (2 Reis 16:7-8), e Isaías profetizou que o SENHOR traria sobre Judáo rei da Assíria” (v. 17) - aquele em quem Acaz confiava - como instrumento de julgamento. A ironia é profunda: o que Acaz esperava que o salvasse, na verdade, seria o que destruiria a terra. Este é o cumprimento da advertência de Deus: quando Seu povo rejeita Sua palavra, até mesmo seu solo mais fértil irá se tornar um lugar de perda e de medo.

Como já mencionado várias vezes neste comentário, Isaías 7:17-25 remete a advertências anteriores da aliança nas Escrituras,

“Eu assolarei a terra; e pasmarão sobre ela os vossos inimigos que nela habitam... a vossa terra será assolada, e as vossas cidades se tornarão em solidão.”
(Levítico 26:32-33)

Da mesma forma, em Deuteronômio, o SENHOR alertou Israel que a desobediência traria ruína agrícola:

“O teu céu que está por cima da tua cabeça será de bronze... Jeová dará por chuva da tua terra pó e poeira; do céu descerá sobre ti até que sejas destruído”
(Deuteronômio 28:23-24)

Isaías 7:17-25 é uma profecia de que Judá está prestes a experimentar não apenas uma invasão cruel e humilhante da Assíria, mas também descreve os efeitos dessa invasão como o julgamento divino declarado na Lei de Moisés. Esta lei foi concebida como uma aliança/pacto de vida e bênção para a obediência e morte e devastação para a rebelião (Deuteronômio 30:19). A própria terra testemunha o relacionamento do povo com Deus. Quando confiaram Nele, ela "manava leite e mel" (Deuteronômio 26:9), mas agora, por causa da incredulidade e de alianças equivocadas, torna-se "espinhos e abrolhos".

Em última análise, Isaías não está apenas prevendo dificuldades econômicas ou declínio natural. Ele está descrevendo consequências espirituais expressas na própria terra. A descida das vinhas para os montes espinhosos reflete uma nação sob julgamento, um povo que trocou a glória de confiar no SENHOR pela ruína de confiar no homem.

Mas mesmo em meio à morte, humilhação e ruína, Deus é fiel. E Ele milagrosamente protege Seu povo e os faz perseverar, assim como a Casa de Davi (Isaías 36-37).

Veja o Comentário da Bíblia sobre Isaías 36:1-3 para começar do início em nossa visão sobre o cumprimento desses eventos.

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