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Jeremias 17:12-18 Explicação

Em Jeremias 17:12, Jeremias proclama a preeminência da majestade do Senhor : " Um trono glorioso nas alturas, desde o princípio, é o lugar do nosso santuário" (v. 12). Ele aponta para um trono que resplandece com glória, simbolizando o reinado eterno de Deus e sua autoridade imutável. Este trono também é descrito como um santuário, evocando a segurança e a santidade que o povo de Deus encontra quando se achega a Ele em humildade.

O reconhecimento do trono por Jeremias "desde o princípio" nos lembra que o domínio de Deus sobre a criação não é novo ou provisório; ele tem suas raízes na eternidade. Como profeta de Israel, Jeremias ministrou aproximadamente entre 627 a.C. e 582 a.C., e ele consistentemente retornou a esta mensagem atemporal: nenhum poder ou evento terreno pode diminuir o governo supremo de Deus. O reinado do SENHOR se apresenta como um santuário para onde os crentes podem buscar refúgio, especialmente quando enfrentam os muitos problemas que surgem em um mundo quebrado.

Ao destacar este “trono glorioso”, Jeremias convoca todos os que ouvem a reconhecer a grandeza daquele que estabeleceu o céu e a terra. O conceito de Deus como um refúgio inabalável prefigura a esperança que os crentes encontram no Novo Testamento, quando Jesus conforta Seus seguidores lembrando-os de Sua presença eterna e cuidado soberano (Mateus 28:20). Como o trono que se eleva ao alto, a autoridade e o poder de Cristo se estendem a todos os que confiam nEle.

Aqui, Jeremias se dirige a Deus como a esperança e a segurança de Israel : " Ó Senhor, esperança de Israel, todos os que te abandonarem serão envergonhados. Os que se desviarem na terra serão escritos por terra, porque abandonaram a fonte de água viva, o Senhor" (v. 13). Ao fazer isso, ele contrasta abertamente as bênçãos que advêm de depositar confiança no Senhor com a vergonha para aqueles que se afastam (v. 13). Nos tempos antigos, a vergonha frequentemente denotava humilhação pública, indicando uma profunda desonra por abandonar a Deus.

A referência à "fonte de água viva" ressalta o alimento espiritual e a vida que fluem do SENHOR. Geograficamente, Jeremias proferiu suas profecias dentro e ao redor do reino de Judá, incluindo a cidade de Jerusalém - lugares que necessitavam da presença vivificante de Deus. A ideia de "fonte" também nos remete às declarações de Jesus em João 7:37-38, onde Ele se descreve como a fonte de água viva e convida os sedentos a virem e beberem. Desviar -se desse suprimento divino leva apenas à secura e, por fim, à ruína.


Escrever os nomes daqueles que se afastam sugere o registro mantido das ações humanas. Ao longo do ministério de Jeremias, ele repetidamente conclamou as pessoas a abandonarem a idolatria espiritual e se realinharem com o Deus de seus pais, Abraão, Isaque e Jacó, que governou a história de Israel. A advertência do profeta é que aqueles que escolhem outro caminho enfrentam a vergonha inevitável, em vez das fontes refrescantes que Deus oferece gratuitamente.


Cura-me, Senhor, e serei curado; / Salva-me, e serei salvo, / pois tu és o meu louvor (v. 14). Nesta súplica, Jeremias demonstra desespero tanto pessoal quanto nacional. Ao clamar por cura, ele reconhece que somente Deus pode consertar a fragilidade dentro dele e entre o povo. As doenças eram frequentemente vistas como manifestações externas de fracassos espirituais e sociais, portanto, pedir por restauração física e espiritual anda de mãos dadas.


O pedido de Jeremias para "salvá-lo" reflete um desespero ainda mais profundo, visto que o profeta enfrentava perseguição por transmitir mensagens que muitos não queriam ouvir. Sua vida corria risco constante porque confrontava líderes e pessoas comuns com as advertências de Deus. No entanto, ele repousa confiantemente no poder do SENHOR para resgatá-lo, chamando Deus de fonte de seu louvor. Isso revela que o cerne da confiança de Jeremias não reside em exércitos, alianças políticas ou sabedoria humana, mas no Todo-Poderoso que governa de Seu trono glorioso.


Quando Jeremias se refere ao SENHOR como seu "louvor", ele sinaliza que somente Deus é digno de reverência e devoção. O profeta exemplifica um crente que reconhece tanto sua própria fragilidade quanto a incomparável capacidade redentora do SENHOR. No Novo Testamento, os seguidores de Jesus também encontram força espiritual e física ao implorar a Deus que cure e salve, confiando que Ele é fiel para responder (Tiago 5:15).


Veja, eles continuam me dizendo: / 'Onde está a palavra do Senhor? / Que ela venha agora!' (v. 15). Com essas palavras, Jeremias repete a provocação zombeteira daqueles ao seu redor. Eles questionam as advertências de Deus, quase desafiando-as a se cumprirem, demonstrando um espírito de incredulidade. Ao ridicularizar o profeta a ponto de exigirem provas imediatas, zombam tanto de Jeremias quanto da mensagem de julgamento que ele carrega.


Esse ceticismo se assemelha à forma como muitos profetas foram tratados ao longo da história de Israel. O público contemporâneo de Jeremias, nas terras ao redor de Jerusalém, frequentemente rejeitava a noção de que a punição poderia recair sobre eles por se voltarem para ídolos e por injustiças cometidas contra os pobres. No entanto, seu desafio à genuinidade da Palavra de Deus apenas revela os corações endurecidos que se recusam a atender ao conselho divino.


Na história bíblica mais ampla, esse padrão de descrença reaparece no ministério de Jesus, quando muitos exigiram sinais milagrosos para validar Suas afirmações (Mateus 12:38). Assim como Jeremias, Cristo apontou para a verdadeira autoridade de Deus falando, exortando as pessoas ao arrependimento. As palavras zombeteiras: "Que venha agora!" refletem resistência em vez de busca genuína pela verdade.


Mas eu não me afastei de ser pastor após ti, / nem desejei o dia da aflição; / tu mesmo sabes que a palavra dos meus lábios / foi na tua presença (v. 16). Jeremias contrasta sua própria obediência com o desprezo do povo. Ele escolhe permanecer fielmente devotado a Deus, descrevendo-se como um pastor que segue o Senhor, em vez de abandonar seu rebanho ou buscar seus próprios interesses.


O profeta também deixa claro que nunca teve prazer em proclamar desastres ou castigos. Embora às vezes os oráculos que proferia fossem severos, Jeremias não desejava a destruição. Ele simplesmente se submeteu ao chamado de Deus e proclamou tudo o que o SENHOR exigia, crendo que Deus tinha pleno conhecimento de seu coração e de suas intenções.


Ao destacar que suas palavras foram proferidas na presença do SENHOR, Jeremias demonstra que seu ministério estava intimamente ligado à comissão divina, e não à ambição pessoal. Séculos depois, o apóstolo Paulo ecoou uma convicção semelhante de falar apenas o que lhe fora confiado por Deus para a edificação dos crentes (1 Coríntios 14:3). A autenticidade de Jeremias na missão permanece um modelo para todos os que levam a mensagem de Deus.


Não me sejas um terror; / Tu és o meu refúgio no dia da calamidade (v. 17). Jeremias reconhece abertamente sua vulnerabilidade, suplicando que o SENHOR não se oponha a ele em juízo. O temor a Deus como “terror” ressalta a reverência com que o profeta via a santidade divina. Diante das calamidades nacionais que Jeremias previu, era crucial afirmar Deus como seu refúgio.


Chamar o SENHOR de "refúgio" sugere um abrigo ou fortaleza em tempos de crise. Historicamente, Jeremias viveu em anos politicamente instáveis, com a ameaça de invasão babilônica pairando sobre Judá. Ele sabia que alianças humanas poderiam fracassar, mas em sua própria luta, Jeremias escolheu confiar em Deus para sua segurança, em vez de qualquer fortaleza terrena.


Este apelo ressoa com passagens dos Salmos onde Deus é repetidamente louvado como fortaleza e escudo. A dependência de Jeremias da natureza protetora de Deus reflete a mesma confiança que os crentes em Jesus Cristo expressam quando confiam no SENHOR como seu escudo e defensor (Efésios 6:10-11).


Sejam envergonhados os que me perseguem, mas eu não seja envergonhado; / Fiquem aterrorizados, mas eu não. / Traga sobre eles um dia de calamidade, / E esmague-os com dupla destruição (v. 18). Em seu clamor final, Jeremias pede ao SENHOR que o justifique diante da oposição implacável. O profeta suportou humilhação por ser leal ao chamado de Deus, então ele ora para que seus perseguidores, e não ele, sejam os desonrados. É um pedido apaixonado, que revela a intensidade das dificuldades de Jeremias.


“Dupla destruição” indica um julgamento decisivo, provavelmente exemplificando a gravidade da rebelião contra Deus. Para Jeremias, que havia alertado o povo durante anos, o momento da intervenção divina parece justificado e urgente. Ele confia o resultado ao SENHOR, buscando uma resolução clara sobre quem realmente fala em nome de Deus.


Este clamor por justiça moral revela o anseio humano de Jeremias pela responsabilização dos transgressores. No entanto, este apelo também nos lembra do chamado do Novo Testamento para colocar o julgamento final nas mãos de Deus (Romanos 12:19). Jeremias não se vinga por si mesmo, mas clama à ação do justo Juiz.

 

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