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Jeremias 17:19-23 Explicação

Em Jeremias 17:19-23, o profeta Jeremias, que ministrou em Judá de aproximadamente 627 a.C. até depois da queda de Jerusalém em 586 a.C., transmite uma ordem do SENHOR dirigida ao povo e seus líderes. Ele começa declarando: " Assim me disse o SENHOR: Vai e põe-te à porta pública, por onde entram e saem os reis de Judá, bem como em todas as portas de Jerusalém" (v. 19). A porta pública ali teria sido um ponto crítico de acesso, onde governantes e cidadãos se reuniam regularmente. Jerusalém, localizada na região de Judá, servia como o centro da vida religiosa e civil. Ao instruir Jeremias a permanecer neste local movimentado e comunitário, o SENHOR garante que Sua mensagem seja ouvida por todos. O fato de Jeremias estar onde os reis entram e saem ressalta a seriedade do aviso divino.

Esta instrução inicial também destaca a autoridade e o alcance da palavra do SENHOR. Os reis de Judá, cuja linhagem remontava ao Rei Davi (por volta de 1010-970 a.C.), eram responsáveis por guiar o povo de acordo com a aliança de Deus. A ordem divina de falar na entrada principal da cidade sugere que ninguém - nem líder nem cidadão comum - poderia alegar desconhecer Sua ordem. Em essência, o portão público serve como um local simbólico de intercâmbio governamental e social, reforçando a ideia de que a liderança e o povo compartilham responsabilidades perante Deus.

Em um sentido mais amplo, o ato de proclamar o aviso divino em público revela como Deus consistentemente enviou profetas para guiar Seu povo, oferecendo-lhes oportunidade após oportunidade de arrependimento. A intervenção de Deus por meio de Jeremias destaca Seu desejo inabalável de obediência. Isso define o tom para o restante da passagem, onde o mandamento específico sobre honrar o dia de sábado será explicitado e vinculado a questões mais profundas de fidelidade e humildade diante do SENHOR.

A mensagem prossegue com a instrução adicional de Deus a Jeremias: " e dize-lhes: Ouvi a palavra do Senhor, reis de Judá, e todo o Judá, e todos os moradores de Jerusalém, que entram por estas portas" (v. 20). Jeremias 17:20 demonstra que a mensagem de Deus se aplica amplamente. Inclui não apenas a realeza, mas também todos os homens e mulheres que entraram em Jerusalém. Ao se dirigir aos reis primeiro, Jeremias honra sua autoridade, ao mesmo tempo em que enfatiza sua responsabilidade. A frase "Ouvi a palavra do Senhor" (v. 20) ressoa como um chamado para prestar atenção, não apenas para ouvir. A verdadeira escuta nas Escrituras implica tanto compreensão quanto obediência.

A menção de “todo o Judá e todos os habitantes de Jerusalém” (v. 20) reforça como a responsabilidade pelo cumprimento da aliança se estende a todos. Esse aspecto reforça o conceito encontrado em toda a Bíblia de que cada pessoa é responsável perante Deus (Romanos 14:12). Mesmo o maior dos líderes está sujeito ao mesmo padrão divino. Essencialmente, a lei de Deus tem alcance universal dentro da comunidade de fé, e ninguém está isento de cumpri-la.

Ao insistir que "ouçam", Jeremias antecipa que muitos poderiam ignorar ou resistir. Historicamente, Judá estava à beira do desastre, sofrendo com os repetidos avisos de Deus sobre o julgamento iminente. A colocação de Jeremias nesses portões e sua ênfase em ouvir ressaltam que a mensagem de arrependimento não pode ser deixada de lado levianamente. Convida todos em Jerusalém a considerarem as implicações de ignorar ou desobedecer a Deus.

Jeremias então declara a ordem específica: " Assim diz o Senhor: 'Cuidai de vós mesmos! Não carregueis carga alguma no dia de sábado, nem façais entrar coisa alguma pelas portas de Jerusalém'" (v. 21). O dia de sábado, instituído na criação (Gênesis 2:3) e reiterado a Moisés como parte dos Dez Mandamentos (Êxodo 20:8-11), representava um sinal da aliança de Israel com Deus. Ao ordenar ao povo que não "carregasse carga alguma", o Senhor estava emitindo um lembrete simbólico e prático para cessar o trabalho regular e se concentrar na adoração e no descanso.

Trazer mercadorias para dentro ou para fora de Jerusalém no sábado era tanto uma violação da lei de Deus quanto uma demonstração de desrespeito à Sua provisão. O princípio por trás desse mandamento é que o povo de Deus deve depender dEle e não de seus próprios esforços. A observância do sábado alimentava a confiança na graça de Deus, prenunciando um descanso que seria cumprido em Jesus, o Messias (Mateus 11:28). Por meio de Jeremias, o SENHOR mostra que práticas externas (como abster-se de carregar cargas) refletem a realidade espiritual mais profunda de confiar e obedecer a Ele.

A ênfase geográfica aqui - “pelas portas de Jerusalém” (v. 21) - molda a imagem do comércio paralisado. As portas da cidade eram centros de comércio e assuntos jurídicos, portanto, interromper os negócios no sábado demonstrava significativamente devoção a Deus. Numa época em que a produtividade econômica era crucial para a sobrevivência, reservar ganhos por um dia demonstrava dependência do SENHOR e reverência por Sua santa ordenança.

Jeremias 17:22 esclarece ainda mais o mandamento: " Não tirem carga alguma de suas casas no dia de sábado, nem façam trabalho algum; mas guardem o dia de sábado como santo, como ordenei aos seus antepassados" (v. 22). Aqui, Deus repete a instrução de não trabalhar no sábado e a vincula à tradição da aliança "que ordenei aos seus antepassados". Guardar o sábado "santo" significa separá-lo para o SENHOR, alinhando o coração à Sua vontade. Essa prática da aliança remonta à época de Moisés (por volta de 1446 a.C.). Ao longo dos séculos, tornou-se parte integrante da identidade de Israel como nação chamada a representar Deus entre as nações vizinhas.

A estipulação de que as pessoas deveriam se abster até mesmo de trabalho pessoal dentro de casa ressalta a seriedade de honrar o sábado integralmente. Não se tratava apenas de aparição pública ou exibição religiosa. A intenção era moldar toda a vida do povo, reforçando a confiança em Deus para provisão e lembrando-os de que estavam em uma relação de aliança única com Ele. Deus considerava o sábado um símbolo estimado de Sua autoridade e misericórdia, e a não obediência a esse mandamento representava o risco de demonstrar desprezo por Seu senhorio.

Por fim, Jeremias conclui: " Contudo, eles não ouviram, nem inclinaram os ouvidos, mas endureceram a cerviz para não ouvir, nem aceitar a correção" (v. 23). Apesar das palavras claras e dos repetidos lembretes, Judá recusou-se a obedecer. Esse padrão de teimosia, às vezes descrito como "coração endurecido", repetia-se ao longo da história de Israel. Refletia um problema espiritual mais profundo: a falta de humildade diante de Deus e a relutância em se arrepender. Jeremias 17:23 destaca a questão essencial por trás de tantas advertências proféticas: o povo de Deus teve a oportunidade de obedecer, mas escolheu ignorá-Lo.

A frase “endureceram a cerviz” pinta a imagem de um boi que se recusa a ceder à direção de seu dono. Em vez de responder à correção, Judá agiu com orgulho e descrença, relembrando os tempos anteriores, quando Israel se rebelou no deserto. Isso prepara o cenário para o julgamento iminente, pois a desobediência consistente eventualmente leva à perda da bênção protetora de Deus. Mesmo assim, o chamado de Deus por meio de Jeremias permanece ancorado na esperança - se eles apenas atendessem a essas advertências, encontrariam favor e renovação.

Jeremias 17:19-23 demonstra a importância do sábado como manifestação de obediência a Deus, o perigo de rejeitar Sua orientação e a realidade de que a devoção sincera supera a mera observância externa. Servem também como um lembrete sério de que cada geração de crentes enfrenta a escolha entre ouvir o SENHOR ou resistir às Suas instruções.

O povo de Deus é chamado a se posicionar em submissão e confiança, permitindo que Seus mandamentos moldem sua existência diária e os levem a encontrar pleno descanso em Sua provisão.

 

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