KJV

KJV

Click to Change

Return to Top

Return to Top

Printer Icon

Print

Prior Book Prior Section Back to Commentaries Author Bio & Contents Next Section Next Book
Cite Print
The Blue Letter Bible
Aa

The Bible Says
Jeremias 22:1-7 Explicação

Jeremias 22:1 abre esta seção com uma instrução direta de Deus ao profeta Jeremias: Assim diz o Senhor: " Desce à casa do rei de Judá e ali dize esta palavra" (v. 1). A localização da casa do rei de Judá (v. 1) aponta para o palácio real situado em Jerusalém, a capital do reino do sul, Judá. Jerusalém ergue-se sobre colinas na terra que outrora abrangia a tribo de Judá, historicamente significativa como a localização do templo e o centro do governo de Judá.

Jeremias, que profetizou de aproximadamente 627 a.C. até algum tempo depois da queda de Jerusalém em 586 a.C., recebe essa tarefa do SENHOR durante uma era turbulenta. Ele deve abordar a monarquia diretamente, demonstrando a gravidade das palavras que está prestes a proclamar. O rei no trono na época desta profecia é provavelmente Jeoaquim, que governou de 609 a.C. a 598 a.C., um período marcado por ameaças iminentes de conquista por parte de impérios estrangeiros.

A ordem de descer implica urgência e humilde obediência por parte de Jeremias, destacando a escolha soberana de Deus de enviar Seu profeta até mesmo à fortaleza do poder real. Este versículo inicial prepara o cenário para uma mensagem que exige responsabilidade daqueles que ocupam cargos de liderança, refletindo o padrão consistente de Deus em todas as Escrituras de convocar autoridades a praticar a justiça e a retidão, especialmente para com os vulneráveis.

Jeremias 22:2 estende o discurso a toda a casa real e a todos os que estão sob o domínio do rei: "e dize: Ouve a palavra do Senhor, ó rei de Judá, que te assentas no trono de Davi, tu, os teus servos e o teu povo que entras por estas portas" (v. 2). O uso da imagem do trono de Davi invoca o legado do Rei Davi (reinou aproximadamente de 1010 a.C. a 970 a.C.), o renomado monarca de Israel, para enfatizar que o rei atual faz parte de uma linhagem divina destinada a defender a aliança e os mandamentos de Deus.

Este versículo ressalta que tanto o rei quanto aqueles que o servem são responsáveis perante o SENHOR. Ao destacar você, seus servos e seu povo (v. 2), o profeta reconhece o amplo alcance da influência de um governante. As políticas promulgadas no topo afetam diretamente a vida dos cidadãos comuns que rotineiramente entram por esses portões em busca de justiça, segurança e orientação.

Em um contexto bíblico mais amplo, a referência ao trono de Davi ressoa com a expectativa do descendente final de Davi: o Messias (Romanos 1:3). O chamado para ouvir a palavra do SENHOR é paralelo às admoestações do Novo Testamento para dar ouvidos a Jesus Cristo, que cumpre perfeitamente o papel do Rei justo e atencioso (Lucas 1:32-33).

Jeremias 22:3 estabelece as diretrizes básicas de Deus para o rei e seu povo : Assim diz o Senhor: "Pratiquem a justiça e a retidão, e livrem o oprimido do poder do seu opressor. Não maltratem nem pratiquem violência contra o estrangeiro, nem contra o órfão, nem contra a viúva; e não derramem sangue inocente neste lugar" (v. 3). Justiça e retidão são princípios fundamentais no reino de Deus, refletindo Sua santidade e compaixão.

O SENHOR se concentra especificamente na defesa dos fracos e vulneráveis: o estrangeiro, o órfão e a viúva (v. 3). Esses grupos frequentemente ficavam sem proteção, e o coração de Deus se comove com a situação deles (Salmo 68:5). No Novo Testamento, essa preocupação se reflete na compaixão de Jesus pelos rejeitados e marginalizados (Mateus 25:35-36), demonstrando a consistência do amor de Deus em toda a Escritura.

Ao ordenar que nenhum sangue inocente seja derramado, o SENHOR exige uma estrutura social que defenda a vida e trate cada indivíduo com dignidade. Quando as nações seguem esse padrão, elas experimentam estabilidade e bênção. Quando os governantes o violam, enfrentam o julgamento devido ao dano infligido àqueles que ocupam um lugar especial na atenção de Deus.

O versículo seguinte oferece a promessa de prosperidade se a justiça for mantida: "Porque, se vós, de fato, fizerdes isto, então reis entrarão pelas portas desta casa, assentando-se no lugar de Davi , no seu trono, andando em carros e cavalos, sim, o próprio rei, os seus servos e o seu povo" (v. 4). A imagem de governantes entrando por essas portas e andando em carros e cavalos (v. 4) transmite prosperidade, poder e a continuidade da linhagem davídica.

Essa promessa conecta diretamente a obediência do rei à lei moral de Deus com a estabilidade duradoura de seu reinado. O bem-estar do povo também depende de uma liderança fiel. Em toda a Bíblia, a bênção da aliança depende da obediência, enfatizando o envolvimento pessoal de Deus nos assuntos das nações (Deuteronômio 28:1-2).

A referência ao lugar de Davi em seu trono repete o tema de que o rei é herdeiro de uma aliança sagrada. A monarquia não é apenas uma instituição política - ela possui um projeto divino que inclui integridade, misericórdia e adesão à palavra de Deus. Por mais tentador que fosse confiar apenas na força militar, Jeremias 22:4 esclarece que a raiz do sucesso reside na obediência à autoridade divina.

Jeremias 22:5 contrasta fortemente com a promessa anterior: " Mas se não obedecerem a estas palavras, juro por mim mesmo", declara o Senhor, "que esta casa se tornará em desolação" (v. 5). Deus, como autoridade suprema, sublinha a certeza do julgamento ao declarar: " Juro por mim mesmo". Esta é uma expressão solene e inquebrável, indicando que o destino da monarquia depende inteiramente de sua decisão de acatar ou ignorar os mandamentos de Deus.

Nos tempos antigos, uma casa que se tornasse desolada significava a ruína não apenas de um palácio físico, mas também do poder e prestígio de uma nação. Quando os líderes desconsideram a lei divina, a podridão social se enraíza, preparando o cenário para a catástrofe. Este aviso é consistente com a história de Deus de trazer correção ao Seu povo, como na queda do reino do norte de Israel pelas mãos da Assíria em 722 a.C.

Este versículo também prenuncia o cumprimento posterior das profecias relativas à queda de Jerusalém, ocorrida em 586 a.C. sob o domínio babilônico. O SENHOR agirá quando a injustiça persistente prevalecer, lembrando os crentes de todas as eras da importância de se alinharem aos Seus padrões de justiça (Gálatas 6:7-8).

O SENHOR pinta um quadro contrastante de beleza transformada em esterilidade em Jeremias 22:6: Pois assim diz o SENHOR acerca da casa do rei de Judá: "És para mim como Gileade, como o cume do Líbano; contudo, certamente farei de ti um deserto, como cidades desabitadas" (v. 6). Gileade era uma região fértil a leste do rio Jordão, conhecida por suas pastagens verdejantes e bálsamos curativos, enquanto o cume do Líbano era famoso por suas majestosas florestas de cedros.

A comparação do SENHOR ressalta o quanto a cidade real e seu palácio Lhe são queridos, tão valorizados quanto essas terras renomadas. No entanto, Ele adverte que esse lugar estimado se tornará um deserto (v. 6) se o povo abandonar Suas exigências, destacando a seriedade da relação de aliança entre Deus e Judá.

Ao ver esses locais - Gileade e Líbano - usados como metáforas, pode-se perceber a grandeza potencial que Judá poderia refletir sob um governo justo. No entanto, ignorar as instruções de Deus transforma o que é admirado em um deserto árido, revelando a rapidez com que as bênçãos podem desaparecer quando são tidas como certas.

Jeremias 22:7 traz uma conclusão séria para o aviso: "Porque eu separarei contra ti destruidores, cada um com as suas armas; eles cortarão os teus melhores cedros e os lançarão no fogo" (v. 7). Os cedros, um recurso valioso do Líbano, simbolizam a grandeza do reino. No entanto, aqui, o melhor de Judá enfrenta a destruição iminente por invasores designados pelo próprio Deus.

A ameaça de ser exterminado reforça que nenhuma segurança terrena é garantida quando uma nação despreza a instrução divina. Esses destruidores viriam de potências estrangeiras como a Babilônia, executando o julgamento do SENHOR em eventos históricos reais. Isso se concretizou em invasões sucessivas que culminaram na destruição do templo e do palácio real de Jerusalém.

Mesmo em meio a essa terrível profecia, o propósito oculto de Deus ainda pode emergir na restauração final, conforme prometido em Jeremias (Jeremias 31:31-34). A destruição nunca é a palavra final do SENHOR para aqueles que retornam a Ele. Ao longo das Escrituras, o julgamento frequentemente abre caminho para a redenção, apontando para Jesus Cristo, que abre a porta para a verdadeira restauração (João 3:17).

 

Jeremias 21:13-14 Explicação ← Prior Section
Jeremias 22:8-9 Explicação Next Section →
Isaías 7:1-2 Explicação ← Prior Book
Daniel 1:1 Explicação Next Book →
BLB Searches
Search the Bible
KJV
 [?]

Advanced Options

Other Searches

Multi-Verse Retrieval
KJV

Daily Devotionals

Blue Letter Bible offers several daily devotional readings in order to help you refocus on Christ and the Gospel of His peace and righteousness.

Daily Bible Reading Plans

Recognizing the value of consistent reflection upon the Word of God in order to refocus one's mind and heart upon Christ and His Gospel of peace, we provide several reading plans designed to cover the entire Bible in a year.

One-Year Plans

Two-Year Plan

CONTENT DISCLAIMER:

The Blue Letter Bible ministry and the BLB Institute hold to the historical, conservative Christian faith, which includes a firm belief in the inerrancy of Scripture. Since the text and audio content provided by BLB represent a range of evangelical traditions, all of the ideas and principles conveyed in the resource materials are not necessarily affirmed, in total, by this ministry.