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Jeremias 23:33-40 Explicação

Em Jeremias 23:33, o SENHOR antecipa que o povo e seus líderes espirituais indagarão sobre Sua mensagem: " Quando este povo, ou o profeta, ou um sacerdote, vos perguntar: Qual é a palavra do SENHOR? Então lhes dirás: Qual é a palavra? E o SENHOR diz: Eu vos abandonarei" (v. 33). A palavra "oráculo" normalmente significa um pronunciamento solene de Deus. Ao responder com " Que palavra?", o profeta é instruído a desafiar aqueles que se acostumaram tanto a ouvir mensagens do SENHOR que tratam Sua voz como uma curiosidade ou uma mercadoria. A severa advertência do SENHOR: " Eu vos abandonarei" revela o quão seriamente Ele leva o mau uso de Suas palavras e o desrespeito à Sua orientação.

No contexto mais amplo do ministério de Jeremias (ele profetizou por volta de 627-582 a.C.), o povo de Judá enfrentava o julgamento iminente que culminaria na destruição de Jerusalém. Muitos falsos profetas surgiram durante esse período, proclamando mensagens enganosas e mentiras reconfortantes. Jeremias foi encarregado de transmitir as advertências genuínas de Deus, o que o tornou impopular em sua época.

Quando o SENHOR diz: " Eu os abandonarei ", é uma declaração chocante para um povo que se presumia imune à ira divina. Eles esperavam oráculos de conforto, mas, em vez disso, Deus promete entregá-los às consequências de suas ações. A severidade dessa linguagem chama a atenção para as graves consequências de negligenciar ou deturpar a Palavra de Deus, que, segundo o Novo Testamento, encontra cumprimento final em Jesus, que é a Palavra viva (João 1:14).

Jeremias 23:24 destaca a responsabilidade pessoal: " Então, quanto ao profeta, ou ao sacerdote, ou ao povo que disser: 'Oráculo do SENHOR', eu castigarei esse homem e a sua casa" (v. 34). Seja alguém um profeta, um sacerdote ou uma pessoa comum, se alegar proferir um "oráculo do SENHOR" falsa ou levianamente, estará convidando o castigo de Deus. Isso coloca todos sob o mesmo padrão: a verdade de Deus não deve ser tratada descuidadamente, não importa quem a declare.

Historicamente, alguns sacerdotes e profetas alegavam ter recebido insights ou mensagens especiais de Deus para garantir sua própria popularidade ou ganho financeiro. Deus, no entanto, deixa claro que julgará cada indivíduo que explorar Seu nome. A frase " aquele homem e sua família" (v. 34) mostra que a disciplina de Deus pode se estender além do indivíduo, a todos os que estão sob sua influência, ressaltando o peso da liderança espiritual.

As advertências de Deus aqui desafiam todas as gerações a manusear Sua Palavra com humildade. Em toda a Escritura, aqueles que afirmam falar em nome de Deus devem fazê-lo fielmente (Tiago 3:1). Na época de Jeremias, as falsas mensagens tranquilizavam perigosamente as pessoas de que sua rebelião não teria consequências, contradizendo a verdadeira orientação que o SENHOR estava dando por meio do próprio Jeremias.

Em Jeremias 23:35, Deus oferece a maneira apropriada de indagar sobre Suas palavras : " Assim dirá cada um de vocês ao seu próximo e ao seu irmão: 'Que respondeu o Senhor?' ou: 'Que falou o Senhor?'" (v. 35). Em vez de presumir um grande "oráculo", o povo é lembrado de buscar uma resposta simples e direta do Senhor.

Deus está fazendo uma distinção entre humildade e presunção. No contexto dos dias de Jeremias, a linguagem religiosa havia se tornado um disfarce para a falsidade, dando aos falsos profetas influência indevida sobre o povo. Em contraste, a frase: " O que o Senhor disse?" (v. 35) promove a escuta genuína.

Essa abordagem é semelhante a um chamado para que cada crente teste os espíritos e confirme cuidadosamente se o que ouve está de acordo com as Escrituras e com os conselhos divinos (1 João 4:1). O foco aqui está na atitude do coração de buscar a orientação do SENHOR e não usar palavras proféticas como meras ferramentas para interesses pessoais.

Jeremias 23:36 declara uma consequência dolorosa: " Pois vocês não se lembrarão mais da palavra do Senhor, pois a palavra de cada um se tornará a palavra, e vocês torceram as palavras do Deus vivo, o Senhor dos Exércitos, o nosso Deus" (v. 36). O povo se esquece da verdadeira mensagem de Deus. Por terem repetidamente elevado suas próprias palavras acima das de Deus, seus corações estão endurecidos para a verdade.

A frase " vocês perverteram as palavras do Deus vivo" (v. 36) é uma acusação direta de distorção ou alteração da revelação de Deus. O Deus vivo é mais do que um conceito - Ele é ativo, justo e profundamente envolvido no mundo que criou. No entanto, Suas palavras foram maltratadas e manipuladas na época de Jeremias, causando confusão e cegueira espiritual.

Perverter as palavras de Deus é uma tentação atemporal. Em cada geração, surgem vozes que reinterpretam ou diluem as exigências das Escrituras. O chamado de Deus, ontem e hoje, é um retorno à Sua verdade inalterada. O próprio Jesus alertou contra a elevação das tradições humanas acima dos mandamentos de Deus (Mateus 15:3-9).

Jeremias 23:37 reitera o padrão adequado a seguir ao discernir qualquer mensagem profética: " Assim dirás àquele profeta: Que te respondeu o Senhor? E que falou o Senhor?" (v. 37). A investigação genuína concentra-se no que o Senhor realmente respondeu, não em especulações pessoais.

No contexto histórico, Jeremias foi praticamente o único a dizer a verdade; falsos profetas ofereceram promessas fáceis de paz. A destruição de Jerusalém em 586 a.C., sob o reinado do rei Nabucodonosor da Babilônia, confirmou a autenticidade das profecias de Jeremias e expôs a vacuidade das palavras dos falsos profetas.

Mesmo agora, os crentes são encorajados a perguntar sobre qualquer ensinamento: Isso está de acordo com as Escrituras? A pergunta não é meramente intelectual, mas relacional - " O que o Senhor falou?" (v. 37) implica que conhecemos a Deus e confiamos que Ele pode falar com clareza, e de fato fala.

Aqui, o SENHOR confronta diretamente o abuso do termo "oráculo": "Porque se disseres: 'Oráculo do SENHOR!', certamente assim diz o SENHOR: 'Porque disseste esta palavra: 'Oráculo do SENHOR!', também eu te enviei, dizendo: 'Não dirás: 'Oráculo do SENHOR!'"" (v. 38). Ao exclamar repetidamente, o povo assume a autoridade de suas próprias palavras, em vez de ouvir genuinamente a voz de Deus.

O mandamento de Deus: " Não dirás: 'A palavra do Senhor!'" (v. 38), ressalta que o uso indevido e contínuo dessa palavra pelo povo era ofensivo. Eles se escondiam atrás de jargões religiosos vazios, na esperança de ganhar a credibilidade de Deus sem se submeterem verdadeiramente à Sua mensagem.

Esta forte repreensão nos desafia a considerar contextos modernos em que indivíduos afirmam falar em nome de Deus para reforçar suas próprias opiniões. Em última análise, o desejo de Deus é a submissão humilde à Sua revelação genuína, e não a ostentação.

Aqui, o julgamento do SENHOR se intensifica: " Portanto, eis que certamente me esquecerei de vocês e os lançarei para longe da minha presença, juntamente com a cidade que dei a vocês e a seus pais" (v. 39). Ele se esquecerá daqueles que continuarem a perverter a Sua Palavra. Esta não é uma afirmação leviana; o esquecimento divino significa a retirada do favor, da orientação e da proteção de Deus.

A menção da cidade que [Deus] deu às gerações de Israel evoca Jerusalém, a querida capital de Judá, imersa em séculos de história da aliança. Ao longo de gerações, Deus demonstrou misericórdia e libertação a esta cidade. Agora, o flagrante desrespeito do povo aos Seus mandamentos leva à ruína da cidade e ao afastamento do cuidado vigilante de Deus.

Ser rejeitado da presença de Deus é um lembrete sério de que nosso relacionamento espiritual com Ele não pode ser considerado garantido. Mais tarde, Jesus ofereceu um caminho restaurado para a comunhão com Deus (Lucas 19:41-44), mas mesmo assim, é necessária uma fé genuína para permanecer na presença do SENHOR.

A passagem conclui com uma promessa aterrorizante de vergonha perpétua para aqueles que teimosamente persistem em usar o nome de Deus de forma inapropriada: " Porei sobre vocês um opróbrio eterno e uma humilhação eterna, que jamais será esquecida" (v. 40). Ao invocar o opróbrio eterno e a humilhação eterna (v. 40), o SENHOR indica que as consequências da rebelião não são passageiras nem leves.

Historicamente, essa reprovação foi visivelmente concretizada na derrota de Judá e no exílio na Babilônia. Seu orgulho nacional foi despedaçado; a cidade outrora gloriosa agora carregava o estigma do julgamento divino. No entanto, a esperança de redenção viria eventualmente, pois Deus também havia proclamado Seu plano para restaurar Seu povo em capítulos posteriores.

Jeremias 23:33-40 nos convoca a uma santa reverência pela comunicação de Deus. Quando minimizamos ou usamos mal o que Ele revelou, corremos o risco de nos isolar da própria vida e verdade que nos sustentam. À luz do Novo Testamento, é Cristo quem nos redime do exílio espiritual, mas somente se humildemente recebermos e permanecermos em Sua Palavra.

 

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