
Em Jeremias 26:10, vemos uma rápida reação dos líderes governantes da nação às palavras proféticas de Jeremias nos versículos anteriores: Quando os líderes de Judá ouviram essas coisas, subiram da casa do rei para a casa do SENHOR e sentaram-se à entrada da Porta Nova da casa do SENHOR (v. 10). Esses "líderes de Judá" eram provavelmente administradores de alto escalão na corte real, servindo sob o rei Jeoaquim (que reinou por volta de 609-598 a.C.). Ouvindo que Jeremias estava profetizando julgamento, eles se apressaram do palácio para o templo para tratar da situação, indicando a gravidade da mensagem e a necessidade urgente de manter a ordem entre o povo.
O local descrito aqui, a casa do rei, era o palácio real em Jerusalém, enquanto "a casa do SENHOR" era o templo construído pelo Rei Salomão por volta de 957 a.C. Jerusalém em si era uma cidade importante no reino do sul de Judá, escolhida pelo Rei Davi (que reinou aproximadamente entre 1010 e 970 a.C.) para ser o centro político e espiritual. A entrada para o Portão Novo era um dos importantes pontos de acesso ao templo, possivelmente reforçando a sensação de que audiências e julgamentos oficiais entre líderes religiosos e civis poderiam ocorrer ali.
Ao se sentarem no Portão Novo, os oficiais se posicionaram para julgar as palavras do profeta Jeremias, cujo ministério ocorreu entre aproximadamente 626 e 586 a.C. Durante seu chamado profético, Jeremias advertiu Judá repetidamente sobre as consequências de abandonar a Deus, frequentemente se colocando em desacordo com as instituições religiosas e nacionais estabelecidas. Esse momento serve para destacar a tensão entre a mensagem profética de arrependimento e a responsabilidade da liderança em manter a paz social.
Então, em Jeremias 26:11, os líderes religiosos declaram seu veredito sobre Jeremias: Então os sacerdotes e os profetas falaram aos oficiais e a todo o povo, dizendo: "Sentença de morte para este homem! Pois ele profetizou contra esta cidade, como ouvistes aos vossos ouvidos" (v. 11). A menção dos sacerdotes e dos profetas (v. 11) implica os indivíduos influentes em posição de autoridade religiosa que perceberam as proclamações de Jeremias não como orientação divina, mas sim como uma ameaça à estabilidade nacional. Seu pedido de sentença de morte revela a profundidade de sua hostilidade às suas palavras desafiadoras.
Embora os sacerdotes devessem interceder e guiar as pessoas na adoração, esses sacerdotes em particular concordavam com a visão popular de que profecias reconfortantes de paz eram preferíveis a repreensões confrontacionais de julgamento. Os profetas convocados, que favoreciam a corte e o status quo, juntaram-se a eles no apelo pela vida de Jeremias, destacando a facilidade com que líderes religiosos podiam se entrincheirar em estruturas de poder político. A cidade em questão é a própria Jerusalém, o coração da identidade e do orgulho de Judá. Profetizar contra ela era visto como um ato de traição por aqueles devotados à sua segurança contínua.
A exigência da pena de morte ressalta as terríveis consequências enfrentadas pelos mensageiros de Deus quando suas palavras desafiavam o poder vigente. No entanto, ao longo das Escrituras, profetas verdadeiros consistentemente transmitiram o conselho do SENHOR, mesmo que isso colocasse em risco sua segurança pessoal (Lucas 13:34). Jeremias, em uma longa linhagem de profetas que apontavam o povo de volta à fidelidade à aliança, é recebido aqui com condenação imediata, refletindo como a rejeição de verdades inconvenientes às vezes se sobrepunha ao chamado para se arrepender e seguir o SENHOR.
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
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