
Em Jeremias 3:15, Deus anuncia por meio do profeta Jeremias: " Então vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentarão com conhecimento e entendimento" (v. 15). Jeremias, que exerceu seu ministério profético por volta de 627-580 a.C., viveu em uma época de julgamento iminente, mas também fez promessas notáveis da liderança cuidadosa de Deus para com o Seu povo. Esses pastores não seriam meramente autoridades políticas ou mestres, mas líderes que refletem o coração compassivo de Deus. Tal promessa ecoa o conceito que Deus mais tarde cumpriria em Jesus, descrito como o Bom Pastor que cuida das Suas ovelhas (João 10:11). Significa verdadeira orientação fundamentada na sabedoria, ajudando o povo a obter um conhecimento mais profundo do SENHOR.
A passagem prossegue pintando um quadro de restauração, quando Deus diz: " Naqueles dias, quando vos multiplicardes e aumentardes na terra, nunca mais dirão: Arca da Aliança do Senhor. E dela não virá à memória, nem se lembrarão, nem sentirão falta, nem se fará outra vez" (v. 16). Na história de Israel, a arca da aliança simbolizava a presença de Deus. No entanto, aqui, Jeremias prevê um tempo em que o povo de Deus estará tão intimamente conectado com Ele que uma representação física de Sua presença não será mais necessária. Eles experimentarão a proximidade do Senhor de uma forma mais direta. Essa perspectiva fala de um relacionamento aprofundado, livre de artefatos do passado, livre do anseio emocional pelo que um dia foi, porque o próprio Deus habitaria entre eles de uma forma nova e transformadora.
O texto continua: " Naquele tempo chamarão Jerusalém de ‘Trono do SENHOR’, e todas as nações se reunirão a ela, a Jerusalém, em nome do SENHOR; nem andarão mais segundo a teimosia do seu coração maligno" (v. 17). Jerusalém, situada no alto das montanhas da antiga Judá, se tornaria o centro do reinado de Deus, não apenas para o povo judeu, mas para todas as nações. Na história bíblica, Jerusalém foi estabelecida como capital de Davi por volta de 1000 a.C. e, na época de Jeremias, era o centro religioso e cultural do reino de Judá. A influência global de Deus é retratada aqui, à medida que pessoas de todas as terras se afastam de buscas egoístas e vêm honrá-Lo. Ao se referir a Jerusalém como o trono do SENHOR, a profecia antecipa um dia futuro em que o mundo como um todo reconhecerá Sua realeza.
A promessa culmina com: " Naqueles dias, a casa de Judá caminhará com a casa de Israel, e eles se unirão da terra do norte para a terra que dei a seus pais como herança" (v. 18). Séculos antes, o reino havia se dividido em Israel ao norte e Judá ao sul (por volta de 930 a.C.). Essas duas nações frequentemente se encontravam em conflito. Jeremias prevê um tempo de unidade e restauração quando o povo retornar do exílio e as divisões se dissiparem. Essa reunificação sinaliza o plano de Deus de trazer harmonia ao Seu povo, reunindo-os como um só para habitar em segurança na herança originalmente dada a Abraão, Isaque e Jacó. Isso ressalta o tema bíblico mais amplo da reconciliação - uma adoração unificada sob um Rei da aliança.
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
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