KJV

KJV

Click to Change

Return to Top

Return to Top

Printer Icon

Print

Prior Book Prior Section Back to Commentaries Author Bio & Contents Next Section Next Book
Cite Print
The Blue Letter Bible
Aa

The Bible Says
Jeremias 32:1-5 Explicação

Em Jeremias 32:1, aprendemos que a mensagem de Deus chega durante um período de grande turbulência política: "A palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor, no décimo ano de Zedequias, rei de Judá, que era o décimo oitavo ano de Nabucodonosor" (v. 1). O rei Zedequias de Judá, que governou de aproximadamente 597 a 586 a.C., enfrentava grandes ameaças do Império Babilônico. Nabucodonosor, rei da Babilônia de cerca de 605 a 562 a.C., já havia consolidado seu domínio sobre grande parte do antigo Oriente Próximo. Este versículo prepara o terreno, situando a profecia de Jeremias naquele ano tumultuoso, quando o destino de Jerusalém e do reino do sul de Judá parecia selado.

O décimo ano de Zedequias (v. 1) corresponde a cerca de 587 a.C., próximo ao cerco final de Jerusalém. Essa foi uma época de temor na cidade, pois os exércitos da Babilônia se aproximavam cada vez mais. O papel de Jeremias como profeta em meio a esses eventos mostra que Deus não ignora o Seu povo nem os governantes que estão acima dele. O SENHOR continua a falar por meio do Seu profeta, mesmo quando os poderes terrenos parecem invencíveis.

Jeremias 32:1 nos lembra que as mensagens de Deus nunca estão no vácuo. Elas se dirigem a pessoas reais em lugares reais — Zedequias governando em Jerusalém, Nabucodonosor na Babilônia — e revelam a mão soberana de Deus sobre a história, mesmo quando o mundo parece caótico.

Em seguida, Jeremias 31:2 explica: "Naqueles dias, o exército do rei da Babilônia sitiava Jerusalém, e o profeta Jeremias estava recolhido no pátio da guarda, que ficava na casa do rei de Judá" (v. 2). A cidade de Jerusalém, situada na região montanhosa de Judá, era o centro político e espiritual do povo da aliança de Deus. Contudo, as forças da Babilônia a haviam cercado, cortando o abastecimento e sufocando a resistência.

Jeremias está confinado ao pátio da guarda (v. 2), localizado dentro dos terrenos do palácio. Embora esteja fisicamente restrito, a palavra do SENHOR não está aprisionada. A presença do profeta em uma área de detenção forçada ressalta a realidade de que vozes piedosas frequentemente encontram hostilidade por parte dos poderes mundanos. Também destaca o compromisso de Jeremias em comunicar a mensagem de Deus, mesmo a um grande custo pessoal.

Este versículo destaca o dramático choque entre os reinos terrenos e o reino da palavra de Deus. Enquanto Jerusalém desmorona sob o cerco e Jeremias definha no confinamento, o cenário está pronto para que o propósito de Deus se revele de acordo com o Seu plano maior. Nenhum tribunal de guarda pode aprisionar a verdade que o SENHOR fala por meio do Seu profeta.

Em Jeremias 32:3, encontramos a razão para o confinamento de Jeremias: porque Zedequias, rei de Judá, o havia prendido, dizendo: "Por que profetizas: 'Assim diz o Senhor: Eis que entregarei esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, e ele a tomará'?" (v. 3). Zedequias, ávido por notícias encorajadoras em vez de advertências de julgamento, irritou-se com a insistência do profeta de que Deus entregaria Jerusalém aos babilônios. Essa reação ilustra como os líderes às vezes rejeitam conselhos que não se conformam aos seus desejos.

A profecia de Jeremias não foi bem recebida por Zedequias porque contradizia as esperanças do rei de libertação. Quando a palavra de Deus confronta nossos planos, pode parecer ameaçadora. Contudo, Jeremias não vacila em seu chamado, mesmo que isso o tenha colocado em conflito aberto com o rei. Ao rejeitar a advertência divina, Zedequias se distancia da única voz que poderia tê-lo levado ao arrependimento e à possível misericórdia.

Este versículo também demonstra o compromisso de Jeremias com a verdade em detrimento do favor humano. Apesar de estar preso, Jeremias continua a proclamar que a cidade cairá. Dessa forma, o profeta exemplifica uma dedicação firme e inabalável à instrução do SENHOR, confiando que a vontade de Deus transcende qualquer influência terrena.

O versículo seguinte amplia a advertência: "'' e Zedequias, rei de Judá, não escapará das mãos dos caldeus, mas certamente será entregue nas mãos do rei da Babilônia. De fato, ele falará com ele face a face e o verá olho no olho''" (v. 4). Os babilônios, também conhecidos como caldeus, eram famosos por seu poder e determinação, tornando a profecia de conquista inescapável ainda mais terrível. Essas palavras confrontam as tentativas desesperadas de Zedequias de salvar seu reinado, reforçando que nem a astúcia pessoal nem o poderio militar podem se sobrepor ao decreto de Deus.

A expressão " encará-lo olho no olho" (v. 4) refere-se a um confronto forçado, no qual Zedequias precisa ficar diante de Nabucodonosor, reconhecendo dolorosamente a derrota. Isso representa um retrato sóbrio do orgulho diante de sua ruína. Apesar de todos os esforços de Zedequias, ele não consegue escapar do julgamento que Deus pronunciou.

Em um sentido bíblico mais amplo, Jeremias 32:4 prefigura a verdade de que todo joelho se dobrará perante o Rei supremo e que nenhum governante poderá resistir ao Senhor quando Ele determinar um resultado (Filipenses 2:9-11). Embora Zedequias rejeite claramente a mensagem de Jeremias, o ímpeto imparável do plano de Deus continua avançando.

Finalmente, ouvimos o ápice do decreto do SENHOR: “'' e ele levará Zedequias para a Babilônia, e ele ficará lá até que eu o visite', declara o SENHOR; 'se vocês lutarem contra os caldeus, não terão sucesso'” (v. 5). A menção da Babilônia, localizada na região do atual Iraque, às margens do rio Eufrates, ressalta não apenas uma mudança de localização, mas também o fim da independência de Judá. O destino final de Zedequias é o exílio, a remoção forçada da terra que Deus deu ao seu povo.

Esta declaração reflete a futilidade da resistência quando esta se opõe ao instrumento de julgamento escolhido por Deus. A advertência: " se lutardes contra os caldeus, não tereis sucesso" (v. 5) serve também como um princípio espiritual: os esforços humanos que contradizem a orientação de Deus inevitavelmente fracassam. As Escrituras frequentemente advertem que confiar na força humana em vez da direção divina leva à ruína (Isaías 31:1).

Contudo, uma sutil nota da soberania de Deus nas palavras "até que eu o visite" (v. 5). Mesmo no julgamento, o SENHOR mantém o poder de orquestrar os eventos segundo a Sua misericórdia e justiça. Essa visita pode sugerir um futuro acerto de contas com Zedequias, lembrando-nos de que nossos destinos permanecem nas mãos de Deus, tanto em tempos de crise quanto em tempos de paz.

 

Jeremias 31:15-20 Explicação ← Prior Section
Jeremias 32:6-8 Explicação Next Section →
Isaías 7:1-2 Explicação ← Prior Book
Daniel 1:1 Explicação Next Book →
BLB Searches
Search the Bible
KJV
 [?]

Advanced Options

Other Searches

Multi-Verse Retrieval
KJV

Daily Devotionals

Blue Letter Bible offers several daily devotional readings in order to help you refocus on Christ and the Gospel of His peace and righteousness.

Daily Bible Reading Plans

Recognizing the value of consistent reflection upon the Word of God in order to refocus one's mind and heart upon Christ and His Gospel of peace, we provide several reading plans designed to cover the entire Bible in a year.

One-Year Plans

Two-Year Plan

CONTENT DISCLAIMER:

The Blue Letter Bible ministry and the BLB Institute hold to the historical, conservative Christian faith, which includes a firm belief in the inerrancy of Scripture. Since the text and audio content provided by BLB represent a range of evangelical traditions, all of the ideas and principles conveyed in the resource materials are not necessarily affirmed, in total, by this ministry.