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Jeremias 31:15-20 Explicação

Jeremias 31:15 estabelece um tom de luto profundo ao evocar a imagem de Ramá, uma cidade tradicionalmente identificada a cerca de oito quilômetros ao norte de Jerusalém, no território de Benjamim: Assim diz o Senhor: "Uma voz se ouve em Ramá, lamentação e choro amargo. Raquel chora por seus filhos; recusa-se a ser consolada por seus filhos, porque já não existem" (v. 15). Ramá é um lugar que teria sido conhecido pela reunião ou deportação de cativos. Ao destacar Ramá, este lamento evoca uma tristeza coletiva pela nação, como se a angústia da separação e do exílio estivesse em seu auge.

O profeta evoca Raquel chorando por seus filhos (v. 15). Raquel, que viveu por volta do século XVII a.C., foi uma das matriarcas das doze tribos de Israel, esposa amada de Jacó e mãe de José e Benjamim (Gênesis 35:24). Vista aqui, sua dor simboliza a dor de um povo que acredita ter seu futuro destruído. Essa imagem foi posteriormente referenciada no Novo Testamento, quando a atrocidade de Herodes ao matar crianças cumpriu o que Jeremias havia predito (Mateus 2:17-18).

A recusa em ser consolado ressalta a profunda profundidade dessa dor. Lembra-nos que a perda causada pelo pecado, pelo exílio e pela opressão não é facilmente consolada. Tal intensidade de choro transmite a extensa devastação que resulta quando o povo da aliança de Deus negligencia os Seus caminhos e se depara com consequências terríveis que parecem irreversíveis.

Após uma terrível demonstração de angústia, o SENHOR profere palavras de conforto: Assim diz o SENHOR: "Reprime a tua voz do choro e as lágrimas dos teus olhos, porque a tua obra será recompensada", declara o SENHOR, "e eles voltarão da terra do inimigo" (v. 16). A instrução imediata para conter as lágrimas não é para descartar a tristeza legítima, mas para oferecer esperança de que essa perda devastadora não será permanente. Embora o luto seja justificado, a voz de Deus intervém com a promessa de que alívio e restauração estão por vir.

A certeza de que seu trabalho será recompensado (v. 16) ressalta o caráter fiel de Deus. Embora o povo enfrente a disciplina, a graça redentora do SENHOR está sempre próxima. Essa promessa representa um ponto de virada crucial, indicando que seus esforços para retornar a Ele, arrepender-se e perseverar não serão ignorados. Há uma expectativa brilhante de que o cativeiro chegará ao fim e as crianças perdidas - representando as gerações futuras - serão trazidas de volta.

A menção de um retorno da terra do inimigo (v. 16) ilustra o tema bíblico da redenção da escravidão. Ao longo da história de Israel, Deus os resgatou diversas vezes, apontando para a libertação final encontrada em Cristo (João 8:36). Aqui, o processo de exílio os refina, mas não sinaliza o abandono de Deus. Em vez disso, demonstra Seu compromisso em corrigir e, por fim, trazer Seu povo de volta para casa.

Em Jeremias 31:17, a promessa se torna ainda mais específica e pessoal: " E há esperança para o seu futuro", declara o Senhor, "e os seus filhos retornarão à sua terra" (v. 17). O versículo destaca que os planos de Deus são trazer de volta não apenas o povo, mas também as gerações futuras, à sua herança legítima. Esta é uma mensagem direta a uma nação que acreditava que o exílio significava perder a bênção de Deus.

A palavra esperança quebra o feitiço de melancolia estabelecido anteriormente, reforçando que Deus nunca age arbitrariamente ou em contradição com Suas promessas da aliança. Embora o cativeiro e as lágrimas possam dominar o presente, o Todo-Poderoso tem o poder de estabelecer um amanhã baseado na restauração. Seus filhos, que poderiam ter sido arrancados e levados, habitarão novamente na terra prometida aos patriarcas.

Essa mudança em direção à esperança ressoa com outras garantias bíblicas de que o desespero nunca é a palavra final para aqueles que confiam no SENHOR (Romanos 15:13). Embora o caminho para a renovação possa ser doloroso, é um lembrete de que o Deus de Israel trabalha consistentemente em direção à redenção.

Em Jeremias 31:18, Efraim simboliza o reino do norte de Israel: " Ouvi Efraim lamentar-se, dizendo: 'Tu me castigaste, e fui castigado, como um bezerro indomado; traze-me de volta, para que eu seja restaurado, pois tu és o Senhor, meu Deus'" (v. 18). A confissão sincera do povo demonstra seu reconhecimento da correção divina. A metáfora do bezerro indomado pode transmitir teimosia, obstinação ou imaturidade que exigem disciplina.

Expressando arrependimento, Efraim clama para ser trazido de volta e restaurado. Este apelo é significativo, pois demonstra a prontidão para abraçar a autoridade de Deus e não mais resistir à Sua orientação. O castigo pode ser doloroso, mas é entendido como necessário para purificar e instruir a nação outrora rebelde.

Quando o povo de Deus humildemente Lhe pede que os traga de volta, isso ilumina o caminho para a redenção: arrependimento genuíno e confiança na misericórdia do SENHOR. A reconstrução do relacionamento com Deus começa quando o coração reconhece Sua soberania e abraça Sua correção com confiança, antecipando que a disciplina produzirá uma colheita de fé renovada.

Jeremias 31:19 prossegue a confissão de Efraim, mostrando a profundidade do arrependimento honesto: " Pois, depois que me converti, arrependi-me; e, depois que fui instruído, bati na minha coxa; fiquei envergonhado e também humilhado, porque carreguei o opróbrio da minha mocidade" (v. 19). Bater na própria coxa indica remorso e tristeza que não podem ser escondidos. O verdadeiro arrependimento é visto na combinação de voltar -se para Deus e sentir vergonha pelas transgressões passadas.

A menção à reprovação da juventude sugere um padrão de erro de longa data. Reflete como o pecado não corrigido pode se acumular ao longo do tempo, criando um fardo pesado. No entanto, nesta confissão, retornar a Deus e encarar as lições que Ele ensina torna-se a chave para desmantelar a vergonha que antes governava sua identidade.

O perdão de Deus não ignora a transgressão, mas transforma o coração arrependido. A humilhação descrita aqui não visa esmagar; ao contrário, é um sinal de um espírito quebrantado e contrito que Deus não desprezará (Salmo 51:17). O arrependimento precedido por uma reflexão honesta estabelece a base para um futuro restaurado.

No versículo culminante desta seção, o SENHOR revela Sua terna afeição paternal por Efraim, o filho rebelde: " Efraim é meu filho querido? É um menino encantador? De fato, quantas vezes falei contra ele, ainda me lembro dele; por isso o meu coração se comove por ele; certamente terei misericórdia dele", declara o SENHOR (v. 20). Mesmo que a repreensão fosse necessária, o coração de Deus permanece alinhado com a misericórdia, demonstrando Seu duradouro amor de aliança.

As perguntas retóricas - " Efraim é meu filho querido? É uma criança encantadora?" (v. 20) - destacam que, apesar da rebelião passada, o vínculo entre Deus e Seu povo permanece inquebrável. Este tema de compaixão divina inabalável ecoa a descrição que Jesus faz do filho pródigo, onde um filho arrependido é acolhido e perdoado (Lucas 15:20-24).

As confissões de Deus de se lembrar de Efraim e de ansiar por ele confirmam Sua inclinação para resgatar e restaurar, em vez de descartar. Enquanto a justiça exige correção, o amor impele o Pai a acolher de volta todos os que sinceramente se voltam para Ele. Isso constitui um profundo testemunho da certeza de que o arrependimento recebido com graça leva à restauração genuína na presença do SENHOR.

 

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