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Jeremias 5:20-29 Explicação

Jeremias, que profetizou de cerca de 626 a.C. até pelo menos a queda de Jerusalém em 586 a.C., é instruído a levar uma mensagem aos descendentes de Jacó, o patriarca que viveu por volta do início do segundo milênio a.C. O SENHOR comunicou por meio de Jeremias que há esperança para um remanescente de Israel sobreviver à punição da destruição babilônica em Jeremias 5:18. No versículo 20, o SENHOR então ordena que outra mensagem seja transmitida ao Seu povo : " Declara isto na casa de Jacó e proclama-o em Judá, dizendo..." (v. 20). A frase "casa de Jacó" fala à família mais ampla de Israel, enquanto "Judá" denota o reino do sul do povo escolhido de Deus, uma terra centralizada em torno de Jerusalém. Mesmo quando o profeta se dirige a toda a comunidade, o foco está em alertá-los do julgamento vindouro se eles não atenderem ao chamado divino.

Nesse momento, Deus ordena a Jeremias que proclame um desafio tanto ao núcleo político quanto religioso da nação. Eles se desviaram da justiça que lhes fora ensinada, desconsiderando a aliança vinculada à linhagem de Jacó (Gênesis 28:10-15). Na época de Jeremias, Judá estava sob ameaça de poderes externos, mas o verdadeiro perigo era a negligência espiritual da nação. Ao ordenar a Jeremias que "declarasse isso", Deus garantiu que o povo não pudesse fingir ignorância sobre o que estava prestes a acontecer.

O SENHOR aponta a cegueira espiritual e a surdez de Judá para a verdade: " Agora, ouvi isto, ó povo insensato e insensato, que tendes olhos, mas não vedes; que tendes ouvidos, mas não ouvis" (v. 21). Embora possuam a capacidade de ver e ouvir, eles escolhem ignorar os mandamentos de Deus. Isso ecoa temas encontrados em toda a Escritura, onde aqueles que se recusam a perceber a verdade divina são comparados àqueles que rejeitam voluntariamente o óbvio (Marcos 8:18).

A descrição de um "povo insensato e insensato" expõe a realidade de que a compreensão espiritual requer humildade e obediência. Se o povo apenas abrisse os olhos para os padrões morais de Deus e ouvisse Suas instruções, encontraria bênçãos. Em vez disso, sua apatia e teimosia os levam a um caminho de julgamento. Jeremias, que vive em uma época de declínio moral em Judá, exorta continuamente sua nação a reconhecer seus erros.

Em Jeremias 5:22, o SENHOR pressiona o povo a se lembrar de Seu poder soberano demonstrado na criação: " Vocês não me temem?", declara o SENHOR. "Vocês não tremem diante de mim? Pois estabeleci a areia como limite para o mar, um decreto eterno, de modo que ele não pode transpô-lo. Ainda que as ondas se levantem, elas não prevalecerão; ainda que rujam, elas não poderão transpô-lo" (v. 22). Sua falta de temor ao SENHOR, que estabeleceu os limites da natureza, é ilógica e um sinal de seus corações endurecidos. O povo toma tudo como certo e é cego ao poder da criação ao seu redor. Deus parece estar conectando essa ignorância à desobediência deles. Se pudessem ver o que está claramente diante deles na beleza e grandiosidade de Sua areia e mar, poderiam entender Sua ordem e O obedecer.

O estabelecimento da areia como limite para o mar por Deus também simboliza tanto Seu controle quanto Seu cuidado benevolente. A criação Lhe obedece, mas Seu povo se recusou. Isso representa uma repreensão à atual condição espiritual de Judá. Se até mesmo as ondas rugidoras cedem aos limites estabelecidos por Deus, a nação também deve reconhecer Sua autoridade. Jeremias 5:22 reflete um padrão bíblico mais amplo, onde o poder de Deus sobre a natureza convoca a humanidade à humilde reverência (Jó 38:8-11).

No versículo seguinte, o SENHOR repete a traição do seu povo: " Mas este povo é de coração obstinado e rebelde; desviaram-se e foram-se embora" (v. 23). A linguagem esclarece a raiz do problema: uma atitude interior que rejeita o reinado legítimo de Deus. Embora exteriormente pertençam à aliança, seus corações se afastaram da instrução de Deus, afastando-se efetivamente do caminho da obediência.

A teimosia de Judá os leva a resistir à correção. Historicamente, Judá viu repetidamente a libertação de Deus dos inimigos e intervenções milagrosas, mas cada período de fidelidade era frequentemente seguido por uma regressão à rebelião. Jeremias observa que eles decidiram firmemente abandonar a fonte de suas bênçãos, revelando um ciclo de infidelidade que se repete através das gerações.

Jeremias 5:24 continua a descrição de seus corações endurecidos: "Eles não dizem em seu coração: 'Agora, temamos ao Senhor, nosso Deus, que dá chuva no seu tempo, tanto a chuva de outono como a chuva de primavera, e que nos guarda as semanas determinadas da colheita'" (v. 24). O profeta destaca que o povo falha em reconhecer até mesmo a mais simples provisão de Deus - chuva e estações frutíferas. O Israel bíblico dependia das chuvas de outono e primavera para uma colheita bem-sucedida, o que significa que seu bem-estar dependia do favor de Deus.

As “semanas designadas da colheita” referem-se aos ciclos agrários que alimentavam a vida na antiga Judá, especialmente nas regiões que dependiam fortemente da agricultura de sequeiro. A falha em honrar a Deus por essas bênçãos significa uma pobreza espiritual mais profunda, mostrando que, embora recebam sustento com alegria, não honram nem reverenciam o Doador de todas as coisas boas (Atos 14:17).

No versículo 25, Deus deixa claro que a escassez que eles vivenciam está diretamente ligada às suas ações pecaminosas: " As vossas iniquidades desviaram estas coisas, e os vossos pecados retiraram de vós o bem" (v. 25). A rebelião coletiva do povo resultou na retenção de bênçãos, expondo como a degradação moral impacta até mesmo os recursos físicos.

Este princípio ecoa em todos os profetas: a desobediência leva à disciplina, enquanto o arrependimento honesto leva à restauração. Deus havia prometido prosperidade sob a fidelidade à aliança, mas agora as iniquidades destruíram dolorosamente a segurança da nação. Jeremias, servindo durante um dos períodos mais turbulentos de Judá, alerta que as consequências espirituais se propagam para além do indivíduo, buscando persuadir o coração coletivo da nação.

Deus lamenta a injustiça generalizada encontrada na sociedade em Jeremias 5:26: " Pois homens ímpios se acham entre o meu povo; eles espreitam como caçadores de passarinhos; armam armadilhas e apanham homens" (v. 26). Como caçadores de passarinhos que capturam pássaros desavisados, certos homens ímpios atacam os inocentes. Esses homens persistem em subverter os padrões de justiça e amor de Deus para com o próximo.

A referência aos caçadores de pássaros comunica furtividade e astúcia, usadas para explorar a presa. Em vez de demonstrar compaixão, esses corruptores planejam o mal. As Escrituras condenam consistentemente esse tipo de comportamento predatório (Isaías 10:1-2). O resultado é uma sociedade em desintegração, onde a confiança se esvai e os vulneráveis sofrem.

A imagem se intensifica, ilustrando essas casas como gaiolas repletas de ganhos ilícitos: "Como uma gaiola cheia de pássaros, assim as suas casas estão cheias de engano; por isso se tornaram grandes e ricos" (v. 27). Tal riqueza não provém do trabalho honesto ou da bondade, mas sim do engano e da exploração. Jeremias observou em primeira mão como uma classe alta às vezes acumulava riqueza por meios injustos.

Para Deus, esse tipo de prosperidade não é abençoado nem seguro. A "gaiola cheia de pássaros" transmite tanto a astúcia quanto a enorme quantidade de transgressões. Jeremias 5:27 soa como um aviso de que o sucesso exterior, obtido por meio de engano, permanece sob o escrutínio divino. Jesus também enfatizou que a abundância mundana, adquirida injustamente, incorre na responsabilidade divina (Lucas 12:15-21).

Esta declaração vívida em Jeremias 5:28 captura o quão confortáveis e autoindulgentes eles se tornaram, contrastando sua vida opulenta com o completo descaso pelos necessitados: " Eles são gordos, são elegantes, e se destacam em atos de maldade; não pleiteiam a causa do órfão, para que prosperem; e não defendem os direitos dos pobres" (v. 28). Os órfãos e os pobres eram os mais vulneráveis na antiga Judá, e negligenciá-los violava a lei de Deus (Deuteronômio 24:17).

Aos olhos do Todo-Poderoso, cuidar dos indefesos é uma evidência essencial de fé genuína (Tiago 1:27). No entanto, os líderes de Judá fazem vista grossa, reforçando que seus corações estão longe de Deus. Seus "atos de maldade" envolvem opressão sistemática, uma traição aos valores da aliança que deveriam refletir a compaixão divina.

Para encerrar esta passagem, o SENHOR faz uma pergunta retórica que ressalta Seu caráter justo: " Não castigarei este povo?", declara o SENHOR. "De uma nação como esta não me vingarei?" (v. 29). Sua natureza exige justiça e correção do mal, especialmente quando a sociedade falha em regular suas próprias iniquidades. A justiça de Deus não é arbitrária; ela se fundamenta em Sua santidade e em Sua preocupação com os aflitos.

A declaração reflete o tema mais amplo dos profetas: a paciência de Deus é longânima, mas não sem justiça. Por fim, chega o tempo do julgamento se o povo se recusar a se arrepender. Jeremias 5:20-29 encontra eco em revelações posteriores de reabilitação e restauração, culminando no chamado de Cristo ao arrependimento e à justiça. O caráter de Deus permanece o mesmo, ansiando por restauração e, ao mesmo tempo, garantindo que o mal não fique sem solução.

 

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