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Miquéias 5:7-9 Explicação

Miquéias agora muda seu foco em Miquéias 5:7-9 quanto ao que acontecerá como resultado do estabelecimento do governo do Messias no futuro. Depois que o Messias eliminar os inimigos de Israel (Miquéias 5:2-5), o resto de Jacó estará no meio de muitos povos (v. 7). O nome de Jacó foi mudado para Israel, e ele foi o pai de doze filhos que se tornaram as doze tribos de Israel. O resto de Jacó se refere aos judeus que vivem nos últimos dias (Miquéias 2:12, 4:7). O resto se refere àqueles que são crentes no SENHOR que sobreviveram aos julgamentos do SENHOR (Isaías 10:20, Romanos 11:4-5).

Eles viverão pacificamente entre muitos povos no mundo. Este remanescente terá dois grandes impactos no mundo. Primeiro, eles serão uma bênção enorme: Orvalho da parte de Jeová, como chuviscos sobre a erva. Orvalho é frequentemente uma referência às bênçãos do SENHOR (Salmo 133:3; Provérbios 19:12). Isso significa que eles serão uma fonte de nutrição espiritual e refrigério para os povos ao redor deles, como chuva ou orvalho são para a vegetação.

A origem do orvalho e das chuvas, porém, é o SENHOR. Os humanos não têm controle sobre quando o orvalho e as chuvas ocorrem - somente o SENHOR tem. Assim, o SENHOR fará com que o remanescente de Jacó viva entre as nações e seja Seu presente para elas. Como a chuva, aqueles do remanescente que não se demora para o homem, nem espera pelos filhos dos homens. Eles não estão esperando por permissão, o remanescente é proativo em fornecer bênçãos para aqueles ao seu redor.

O segundo resultado será que O resto de Jacó estará entre as nações (v. 8). Em vez de ser refrescante no versículo 7 Entre muitos povos, eles serão como um leão entre os animais do bosque. Como um leão governando sobre os animais que vivem em uma floresta, o resto governará as nações (em vez do contrário). O reino messiânico de Jesus governará em Israel (Miquéias 5:2), bem como reinará “até os confins da terra” (Miquéias 5:4).

A maneira como essas duas declarações podem ser vistas em harmonia é ver o governo dos “leões” como sendo um reinado de líderes servos que proativamente fornecem o benefício da “chuva” sobre aqueles a quem servem. Durante Sua primeira vinda à Terra, Jesus disse que não veio para ser servido, mas para servir (Mateus 20:28).

A disposição de Jesus em servir e “dar a sua vida em resgate por muitos” o qualificou para ser feito governante sobre todas as coisas (Filipenses 2:8-9). Jesus governará com uma “vara de ferro”, mas governará junto com os crentes que vencerem de uma maneira que encha a terra com completa harmonia, ou justiça (Apocalipse 2:26-27, 2 Pedro 3:13).

É significativo que o leão seja mencionado aqui. Os faraós egípcios eram retratados como leões. Na época de Miquéias, os reis assírios pensavam em si mesmos como leões. O leão era um símbolo de autoridade absoluta que não podia ser desafiada. No entanto, diferentemente dos tiranos que esmagaram e oprimiram as nações vizinhas, o resto governante abençoará as nações vizinhas, como chuva sobre a vegetação.

O resto de Jacó terá poder irresistível para proteger contra seus adversários: Como um leão novo entre os rebanhos das ovelhas. Um rebanho de ovelhas é completamente indefeso contra um leão em seu meio. Assim será com os governantes remanescentes entre os adversários de Deus e de Israel.

O poder deles será como o dos leões entre os rebanhos de ovelhas, que quando se passar, pisa aos pés e despedaça, e não há quem os livre. A capacidade do resto de governar será incontestável, não haverá ninguém para resgatar qualquer inimigo que eles designarem para derrotar. Então a imagem é de uma capacidade absoluta de governar, mas com cuidado e benevolência para com os súditos que estão sendo governados.

Essa imagem significa que o remanescente governará em justiça e retidão, mas com um poder que é irresistível. Isso é referido em outro lugar como governar com uma “vara de ferro” (Apocalipse 2:27, 12:5, 19:15). Aqueles a quem Jesus dá poder para reinar no mundo serão invencíveis e irresistíveis e verão o triunfo completo no mundo futuro (Apocalipse 5:10, 20:4).

A transformação do resto de Jacó de oprimido pelas nações ao redor para dominante sobre elas é puramente obra do SENHOR. É o cumprimento do desígnio de Deus para Israel (Êxodo 19:6, Deuteronômio 28:13). Esta promessa pode incluir crentes do Novo Testamento que são vencedores, por duas razões:

• Os crentes do Novo Testamento são enxertados na oliveira espiritual que é Israel e são filhos espirituais de Abraão (Romanos 11:17, Gálatas 3:7)
• Jesus prometeu a todos os que vencerem que compartilharão Seu trono com Ele (Apocalipse 3:21)

No entanto, haverá diferentes eras do reinado de Jesus. Uma será na Terra atual e uma será na Nova Terra (Apocalipse 20:4). Então também é possível que os gentios sejam incluídos apenas para reinar na Nova Terra.

Então, Miquéias proclamou que a mão do Governante/Messias seria levantada contra Seus adversários (v. 9). Levantar a mão era um símbolo de poder (Isaías 28:2; Amós 7:7; Habacuque 3:4; Mateus 8:3), e Miquéias profetizou que o Governante/Messias usaria Seu poder para garantir que todos os Seus

E sejam exterminados todos os teus inimigos. (v 9).

Esta promessa de vitória final para Israel foi dada para confortar os judeus que estavam diante de uma iminente invasão e exílio babilônico (Miquéias 3:12, 4:10). No entanto, o lapso de tempo entre os dois é de muitos séculos. O cumprimento desta profecia da restauração de Israel ainda está no futuro no momento em que este texto foi escrito.