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The Blue Letter Bible
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Salmo 48:4-8 Explicação

O Salmo 48:4-8 proclama: Pois eis que os reis se ajuntaram; juntos marcharam (v. 4), aqui temos a imagem de múltiplos governantes se unindo para contemplar a glória da cidade de Deus. Esse ato de se reunirem representa os poderes do mundo lado a lado, apenas para perceberem que a presença do Todo-Poderoso supera sua autoridade. Eles se reúnem, certos de sua própria força, mas rapidamente descobrem um reino governado por Alguém maior do que qualquer trono terreno. Como pessoas entrando em um lugar que não compreendem, esses reis "passam" em reverência, forçados a confrontar o fato de que seu poder é ofuscado pelo esplendor de Deus.

No contexto histórico, Jerusalém simboliza a morada de Deus entre o Seu povo escolhido no antigo Oriente Próximo. Localizada no sul do Levante, Jerusalém erguia-se num planalto acidentado nas montanhas da Judeia. Ao longo da história de Israel (a partir de aproximadamente o século X a.C.), sua importância espiritual e nacional fez com que outras nações poderosas frequentemente buscassem controlá-la. Aqui, o salmo nos lembra que, mesmo quando os líderes mundiais se unem, eles empalidecem em comparação com a presença e proteção constantes de Deus.

Espiritualmente, este versículo ressoa com o ensinamento posterior de Jesus de que a autoridade de Deus é preeminente sobre o domínio mundano. Assim como os reis foram detidos nos dias do salmista, a ressurreição de Cristo provou que nenhum poder mortal poderia conquistar o reino eterno de Deus (1 Coríntios 15:54-57). Os governantes terrenos podem reunir suas forças, mas inevitavelmente encontrarão o poder invencível do Senhor.

Continuando a cena, Eles viram, ficaram então assombrados; ficaram conturbados, apressaram-se em fugir (v. 5), vemos a dramática mudança da confiança para o medo. Diante da fortaleza de Deus, a bravata desses reis se transforma em pânico. Seus corações falham ao testemunharem em primeira mão que a fortaleza de Deus não é uma cidade comum. O contraste gritante entre o poder mortal e a força divina os faz fugir às pressas.

Repetidamente, nas Escrituras, os inimigos de Deus se deparam com um temor que os domina quando confrontados com a realidade da grandeza de Deus (Josué 2:9-11). Na história de Israel, alianças e nações rivais viriam a testar a determinação de Jerusalém. Contudo, cada tentativa de derrubar esta cidade sagrada era sustentada pela constatação de que Deus era considerado seu verdadeiro defensor.

Tal temor também pode nos apontar para o Novo Testamento, onde a revelação do senhorio de Cristo pode fazer tremer os adversários espirituais (Tiago 2:19). Quando os reinos deste mundo contemplam o Rei dos reis, todo argumento orgulhoso é derrubado. O salmo testemunha que qualquer poder fora do plano de Deus acaba sendo destruído por Sua presença inabalável.

O salmista intensifica esse momento de incredulidade, afirmando: Ali, se apoderou deles o tremor, dores, como as duma mulher que está de parto (v. 6). A dor do parto é uma metáfora bíblica recorrente que significa profunda angústia e intensidade. Quando os reis percebem a plena extensão da soberania de Deus, são tomados por uma intensa turbulência semelhante às dores do parto — imediata, avassaladora e impossível de ignorar.

Historicamente, as forças invasoras esperavam conquistar cidades com relativa facilidade, muitas vezes planejando suas campanhas com precisão calculada. Mas encontrar a cidade onde o nome de Deus habita interrompe seu ritmo calculado. Seu ataque organizado desmorona sob o peso emocional e espiritual de confrontar o próprio Senhor.

De uma perspectiva de fé, este versículo pode prefigurar a chegada do reino do Messias, onde os velhos costumes do mundo se contorcem em convulsão diante do nascimento da nova aliança de Deus (Romanos 8:22). As tentativas da humanidade de se autogovernar encontram a força irresistível do Criador, fazendo com que cada desafio recue como uma dolorosa contração que anuncia o desenrolar do plano de Deus.

Numa mudança vívida de imagens, o salmista declara: Com um vento oriental, quebras as naus de Társis (v. 7). Társis, geograficamente considerada por muitos como estando localizada na região do atual sul da Espanha, era conhecida por sua força marítima e longas rotas comerciais. Este versículo sugere que nem mesmo o poderio marítimo de lugares distantes pode resistir quando Deus envia Seu vento impetuoso do leste, uma direção frequentemente associada a julgamento rápido (Êxodo 14:21).

Ao longo da história de Israel, as frotas estrangeiras representaram tanto o comércio quanto uma potencial ameaça militar. Ao descrever sua destruição por um vento poderoso, o salmista destaca uma queda rápida e divinamente orquestrada de potências distantes que ousassem resistir a Deus. Nem exércitos terrestres nem marinhas formidáveis podem escapar do alcance do Criador.

Espiritualmente, os crentes podem ver paralelos com Cristo acalmando a tempestade e comandando os ventos (Marcos 4:39). Nem mesmo os poderosos navios nos mares resistem a um único sopro do Senhor. Isso ressalta que toda a criação segue o Seu comando, e o poder mundano, por mais impressionante que seja, sucumbe ao Seu decreto proferido.

O salmo culmina em uma declaração resoluta: Como temos ouvido, assim vimos na cidade de Jeová dos Exércitos, na cidade de nosso Deus. Deus a estabelecerá para sempre. (Selá) (v. 8). O que antes era ensinado oralmente agora é comprovado pela experiência. Gerações de israelitas ouviram falar dos poderosos feitos de Deus, mas agora os contemplam em primeira mão em Jerusalém — Seu santuário escolhido.

Fundada séculos atrás sob o reinado de Davi (1010-970 a.C.) e ampliada por Salomão, a cidade se destaca por pertencer ao Deus dos exércitos. A tradição bíblica afirma consistentemente que a presença de Deus é estável e inabalável. Essa certeza inspira o Seu povo de todas as épocas, pois o compromisso do Senhor se estende além dos muros da cidade, alcançando os corações daqueles que Nele confiam.

Em última análise, este versículo desperta esperança, apontando para a nova cidade celestial descrita no livro do Apocalipse (Apocalipse 21:2). A promessa de que Deus estabelecerá a Sua cidade para sempre se cumpre à medida que essas prefigurações terrenas dão lugar ao reino eterno, assegurado pelo sacrifício e ressurreição de Jesus, o Messias. Jerusalém serve, portanto, como um lembrete tangível da promessa inabalável de Deus de estar com o Seu povo para sempre.

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