
Quando o Salmo 58:10-11 proclama: Alegrar-se-á o justo, quando vir a vingança: Lavará os seus pés no sangue do iníquo (v. 10), transmite uma poderosa imagem da justiça divina que traz alegria àqueles que defendem a retidão. Longe de defender que os crentes busquem a violência, este versículo reflete a profunda convicção do salmista de que, quando Deus fizer justiça, as pessoas íntegras celebrarão os Seus justos julgamentos. A descrição vívida de ter os pés no sangue dos ímpios simboliza a vitória completa sobre as forças do mal que atormentaram os inocentes.
No contexto geral do Salmo 58, tradicionalmente atribuído a Davi (que reinou como Rei de Israel de cerca de 1010 a.C. a 970 a.C.), a passagem examina o problema dos governantes injustos e assegura que Deus, em última instância, intervém. O salmista, que frequentemente expressa emoções humanas intensas, retrata o desejo de que a maldade seja derrotada e que os inocentes sejam vindicados pela poderosa mão de Deus. A linguagem utilizada é forte e intensa para enfatizar a gravidade das consequências do mal.
Dentro de uma perspectiva bíblica, este versículo também pode apontar para a justiça suprema encontrada no triunfo de Cristo sobre o mal (como mencionado em passagens como Apocalipse 19). Embora a imagem possa soar dura aos ouvidos modernos, ela enfatiza que o mal não fica impune e que aqueles que buscam o Senhor podem encontrar consolo em Seu julgamento perfeito e final.
Em seguida, o Salmo 58 declara outra verdade: Assim dirão os homens: Na verdade, há recompensa para os justos; na verdade, há um Deus que julga na terra (v. 11). Isso afirma a confiança do salmista de que as pessoas eventualmente reconhecerão a soberania de Deus ao lidar com a injustiça. Quando a ordem divina é estabelecida e os culpados enfrentam as consequências, essa expressão visível de Seu domínio leva os observadores a reconhecerem que a fé em Deus não é em vão.
A repetição dupla da palavra certamente reforça a certeza do salmista. Há uma recompensa para os justos no universo moral de Deus, e Ele verdadeiramente responsabiliza a humanidade. As experiências de Davi, tanto como fugitivo quanto como rei, ensinaram-lhe que as estruturas de poder humanas podem ser falhas e cruéis, mas o julgamento de Deus está acima de qualquer autoridade mortal. Este princípio de um tribunal celestial tranquiliza os crentes de todas as épocas, assegurando-lhes que o tempo de Deus não falhará.
Esta passagem ressoa ainda mais com as afirmações do Novo Testamento de que o Senhor retribui a cada um segundo as suas obras (Romanos 2). A justiça de Deus pode parecer tardia quando a injustiça floresce, mas o salmista antecipa um dia de acerto de contas em que todos verão que a fidelidade ao Senhor não foi negligenciada. No fim das contas, o julgamento divino serve tanto como advertência aos malfeitores quanto como consolo àqueles que anseiam por justiça.
Usado com permissão de TheBibleSays.com.
Você pode acessar o artigo original aqui.
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