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The Blue Letter Bible
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Sofonias 2:8-11 Explicação

Depois da acusação de Sofonias contra a Filístia (v. 4-7), o SENHOR fala na primeira pessoa, como havia feito anteriormente (v. 5). Desta vez, Sua acusação recai sobre outros países vizinhos, ou seja, Moabe e Amon. Os moabitas eram parentes dos israelitas, traçando sua ascendência até a filha mais velha de Ló, sobrinho de Abraão (Gênesis 19:37). Eles eram um povo pagão que adorava a um deus chamado Quemosh (Números 21:29; Jeremias 48:7).

Da mesma forma, os amonitas eram parentes dos israelitas. Eles traçavam sua ascendência até a filha mais nova de Ló, sobrinho de Abraão (Gênesis 19:38). Essas nações eram vizinhas de Judá no leste, do outro lado do Jordão (Ver Mapa). Esses dois países estão dentro das fronteiras da atual Jordânia. A capital da Jordânia é Amã, que leva adiante a ancestralidade antiga até os dias atuais.

Embora essas duas nações de Moabe e Amom estivessem intimamente relacionadas a Israel e Judá, elas estavam em frequente conflito com o povo de Deus. No início da história de Israel, o SENHOR havia usado o profeta Amós para denunciar os pecados de Moabe e Amon. Ele pronunciou julgamento contra os moabitas por terem queimado os ossos do rei de Edom (Amós 2:1-3). Ele também proferiu sentença contra os amonitas por causa de sua brutalidade; eles haviam rasgado os ventres de mulheres grávidas em Gileade para ampliar seu território em direção ao norte (Amós 1:13-15).

Em nossa passagem, o SENHOR declara: Ouvi as provocações de Moabe e as injúrias dos filhos de Amom (v. 8). As palavras “provocação” e “injúria” são paralelas entre si. A primeira se refere ao ato de caluniar alguém, ou seja, proferir acusações falsas contra uma pessoa para prejudicar sua reputação. O segundo termo, injúria, significava lançar insultos. O SENHOR diz que havia ouvido, o que significava que Ele havia tomado conhecimento do que Moabe e Amom estavam fazendo. Ele ouvira suas provocações e injúrias, com as quais eles insultaram a Meu povo (v. 8).

O SENHOR castigaria aos moabitas e amonitas porque eles haviam ameaçado e insultado ao povo de Judá. Suas palavras haviam subido ao céu e o SENHOR as ouviu. Os moabitas e amonitas não apenas insultaram ao povo de Deus, como também se tornaram arrogantes contra o seu território (v. 8). Isso significa que eles se gabavam de marchar em direção aos limites de Judá, tomando suas terras. Por causa desse pecado, o SENHOR pronuncia juízo sobre Moabe e Amon. Ele faz o juramento de julgá-los, começando com: "Portanto, assim como eu vivo", declara o Senhor dos Exércitos (vs 9).

No mundo antigo, era uma prática comum as pessoas fazerem juramentos para demonstrar sua intenção de manter certas obrigações prescritas. Esses juramentos geralmente envolviam a invocação do nome de uma divindade para atestar as transações do compromisso. Em Sofonias, no entanto, o SENHOR jura por Sua própria existência porque Ele é a autoridade máxima, o único ser Supremo. Ele acrescenta a fórmula “Declara o Senhor dos Exércitos” para dar mais peso a Seu juramento solene.

O termo “SENHOR” refere-se a Javé, o Deus eterno e auto-existente (Êxodo 3:14). O  termo “exércitos” traduz o termo hebraico "sabaoth". Este termo refere-se aos exércitos angelicais do céu (1 Samuel 1:3). Em suma, a frase “o Senhor dos Exércitos” demonstra o poder de Deus. Ele enfatiza Seu caráter como um guerreiro liderando Seu exército de anjos para lutar contra Moabe e Amon. Depois da frase “o SENHOR dos Exércitos”, Deus acrescenta a frase “o Deus de Israel”.

O SENHOR é o Deus de Israel. Ele havia estabelecido um relacionamento de aliança com eles, tomando-os como Sua propriedade e tornando-os uma nação santa (Êxodo 19:4-6). Por causa dessa relação, o Senhor lutaria contra os moabitas e amonitas para vingar ao povo de Judá.

O Deus Sussernao de Judá, então, explicita o julgamento que recairia sobre Moabe e Amon: Certamente Moabe será como Sodoma e os filhos de Amon como Gomorra (v. 9). A palavra “certamente” enfatiza a certeza das ações de Deus. Sodoma e Gomorra haviam sido duas cidades perversas destruídas pelo Senhor nos dias de Ló, o ancestral de Moabe e Amon. No livro de Gênesis, lemos sobre sua destruição devido à maldade de seu povo:

"Então o Senhor fez chover sobre Sodoma  e  Gomorra enxofre e fogo do Senhor do céu, e derrubou aquelas cidades, e todo o vale, e todos os habitantes das cidades, e o que crescia na terra" (Gênesis 19:24,25).

O ponto de comparação é que o SENHOR destruiria a Moabe e Amom assim como havia destruído a Sodoma e Gomorra. Ele enfatiza a extensão da destruição dizendo que eles se tornariam um lugar possuído por urtigas e salinas (v. 9).

As “urtigas” são plantas silvestres. Suas folhas estão armadas com espinhos conectados a um pequeno saco de veneno. Sua presença é observada em solos ruins. O sal tem duas qualidades distintas e opostas. Por um lado, é comestível, oferecendo sabor, sendo essencial para a vida (Mateus 5:13). Por outro lado, é um desinfetante e, em grandes quantidades, um veneno (Ezequiel 16:4). Figurativamente, os poços de sal representavam a esterilidade (Deuteronômio 29:23; Juízes 9:45Jeremias 17:6).

A imagem em Sofonias é a de que Moabe e Amon se tornariam um deserto infértil como as áreas ao redor do Mar Morto (Deuteronômio 3:17; Josué 18:19). As duas cidades se tornariam uma desolação perpétua (v. 9), incapaz de produzir frutos.

Não apenas Moabe e Amon se tornariam uma ruína permanente, mas seus habitantes perderiam suas terras. Como o SENHOR afirma, o remanescente do Meu povo os saqueará e o restante da Minha nação os herdará (v. 9).

As frases “Meu povo” e “Minha nação” referem-se ao povo de Judá. Os remanescentes do Meu povo seriam os que escapariam do desastre vindouro, provavelmente os que fossem fiéis (v. 3, v. 7). O verbo “saquear” significava tomar algo sem ter que trabalhar para isso. A Palavra nos diz que os filhos de Israel saquearam aos egípcios e receberam grandes presentes ao deixarem sua terra (Êxodo 12:36).

Assim, o remanescente de Judá tomaria as posses dos moabitas e amonitas sem terem que fazer absolutamente nada. Isso provavelmente ocorreria porque um invasor estrangeiro conquistaria a terra e exilaria sua população, como também ocorreria com as cidades costeiras da Filístia.

Ao ouvir à acusação de Deus, Sofonias faz o seguinte comentário: Isso eles terão em troca de seu orgulho (v. 10). O termo “orgulho” nas Escrituras é apresentado como o oposto de viver pela fé (Habacuque 2:4). O orgulho indica que nós, seres humanos, sabemos o que é melhor e temos o direito de governar e explorar aos outros. Porém, na realidade, o orgulho leva à nossa própria destruição (Provérbios 11:2; 16:18; e 29:23).

Os moabitas e amonitas se orgulhavam porque haviam zombado e se tornado arrogantes contra o povo do Senhor dos Exércitos (v. 10). Porém, o livro de Provérbios deixa claro que "o SENHOR destruirá a casa dos soberbos" (Provérbios 15:25). Portanto, essas duas nações cairiam sob o julgamento de Deus e se tornariam um deserto como Sodoma e Gomorra (v. 9). O SENHOR seria aterrorizante para eles (v. 11).

A palavra “aterrorizante” ocorre também no livro de Habacuque, onde é traduzida como "temeroso" (Habacuque 1:7). O Deus Susserano faria os moabitas e amonitas temerem Seu poder e força. Ele causaria medo e terror em seus corações, provavelmente através de invasores estrangeiros, seus agentes de juízo.

Deus seria um terror para eles, pois mataria de fome a todos os deuses da terra (v. 11).

A palavra hebraica traduzida como “fome” indica estar faminto. O SENHOR mostraria que todos os deuses pagãos eram fracos e impotentes quando Ele destruísse a seus adoradores. A derrota dos deuses pagãos demonstraria que somente o SENHOR era o verdadeiro Deus, porque todas as terras costeiras das nações se curvarão a Ele, cada um de seu próprio lugar (v. 11).

Isso também significa que as nações pagãs adorarão ao Senhor um dia. Deus mostrará Seu supremo poder e superioridade sobre todos os deuses pagãos, que não são nada além de ídolos sem vida (Deuteronômio 32:21). Eventualmente, todo joelho se curvará e toda língua confessará que Jesus é o Senhor (Filipenses 2:10). Porém, a profecia aqui parece se aplicar especificamente a Judá. É incerto se/quando essa profecia se cumpriria. Ela pode já ter sido cumprida em parte várias vezes. Provavelmente será cumprida cabalmente durante o reinado de mil anos de Cristo na Terra (Apocalipse 20:4-6).

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