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The Blue Letter Bible
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2 Coríntios 5:18-20 Explicação

Paulo começou a nos dar uma imagem do que significa estar em Cristo (versículo 17), ele começou a desvendar o que significa viver como uma nova criatura e a nos dar uma explicação das novidades que surgiram. Agora, ele parte de nossas motivações, perspectivas e convicções para mostrar como elas se aplicam à nossa vida cotidiana e ao nosso ministério:

Mas todas as coisas vêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação (v. 18).

A expressão "todas as coisas" na frase "Mas todas as coisas vêm de Deus" parece referir-se às "coisas novas" mencionadas no versículo anterior, versículo 17. As coisas novas que os crentes ganham por serem feitos novas criaturas em Cristo são ganhas porque Deus nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo. Porque somos reconciliados com Deus pelo sacrifício d'Ele mesmo, não estamos mais sob a lei; portanto, "as coisas velhas" já passaram e "coisas novas" surgiram (2 Coríntios 5:17, Romanos 3:19-24).

Paulo chama isso de ministério da reconciliação, que ele explica no versículo seguinte como sendo, a saber, que Deus, em Cristo, estava reconciliando o mundo consigo, não lhes imputando as suas transgressões e tendo confiado a nós a palavra da reconciliação (v. 19).

Neste caso, o ministério da reconciliação refere-se a um dom que nos foi dado por Deus por meio de Cristo. Isso enfatiza mais uma vez que ser justificado aos olhos de Deus é unicamente um dom de Deus. Ninguém pode guardar a lei o suficiente para obter tal aceitação Jesus fez isso por nós. Ele (Deus) fez daquele (Jesus), que não conheceu pecado, o fez pecado por nós, para que nós nos tornássemos justiça de Deus nele (v. 21).

A palavra grega traduzida como ministério na frase ministério da reconciliação é traduzida em outros lugares como “preparações” e “servir”. É a forma substantiva da palavra grega trabalho, frequentemente traduzida como “servo”. Deus nos serviu trabalhando por meio de Cristo, dando-nos Seu único Filho como um sacrifício perfeito dado por nossos pecados.

A admoestação de Paulo começa com "se alguém está em Cristo" (v. 17), o que significa que essa admoestação se aplica a todos os que creem, sem exceção. Fica claro pelo contexto que o ministério e a mensagem nos são dados, não por Paulo, mas por Deus: Mas todas as coisas vêm de Deus (v. 18). Foi Deus quem iniciou este grande ministério, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo (v. 18).

Paulo nos dá esse “quadro geral” quando descreve a reconciliação da humanidade com Deus, a reconciliação de Si mesmo por meio de Cristo, dizendo, a saber, que Deus, em Cristo, estava reconciliando o mundo consigo (v. 19a).

Aqui vemos que não apenas os crentes estão em Cristo e Cristo neles, mas também Deus estava em Cristo, reconciliando-nos (o mundo) consigo mesmo por meio de Cristo. Cristo morreu por nós para que pudéssemos ter vida nele e por meio de Sua morte, podemos ser ressuscitados para uma nova vida (Romanos 4:25, 5:1, 9-10, 15, Colossenses 1:19-20). Este novo nascimento é uma reconciliação com Deus por meio de um relacionamento, unindo-nos a Ele como filhos de Deus, isso é algo que Deus faz independentemente de obras (Efésios 2:8-9).

Deus nos torna novas criaturas n'Ele, com o propósito de andarmos nas obras que Ele de antemão criou para nós (2 Coríntios 5:17; Efésios 2:10). Embora sejamos reconciliados pela graça com um relacionamento com Deus, é por uma caminhada de fé que somos reconciliados com a comunhão com Deus, andando como a criação que Ele nos fez para ser.

Este é outro tipo de ministério de reconciliação que requer uma obediência contínua de fé. Isso é semelhante à declaração de Paulo em Romanos de que a justiça ocorre "de fé em fé", à medida que o justo anda pela fé (Romanos 1:16-17). Somos justificados diante de Deus pelo dom gratuito da Sua graça, e então experimentamos a justiça e seus benefícios quando andamos na obediência da fé.

Embora vivamos a Sua vida através do Seu poder e façamos as Suas obras, Deus nos recompensa pela obediência fiel no tribunal de Cristo, se estivermos dispostos a andar n'Ele (2 Coríntios 5:10, Apocalipse 3:21). Somos plenamente reconciliados com Ele se vencermos como Jesus venceu e nos unirmos a Ele na recompensa de sermos um "filho" na mordomia da Terra (Hebreus 2:9-10, Apocalipse 3:21).

É importante notar que Deus reconciliou o mundo inteiro Consigo mesmo. A palavra grega traduzida como "mundo " é "kosmos" e ocorre 187 vezes no Novo Testamento, frequentemente se refere ao mundo inteiro, como em Mateus 24:21. Em Romanos, Paulo observa que toda a criação geme para ser restaurada ao seu projeto original e ser redimida da Queda do Homem (Romanos 8:20-22). Jesus recebeu toda a autoridade sobre a Terra e restaurará o mundo e o lugar da humanidade na administração da Terra em harmonia com Deus e uns com os outros (Hebreus 2:9-10).

O mundo inteiro inclui todas as pessoas do mundo. Isso é consistente com outras passagens como:

  • Colossenses 2:14, onde os pecados do mundo (“kosmos”) foram pregados na cruz
  • João 3:16, onde Deus deu Seu filho porque Ele amou o mundo inteiro (“kosmos”)
  • João 12:47, onde Deus veio para salvar o mundo (“kosmos”)

Visto que Jesus morreu pelos pecados do mundo, e Deus agora não imputa as transgressões deles contra eles, como no versículo 19, podemos perguntar por que ainda há um julgamento, como no versículo 10, a resposta é que a aceitação/pertencimento é dada, mas a aprovação/recompensas são conquistadas. Deus concede o perdão dos pecados e nos adota como filhos em Sua família eterna simplesmente por crermos (João 3:14-15). Sua aceitação é incondicional, pertencemos à Sua família quando recebemos o dom gratuito da Sua graça. Os dons de Deus são irrevogáveis, portanto, este é um novo status permanente (Romanos 11:29) nascemos de novo em Sua família (João 3:3)e somos reconciliados com Deus em nosso relacionamento como filhos de Deus por meio do dom da graça.

Assim como no nascimento físico, à medida que crescemos, há consequências substanciais para as escolhas que fazemos em nossa vida. Escolhas ruins têm consequências ruins, e escolhas boas têm consequências boas. Como o mundo é caído, coisas ruins inevitavelmente nos acontecem, sobre as quais não temos poder; inevitavelmente, todos nós morremos, por exemplo (Hebreus 9:27). Não obstante, independentemente das nossas circunstâncias, quando fazemos boas escolhas enraizadas na fé, Deus promete que grandes bênçãos fluirão. Somos reconciliados com o chamado de Deus para nós por meio de uma caminhada de fé.

É um padrão nas escrituras que o povo de Deus faz escolhas e sofre consequências:

  • Deus prometeu a Adão e Eva vida por seguirem Sua ordem e morte por desobedecerem Sua ordem (Gênesis 2:17).
  • Deus prometeu a Israel que se eles seguissem os mandamentos da aliança/tratado que concordaram em firmar, Ele lhes daria grande bênção (vida) e se não o fizessem, eles ganhariam maldição (morte) (Deuteronômio 30:19).
  • Jesus prometeu que se Seus discípulos seguissem o caminho estreito de Seus mandamentos, eles ganhariam vida, e se seguissem o caminho largo do mundo, eles experimentariam a morte (Mateus 7:13-14).

Nossas escolhas têm consequências, mas nossa condição de filhos de Deus é dada livremente e é uma posição que temos unicamente devido à obra redentora de Deus por meio de Cristo.

Já que Jesus prometeu que retornará e redimirá todas as coisas, por que está demorando tanto? O apóstolo Pedro aborda isso dizendo que Deus deseja que muitos venham a Ele, e Ele está esperando para que mais venham a Ele:

“Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns entendem; mas ele é longânimo para convosco, não querendo que alguns pereçam, mas que todos venham ao arrependimento.”
(2 Pedro 3:9)

Depois de falar deste incrível ministério de reconciliação que Deus deu à humanidade, Paulo observa que Ele (Deus) tendo confiado a nós a palavra da reconciliação (v 19b).

O "nós" aqui presente na frase confiado a nós certamente se aplica a Paulo, seu coautor Timóteo (2 Coríntios 1:1) e ao restante de sua equipe ministerial. Mas também parece se aplicar aos crentes em Corinto. Paulo exorta todos a serem embaixadores e a espalharem ativamente a palavra da reconciliação, que é o evangelho ou as boas novas de Cristo (1 Coríntios 15:3-4), especialmente dizendo que Deus não imputa as transgressões deles a todos os que creem (v. 19).

Parece que Paulo está falando diretamente de si mesmo e de sua equipe ministerial, bem como dos crentes de Corinto, todos os quais pregam a palavra da reconciliação dos seres humanos reunidos com Deus por meio de Cristo. Em seguida, ele declara: "Somos, portanto, embaixadores por Cristo, como se Deus exortasse por nós; por Cristo, vos rogamos que vos reconcilieis com Deus." (v. 20).

O  sujeito oculto "nós" na frase "somos embaixadores de Cristo" parece se referir a Paulo e sua equipe ministerial mais ampla, incluindo a igreja em Corinto. Os crentes a quem ele escreve já estão reconciliados com Cristo, aqueles a quem Paulo chamou de "santos" em 2 Coríntios 1:1, então provavelmente se aplicaria a eles também.

Quando esses crentes compartilham o evangelho com os incrédulos, é como se Deus estivesse fazendo um apelo por meio deles. E esse apelo aos incrédulos seria o seguinte: "vos rogamos que vos reconcilieis com Deus" (v. 20). Isso faria com que "vocês sendo implorados para se reconciliarem com Deus" se referisse ao mundo no v. 19. A sequência parece seguir assim:

  • Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo quando Ele morreu na cruz (v. 19),
  • Jesus então nos confiou (crentes) a palavra da reconciliação (v. 19), para contar às pessoas as boas novas/evangelho de que Jesus morreu para que os pecados pudessem ser perdoados,
  • Portanto, somos embaixadores de Cristo (v. 20) porque Jesus nos deu (crentes) a mensagem para compartilhar com o mundo.
  • Como embaixadores, fazemos, pois, um apelo aos descrentes: por Cristo, vos rogamos que vos reconcilieis com Deus (v. 20).

Os coríntios já eram crentes, como vimos no primeiro capítulo, onde Paulo os chama de "santos" (2 Coríntios 1:1). Seus pecados já haviam sido tratados por meio de Cristo, portanto, eles já estavam reconciliados com Deus por meio de Cristo. Paulo os exorta a se juntarem a ele como embaixadores e dizerem a todos que ouvirem: reconciliem-se com Deus. Este chamado para a missão de embaixadores para os coríntios também significa andar em obediência ao mandamento de Jesus, para que tenham bom testemunho no tribunal de Cristo (Mateus 28:18-20; 2 Coríntios 5:10).

Paulo diz que Deus está fazendo um apelo por meio deles para que se reconciliem com Deus. Isso indica a urgência que Paulo tem para que os incrédulos cheguem à fé. Paulo deseja que todos os crentes se juntem a ele como embaixadores de Cristo para espalhar a boa nova de que há uma palavra de reconciliação dos humanos caídos com seu Criador. A plenitude de nossa vida em Cristo é afirmada no último versículo deste capítulo: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós, para que nós nos tornássemos justiça de Deus nele.” (2 Coríntios 5:21).

Aqui, Paulo afirma que Deus redime os crentes do pecado por meio de Cristo, para que possamos nos tornar a justiça de Deus nele. Para os crentes de Corinto, isso é um evento passado; eles já haviam se tornado a justiça de Deus nele pela fé em sua posição em Cristo. Isso se torna uma realidade presente também para qualquer um que crê. Assim como Abraão creu em Deus e isso foi considerado justiça, assim também acontece com aqueles que creem em Jesus (Gênesis 15:6; Romanos 4:3). Aqueles que creem são colocados na justiça de Deus em Cristo, o que faz com que cada crente tenha a posição de ser a justiça de Deus nele, isto é, em Cristo.

Também nesta carta, Paulo convoca aqueles que foram colocados na justiça de Deus em Cristo a uma caminhada de fé, para que se tornem justiça de Deus nEle em sua experiência vivida, por meio de uma caminhada de obediência e fé. Isso é semelhante ao versículo tema de Romanos (Romanos 1:16-17), onde Paulo diz que o evangelho de Cristo é o poder para trazer justiça aos crentes que cumprem seu chamado andando pela fé.

Em Romanos 1:17, Paulo usa a expressão “de fé em fé” para expressar a realidade de que a jornada do crente começa com a fé inicial, quando somos colocados na justiça de Deus em Cristo e ganhamos o dom da vida eterna. Em seguida, a jornada prossegue para viver pela fé, à medida que aprendemos a andar na obediência da fé e ganhamos a experiência e a recompensa da vida eterna.

A gloriosa notícia é que, no movimento reconciliador de Deus, Ele não imputa aos homens as suas transgressões. Esta é a mensagem que aqueles que estão em Cristo devem proclamar; a mensagem que nos foi confiada pelo próprio Deus. Esta é uma realidade para cada pessoa que crê em Jesus Cristo (João 3:14-15). Como Paulo diz em sua carta aos Colossenses, Deus tomou os "decretos contra nós" e os "pregou na cruz" junto com Cristo (Colossenses 2:14).

Há também um chamado, uma oportunidade para cada pessoa viver a realidade dessa posição perdoada nEle, caminhando pela fé, seguindo o Seu Espírito. É assim que podemos praticar as obras que agradam a Deus, para que tenhamos recompensas positivas no tribunal de Cristo (2 Coríntios 5:9-10). É assim que podemos andar nas obras para as quais fomos criados (Efésios 2:10). É assim que podemos alcançar a maior realização, tanto nesta vida como na era vindoura, até mesmo um "eterno peso de glória" (2 Coríntios 4:17).

Paulo diz que somos embaixadores de Cristo. O dicionário define embaixador como "um enviado oficial, um representante autorizado ou mensageiro". Se estamos em Cristo, fomos nomeados por Deus como Seu mensageiro oficial, como se Deus estivesse fazendo um apelo por nosso intermédio. Um embaixador em outro país apresenta suas credenciais ao chegar àquele país, e essas credenciais são reconhecidas pelo líder do governo. Jesus designou Seus discípulos com autoridade para ir e fazer discípulos de todas as nações (Mateus 28:18-20).

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