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The Blue Letter Bible
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Esdras 4:11-16 Explicação

Esdras 4:11-16 começa explicando que uma mensagem escrita foi transmitida ao rei Artaxerxes, governante da Pérsia de 465 a.C. a 424 a.C. Esta é a cópia da carta que lhe enviaram: Ao rei Artaxerxes: Teus servos, os homens da região além do Rio, e agora (v. 11). Os destinatários da carta se identificam como súditos que vivem na região além do Rio, uma expressão que se refere aos territórios a oeste do Eufrates. Esses correspondentes reconhecem a autoridade do rei e procuram alertá-lo sobre os eventos que se desenrolam na terra de Judá.

O rei Artaxerxes é apresentado aqui como o monarca persa que herdou um vasto império, incluindo a Judeia, seguindo seus predecessores. Ao se dirigirem a ele em tom respeitoso, os autores demonstram lealdade, ao mesmo tempo em que sutilmente preparam o cenário para acusar os exilados retornados de transgressões. Sua abordagem destaca o clima político frágil em que províncias menores dependiam do rei para obter recursos e poder.

A carta dizia: "Que fique claro ao rei que os judeus que vieram de ti vieram a Jerusalém; eles estão reconstruindo a cidade rebelde e má, terminando os muros e reparando os alicerces" (v. 12). A carta identifica os exilados judeus em Jerusalém, retratando-os como revivificadores de uma cidade historicamente conhecida por se opor ao domínio estrangeiro. A reputação de Jerusalém em tempos passados era, por vezes, caracterizada por conflitos e resistência ao controle externo.

Essa representação de Jerusalém como uma cidade rebelde serve como argumento estratégico para lançar suspeitas sobre os exilados que retornam. Rotular a cidade como "má" sugere que sua reconstrução poderia representar uma ameaça à estabilidade do rei. Os acusadores buscam criar o medo de que esse esforço de reconstrução mine a autoridade persa e permita que esses habitantes supostamente desleais se levantem contra seu governante imperial.

Continuando, eles dizem: " Agora, fique sabendo ao rei que, se aquela cidade for reconstruída e os muros forem concluídos, eles não pagarão tributo, nem imposto, nem pedágio, e isso prejudicará a renda dos reis" (v. 13). Aqui, os autores da carta enfatizam a potencial ameaça econômica: uma cidade protegida por muros concluídos poderia sonegar valiosas receitas fiscais. Tributos e pedágios eram essenciais para o poder e a riqueza da Pérsia.

A mensagem baseada no medo é clara: se os muros de Jerusalém fossem erguidos, a repercussão afetaria o tesouro do rei Artaxerxes. O argumento deles implica que defesas fortes frequentemente produzem lealdade feroz aos governantes locais, em vez de a potências imperiais distantes, possivelmente incentivando a insubordinação e a sonegação fiscal.

Agora, como estamos a serviço do palácio e não nos convém testemunhar a desonra do rei, enviamos notícias ao rei (v. 14). Com essas palavras, os correspondentes afirmam um senso de devoção à corte real, enfatizando sua preocupação com a honra do rei. Ao se apresentarem como súditos fiéis, eles enquadram sua intervenção como um ato nobre destinado a proteger a reputação e a autoridade de Artaxerxes.

Essa retórica ressalta uma motivação profundamente política e antissemita. Os escritores insinuam que ignorar a situação em Jerusalém equivaleria a desonrar o rei. Assim, aprofundam sua crítica ao projeto dos judeus, apresentando-se como defensores justos do reino, em vez de potenciais rivais ou meros informantes.

Em seguida, eles encorajam o rei a fazer uma busca nos livros de registro de seus pais. E você descobrirá nos livros de registro e aprenderá que aquela cidade é uma cidade rebelde e prejudicial aos reis e províncias, e que eles incitaram revoltas nela em dias passados; por isso aquela cidade foi devastada (v. 15). A carta insta o rei a investigar o passado de Jerusalém consultando registros históricos oficiais, presumivelmente armazenados em arquivos persas. Ela alega que a história da cidade está repleta de insurreições e atividades rebeldes.

Tal apelo a fatos documentados busca dar peso ao seu argumento. Ao se referir a conflitos e punições anteriores - especificamente à destruição da cidade -, eles reforçam sua alegação de que a reconstrução de Jerusalém provavelmente reacenderia a hostilidade antiga. Eles enquadram sua cautela como uma questão de precedente documentado, não de mero rumor.

Por fim, declaram: " Informamos ao rei que, se aquela cidade for reconstruída e os muros forem concluídos, como resultado, vocês não terão posse alguma na província além do Rio" (v. 16). O aviso conclui insistindo que uma Jerusalém restaurada a removeria efetivamente do controle do rei. Fortificações completas reforçariam a segurança da cidade a ponto de ela se separar do controle persa e minar as possessões ocidentais do império.

A mensagem termina, portanto, com um aviso alarmante: a continuidade das construções em Jerusalém representa uma ameaça não apenas às receitas fiscais imediatas, mas também à estabilidade e à influência mais amplas do império. Nessa representação, o fortalecimento da cidade equivale a uma potencial revolta e a uma mudança na lealdade política, deixando o rei sem o que é considerado seu por direito.

 

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