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Jeremias 20:1-6 Explicação

Em Jeremias 20:1, somos apresentados a Pasur, um homem de influência e autoridade: Ora, o sacerdote Pasur, filho de Imer, que era o chefe dos oficiais na casa do SENHOR, ouviu Jeremias profetizar estas coisas (v. 1). Ele pertence à linhagem sacerdotal de Imer, o que o coloca dentro da liderança espiritual de Judá. Historicamente, Jeremias serviu como profeta durante o final do sétimo ao início do sexto século a.C., alertando Judá sobre o julgamento iminente, e aqui vemos como suas profecias perturbaram aqueles no poder que não queriam ouvir.

Este versículo inicial também indica que Pasur ouve as declarações proféticas de Jeremias. Dadas as constantes advertências de Jeremias sobre a conquista da Babilônia, não é surpreendente que essas mensagens despertassem a ira de sacerdotes e líderes em Jerusalém. A casa do SENHOR (v. 1) refere-se ao templo em Jerusalém, um centro espiritual construído pelo Rei Salomão por volta do século X a.C. e posteriormente reformado por vários reis. A posição de Pasur como chefe dos oficiais revela que ele era encarregado de manter a ordem no templo, função que ele usa para silenciar a mensagem de Jeremias.

A tensão prepara o cenário para o que vem a seguir : figuras autoritárias tentando sufocar a palavra do SENHOR punindo o mensageiro em vez de acatar o aviso. Os profetas de Deus ao longo do Antigo Testamento frequentemente enfrentavam resistência por falar a verdade, um tema que se repete no Novo Testamento, onde Jesus e seus seguidores enfrentaram perseguição por proclamarem o reino de Deus (Mateus 23:37).

Em seguida, Pasur mandou espancar o profeta Jeremias e colocá-lo no tronco que ficava no Portão Superior de Benjamim, que ficava perto da casa do Senhor (v. 2), revelando até onde o chefe dos oficiais vai para suprimir a mensagem de Deus. O tronco era uma forma de humilhação pública, destinada a envergonhar Jeremias e impedi-lo de profetizar. O Portão Superior de Benjamim era uma importante entrada ao norte de Jerusalém, provavelmente perto das principais áreas públicas, onde os espectadores podiam ver a punição de Jeremias em destaque.

Essa reação severa demonstra o quanto o povo se opôs profundamente às advertências de Jeremias. Em vez de se arrependerem ou buscarem o conselho de Deus, buscaram desacreditar e desgraçar Seu mensageiro. Para Jeremias, isso não era apenas um castigo físico, mas também uma zombaria social. Vemos um padrão semelhante na vida de outros profetas que foram ridicularizados por aqueles no poder (1 Reis 22). Mesmo assim, a determinação de Jeremias de proclamar as palavras de Deus permaneceu firme.

Tais atos de liderança despótica refletiam o declínio espiritual de Judá naquela época. Tendo abandonado a fidelidade à aliança, o povo e seus líderes consideraram os apelos de Jeremias ao arrependimento ameaçadores. Em vez de se desviarem de seus caminhos, escolheram punir aquele que havia transmitido o aviso de Deus.

Então, no dia seguinte, quando Pasur libertou Jeremias do tronco, Jeremias lhe disse: "Pasur não é o nome que o Senhor te chamou, mas sim Magor-Missabib" (v. 3). O nome "Magor-Missabib" se traduz como " terror por todos os lados". A ousadia de Jeremias indica que, em vez de ser um líder que traz estabilidade, Pasur se tornará um símbolo de medo e calamidade.

Tal mudança de nome é um poderoso recurso profético. Deus frequentemente mudava nomes para refletir um novo destino ou caráter. Nesse caso, o novo nome prediz o julgamento que Pasur experimentará. Também demonstra que nenhuma autoridade humana pode se opor à palavra do SENHOR. Jeremias, embora prisioneiro num dia, agora profere condenação no dia seguinte, destacando que o poder supremo está em Deus.

Este momento lembra os tempos em que profetas declaravam verdades diretas a reis ou sacerdotes, mesmo diante de duras consequências (2 Samuel 12). Ressalta a soberania de Deus: Ele disciplinará aqueles que se mantêm em desafio impenitente, e nenhuma posição social ou sacerdotal pode proteger alguém do julgamento divino.

Prosseguindo em Jeremias 20:4, o profeta proclama: " Pois assim diz o Senhor: Eis que farei de ti um terror para ti mesmo e para todos os teus amigos; e, vendo-o os teus olhos, eles cairão à espada dos seus inimigos. Entregarei todo o Judá nas mãos do rei da Babilônia, e ele os levará cativos para a Babilônia e os matará à espada" (v. 4). Este versículo elabora as consequências sobre as quais Isaías, Jeremias e outros profetas frequentemente alertavam: a invasão e o exílio da Babilônia, que historicamente ocorreram em ondas, culminando na destruição de Jerusalém em 586 a.C.

Aqui, Deus declara que o julgamento será pessoal e nacional. O próprio Pasur será dominado pelo terror, e o povo que ele deveria proteger sofrerá a espada de seus inimigos estrangeiros. A expressão "rei da Babilônia" refere-se a Nabucodonosor II, que reinou de aproximadamente 605 a 562 a.C. Isso marcou uma reviravolta significativa na história de Judá, pois muitos foram levados cativos para a Babilônia.

A profecia também destaca o princípio de que a rebelião contra Deus leva a consequências terríveis. O SENHOR há muito prometia grandes bênçãos para a obediência e severas repercussões para a desobediência persistente (Deuteronômio 28). Agora, essas advertências estão prestes a se cumprir devido aos corações endurecidos.

Em seguida, lemos: " Também entregarei todas as riquezas desta cidade, todos os seus produtos e todas as suas coisas preciosas; sim, todos os tesouros dos reis de Judá, entregarei nas mãos dos seus inimigos, que os saquearão, os levarão e os levarão para a Babilônia" (v. 5). Isso detalha as consequências econômicas e materiais do julgamento. Jerusalém, outrora repleta de riquezas desde os dias de Davi e Salomão, seria completamente saqueada.

As Escrituras frequentemente apresentam a perda material como um resultado do declínio espiritual. Como Judá se afastou de Deus, Ele permitiu que potências estrangeiras confiscassem seus tesouros. Isso ilustra que a riqueza terrena não oferece segurança definitiva quando uma nação quebra a aliança com Deus.

A menção de "reis de Judá" vincula este evento à narrativa mais ampla da monarquia que começou com o Rei Saul por volta de 1050 a.C. e continuou por vários governantes até a queda final de Jerusalém. A queda da riqueza da cidade atesta a gravidade de desrespeitar os mandamentos de Deus.

Concluindo esta passagem, Deus diz: " E tu, Pasur, e todos os moradores da tua casa, irás para o cativeiro; e entrarás na Babilônia, e ali morrerás e ali serás sepultado, tu e todos os teus amigos, aos quais profetizaste falsamente " (v. 6). Ele sela o destino pessoal de Pasur. Sua família e associados compartilhariam o mesmo destino trágico no exílio. Babilônia não seria apenas um lugar de punição temporária, mas o local de seu último suspiro.

Este julgamento direto destaca o peso da falsa profecia: Pasur, em vez de proclamar a verdadeira palavra do SENHOR, aparentemente deu garantias enganosas de paz diante do desastre iminente. Ao declarar que eles pereceriam no cativeiro, Jeremias acrescenta uma nota final de inevitabilidade ao plano de Deus.

Jeremias 20:6 também destaca a responsabilidade na liderança espiritual. Posição e privilégio não isentam ninguém da disciplina de Deus. Se os líderes falam de forma contrária à verdade revelada por Deus, eles trazem julgamento sobre si mesmos e enganam aqueles que confiam neles.

 

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